sábado, 30 de novembro de 2013

Colesterol 'alimenta' câncer de mama, diz estudo

James Gallagher - Ciência e Saúde da BBC News

Mulher examina mamografia. Foto: PA

Um estudo feito por cientistas nos Estados Unidos afirma que um subproduto do colesterol pode ajudar o câncer de mama a crescer e se espalhar pelo corpo.

A pesquisa sugere que o uso de medicamentos que diminuem o nível de colesterol – as chamadas estatinas – pode prevenir tumores.

O trabalho, que foi publicado na revista científica Science, ajuda a explicar por que a obesidade é um dos principais fatores de risco da doença.

No entanto, organizações que trabalham na conscientização e combate ao câncer de mama alertaram que ainda é muito cedo para recomendar o uso de estatinas na prevenção de tumores.

Hormônios

A obesidade já é considerada um fator de risco em diversos outros tipos de câncer, como mama, intestino e útero.

A gordura em pessoas acima do peso faz com que o corpo produza mais hormônios como o estrogênio, que pode facilitar a disseminação de tumores.

O colesterol é "quebrado" pelo corpo em um subproduto chamado 27HC, que tem o mesmo efeito do estrogênio. Pesquisas feitas com camundongos por cientistas do Duke University Medical Centre, nos Estados Unidos, demonstraram que dietas ricas em colesterol e gordura aumentaram os níveis de 27HC no sangue, provocando tumores que eram 30% maiores, se comparados a animais que estavam com uma alimentação regular.

Nos camundongos com dieta rica em gordura, os tumores também se espalharam com maior frequência. Testes feitos com tecidos humanos contaminados com câncer de mama também cresceram mais rapidamente quando injetados com 27HC.

"Vários estudos mostraram uma conexão entre obesidade e câncer de mama, e mais especificamente que o elevado colesterol está associado ao risco de câncer de mama, mas nenhum mecanismo foi identificado", afirma o pesquisador Donald McDonnell, que liderou o estudo.

"O que achamos agora é uma molécula, não o próprio colesterol, mas um subproduto abundante do colesterol, chamado 27HC, que imita o hormônio estrogênio e consegue de forma independente provocar o crescimento do câncer de mama."

Mais Presquisa

As estatinas já são usadas hoje em dia por milhões de pessoas para combater doenças cardíacas. Agora há estudos sugerindo que elas podem ajudar na prevenção ou combate ao câncer.

Mas entidades que lidam com saúde feminina não recomendam que as mulheres passem a tomar estatina por esse motivo.

"Até agora pesquisas que relacionam níveis de colesterol, uso de estatina e risco de câncer de mama ainda são inconclusivas", diz Hannah Bridges, porta-voz da Breakthrough Breast Cancer, entidade britânica de combate ao câncer de mama.

"Os resultados deste estudo inicial são promissores e se confirmados através de mais pesquisas podem aumentar nossa compreensão sobre o que faz com que alguns tipos de câncer de mama se desenvolvam."

Emma Smith, porta-voz de outra instituição, a Cancer Research UK, também afirma que ainda é "cedo demais" para que as mulheres passem a tomar estatina.

As duas entidades dizem que o colesterol pode ser combatido por meios alternativos ao uso de estatina. Uma forma é através de uma dieta mais saudável e de exercícios regulares.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Piercing na língua é capaz de controlar cadeira de rodas

James Gallagher - Ciência e Saúde da BBC News

Cientistas nos Estados Unidos descobriram uma forma de fazer com que pessoas possam controlar cadeiras de rodas e computadores usando um piercing na língua.

A descoberta pode ajudar a dar mais independência a pessoas com paralisia. O movimento de um pequeno ímã dentro de um piercing é detectado por sensores e convertido em impulsos eletrônicos, que podem controlar uma série de aparelhos.

A equipe de cientistas disse que está explorando a "destreza incrível" da língua. A pesquisa foi publicada na revista científica Science Translational Medicine.

A equipe da Georgia Institute of Technology percebeu que, devido à grande flexibilidade da língua, um piercing no órgão pode servir para propósitos bem mais ambiciosos do que o meramente decorativo.

Uma grande parte do cérebro é usada para controlar a língua, que tem mecanismos bastante sofisticados usados na fala. Essas partes ficam intactas mesmo em casos de lesão na espinha dorsal, que provocam a paralisia.

"Estamos investigando as capacidades inerentes da língua, que é uma parte tão incrível do corpo", disse o pesquisador Maysam Ghovanloo à BBC.

Precisão

O piercing do tamanho de um feijão produz um campo magnético que muda quando a língua se movimenta. Sensores colocados na bochecha conseguem detectar a posição precisa do piercing.

Em testes feitos com 23 pessoas sem qualquer tipo de paralisia e 11 tetraplégicos, seis posições diferentes dentro da boca foram programadas para mover uma cadeira de rodas elétrica ou controlar um computador. Por exemplo, quando a língua tocava o lado esquerdo da bochecha, a cadeira se mexia para a esquerda.

Em média, as pessoas tetraplégicas conseguiam desempenhar tarefas até três vezes mais rápido e com o mesmo nível de precisão, em comparação com outras tecnologias disponíveis hoje.

Os pesquisadores querem desenvolver comandos colocados em cada um dos dentes da boca, possibilitando a criação de um número "ilimitado" de instruções, permitindo que tetraplégicos possam discar um número de telefone, mudar um canal de televisão ou até mesmo digitar uma mensagem.

"As pessoas serão capazes de fazer mais coisas e de forma mais eficiente", diz Ghovanloo.

Ele disse que algumas pessoas mais idosas se recusaram a participar da experiência por terem restrições ao uso de um piercing na língua, mas que os mais jovens acharam a experiência "muito legal".

Os aparelhos testados estão disponíveis somente nos laboratórios. A equipe está estudando formas de aumentar a estabilidade da tecnologia, para conseguir aprová-la junto às autoridades americanas. Isso abriria a possibilidade de se comercializar a descoberta.

O diretor da instituição de pesquisas Spinal Research, Mark Bacon, disse que o objetivo principal da ciência deve continuar sendo a busca por formas de regenerar a espinha dorsal, mas que pessoas tetraplégicas podem se beneficiar muito com a tecnologia criada no laboratório.

"A língua é capaz de comandos tão sofisticados usados na fala que não existe motivo para não se usar esta versatilidade de movimento para controlar aparelhos de forma discreta."

Ele faz a ressalva de que é importante desenvolver mecanismos que protejam as pessoas de acidentes, quando a língua estiver sendo usada para atividades como comer, falar e engolir.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

INFINITO DO BEM

Brasileiro acha que câncer mata mais que infarto e AVC

Por Claúdia Collucci – Folha de São Paulo

O brasileiro desconhece as doenças cardiovasculares como principal causa de morte no país. Para a maioria da população, o câncer (59%) e a Aids (17%) matam mais.

É o que revela pesquisa Datafolha, feita a pedido do Instituto Oncoguia, que verificou o conhecimento da população sobre o câncer, seus fatores de risco e a prevenção.

Segunda causa de mortalidade, o câncer é responsável por 17% das mortes. Já as doenças do aparelho circulatório, como derrame e infarto, respondem por 31%.

Foram entrevistadas 2.571 pessoas em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

"Subestimar a mortalidade pelas doenças cardiovasculares é um forte sinal indireto da nossa má qualidade de saúde", diz Angelo de Paola, professor titular de cardiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Para ele, a desinformação é maior entre o público feminino, que teme o câncer ginecológico, mas não as doenças do coração, que são as que mais matam as mulheres.

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Ao mesmo tempo que supervalorizam a mortalidade por câncer, as pessoas desconhecem fatores de risco importantes associados a ele.

A infecção pelo vírus HPV, que causa o segundo tumor que mais mata as mulheres, o de colo uterino, aparece em sétima colocação em uma lista de 12 fatores de risco.

O tabagismo, associado ao câncer de pulmão, lidera a lista. A obesidade e o sedentarismo, relacionados a até 40% casos de câncer, também não são reconhecidos pela população como fatores que predispõem ao câncer. Aparecem em penúltimo e antepenúltimo lugar, respectivamente, na pesquisa.

"É impressionante como a falta de informação está disseminada, independentemente do grau de escolaridade, classe econômica, região ou faixa etária", afirma o oncologista Rafael Kaliks, diretor científico do Oncoguia.

Para ele, é importante que as pessoas saibam da relação direta entre o HPV e o câncer do colo uterino e outros até para que os pais não titubeiem na hora de vacinar suas filhas contra o vírus, agora que a imunização será oferecida na rede pública, a partir do ano que vem, para meninas de 11 a 13 anos.

O caso da obesidade e do sedentarismo é ainda mais gritante, segundo Kaliks.

"Com 50% da população acima do peso, esses fatores de risco passaram a ser ainda mais importantes do que o tabagismo, que afeta hoje 15% dos brasileiros. Não só para o câncer como também para as doenças cardiovasculares", afirma o médico.

Para ele, são necessárias campanhas públicas de promoção à saúde mais agressivas. "Temos que começar nas escolas", diz ele.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Óleos prometem reduzir a fome, mas faltam provas sobre os benefícios

Por Juliana Vines – Folha de São Paulo

O cardápio da moda para emagrecer inclui colheradas de gordura --o que parece estranho, já que uma colher de sopa de óleo de coco, linhaça ou cártamo, populares em sites de dieta, tem cerca de 120 calorias, o mesmo que um bombom recheado.

Mas, segundo os fabricantes, apesar do alto valor calórico, essas gorduras vegetais aceleram o metabolismo e aumentam a saciedade, ajudando na perda de peso.

As promessas são vendidas a preços salgados: 260 ml de óleo de semente de chia, rico em ômega 3, custam R$ 59,90 na rede Mundo Verde.

O sucesso das gorduras para emagrecer começou com o óleo de coco, que explodiu no verão de 2012. De lá para cá a lista só cresceu (veja ao lado).

Ainda está longe, porém, de haver um consenso sobre os benefícios dos produtos.

Da esq. para a dir., óleo de cártamo, cápsulas de chia, óleo e cápsulas de abacate e óleo de linhaça

"A literatura científica sobre o óleo de coco é ampla", defende Natana Martins, nutricionista do Herbarium, marca de fitoterápicos e suplementos. Segundo ela, o efeito emagrecedor é atribuído à propriedade termogênica da gordura do coco (que aumenta a queima de calorias no corpo).

Mas, para o nutrólogo Edson Credidio, pesquisador da Unicamp, essa ação ainda não foi comprovada. "As pesquisas encontraram tanto benefícios como malefícios no alimento e não foram capazes de explicar o mecanismo envolvido", diz.

A nutricionista Annie Belo, pesquisadora do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio, orienta um estudo sobre óleo de coco com 130 voluntários. A pesquisa será apresentada em março, mas já há uma prévia dos resultados.

"O óleo teve efeito adjuvante na redução da circunferência da cintura", diz. Ela ressalta que os participantes seguiram uma dieta acompanhada por nutricionista, porque o óleo de coco, sozinho, engorda. "Não há milagre."

À espera do efeito milagroso descrito em blogs, a assessora jurídica Sheilla Lovato, 27, tentou emagrecer só com óleo de coco, primeiro em colherada, depois em cápsulas.

"Deu muito errado. Passei mal", conta. Ela tomou 500 gramas de óleo em um mês. "Tentei de todo jeito: puro, na salada... Não funcionou. Tive diarreia e ânsia. Se emagreci foi de tanto passar mal."

Tomar o óleo pode mesmo causar diarreia, principalmente em grandes quantidades, diz a nutricionista e bioquímica Lucyanna Kalluf.

Ela recomenda no máximo duas colheres de chá ao dia, aliadas a uma alimentação saudável. "Óleo de coco é uma gordura saturada --pode aumentar o colesterol."

ÔMEGAS

Mais novos no arsenal das dietas, os óleos de chia, cártamo (planta da família do crisântemo), abacate e linhaça são boas fontes de ômega 3, 6 e 9, gorduras mais saudáveis que as saturadas e que ajudam na manutenção da saúde cardiovascular.

Mas não emagrecem, de acordo com a nutricionista Ana Maria Lottenberg, do Laboratório de Lípides do Hospital das Clínicas de SP. "É uma falácia. Quem emagrece tomando óleo é porque faz outras mudanças alimentares em conjunto", diz.

A estudante Nicole Olive, 19, toma três cápsulas de óleo de cártamo por dia há quatro meses e perdeu três quilos. "Dá resultado, sim", diz. Mas, além de tomar o óleo, Nicole cortou refrigerante e frituras e caminha quase todo dia. "Acho que as cápsulas ajudam a controlar a fome."

O óleo de cártamo é fonte de ômega 6, ácido graxo essencial que também é encontrado no óleo de soja, canola e milho. "Não precisamos consumir ômega 6 do cártamo, que é caríssimo. É melhor variar entre outros óleos mais baratos", diz Lottenberg.

O ômega 9 do abacate é o mesmo do azeite, e o ômega 3 do óleo de chia e de linhaça é encontrado nesses alimentos na forma de semente. "Não faz sentido comprar o óleo, mas as sementes de linhaça e chia, sim, porque têm fibras e aumentam a sensação de saciedade", diz ela.

Para a nutricionista Alessandra Rodrigues, o brasileiro já consome muita gordura. "Tomar um suplemento via oral ultrapassaria as recomendações diárias." E não importa se a gordura é boa ou ruim: "Em excesso, vai engordar e fazer mal".

sábado, 23 de novembro de 2013

Resultados da 37ª rodada da série B

37ª RODADA
22/11 - 19h30 Figueirense-SC 2 x 0 ASA-AL
22/11 - 21h50 Joinville-SC 2 x 1 América-MG
23/11 - 16h20 Icasa-CE 1 x 2 Chapecoense-SC
23/11 - 17h20 ABC-RN 1 x 0 Avaí-SC
23/11 - 17h20 Guaratinguetá-SP 3 x 4 Paraná-PR
23/11 - 17h20 Paysandu-PA 0 x 1 Bragantino-SP
23/11 - 17h20 Boa Esporte-MG 2 x 3 Sport-PE
23/11 - 17h20 Oeste-SP 2 x 4 Atlético-GO
23/11 - 17h20 Palmeiras-SP 4 x 1 Ceará-CE
23/11 - 21h00 São Caetano-SP 2 x 2 América-RN

Júlio Baptista: ''Faz logo outro'' Vasco 2 x 1 Cruzeiro 2013

Durante o segundo tempo entre Vasco e Cruzeiro, no Estádio do Maracanã, uma câmera do canal fechado SporTV flagrou o experiente meia Júlio Baptista pedindo ao zagueiro Cris que o time carioca fizesse logo o terceiro gol – na ocasião o time da casa vencia por 2 a 1. Uma grande polêmica que deve agitar os bastidores na próxima semana.

Gol de Erick Flores, ABC 1 x 0 Avaí

ABC 1 x 0 Avaí
Fase
Fase única
Rodada
37ª
Data
23/11/2013
Horário
17h20
Local
Estádio Frasqueirão, em Natal
Árbitro
Francisco de Assis Almeida Filho - CE

Assistentes
Thiago Gomes Brigido - CE e Marcos Santos Vieira - AM
 Renda
R$ 85.385,00
 
 Público
5.742 pagantes (6.492 total)
Cartões Amarelos
ABC:Renato, Lino, Edson , Erick Flores, Wilson Júnior
Avaí:Elivélton, Juliano, Beto
Gols
ABC: Erick Flores 41' 1T

ABC

Wilson Júnior;
Renato, Flávio Boaventura, Lino, Somália (Wesley Bigu);
Daniel Paulista, Edson, Erick Flores; 
Erivélton (Bileu), Maurinho (Alvinho), Rodrigo Silva.

Técnico: Roberto Fernandes

Avaí

Tiago;
Juliano, Pablo, Bruno Maia (Elivélton);
Alex Reinaldo, Marrone, Anderson Uchôa, Cleber Santana, Ricardinho;
Beto (Jean) e Luciano (Tauã).

Técnico: Hémerson Maria

Consumo de frutas secas ajuda a prolongar a vida, diz estudo

Por James Gallagher da BBC News

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Pessoas que consomem regularmente oleaginosas como nozes, amêndoas e avelãs têm tendência a viver mais, segundo uma pesquisa feita por cientistas americanos.

O estudo, divulgado na publicação científica New England Journal of Medicine, indica que os mais beneficiados são aqueles que consomem diariamente uma porção – nesses casos, os analisados tiveram uma queda de 20% na taxa de mortalidade durante o período de 30 anos de pesquisa, em comparação com outras pessoas que não consumiram as frutas secas.

Os cientistas que fizeram o estudo disseram que, apesar de as pessoas que consumem regularmente essas oleaginosas em geral terem um estilo de vida mais saudável, o consumo em si também contribui para uma vida mais longa.

Porém, segundo a British Heart Foundation, uma organização não-governamental britânica que faz pesquisas e campanhas de conscientização sobre males cardíacos, mais estudos são necessários para comprovar a relação entre longevidade e o consumo dessas frutas secas.

Resultados

 

O estudo acompanhou cerca de 120 mil pessoas ao longo das três décadas e constatou que quanto mais as pessoas consumiam regularmente as oleaginosas menos provável era que elas morressem durante o estudo.

Aqueles que consomem essas frutas uma vez por semana mostraram ser 11% menos propensos a morrer durante a pesquisa do que aqueles que nunca as comiam.

O consumo de até quatro porções semanais foi associado a uma redução de 13% no número de mortes, e o consumo de um punhado de oleaginosas por dia reduziu em um quinto a taxa de mortalidade durante o estudo.

O principal responsável pela pesquisa, Charles Fuchs, do Dana-Farber Cancer Institute nos Estados Unidos, explicou que "o benefício mais óbvio foi a redução de 29% de mortes por doença cardíaca, mas nós vimos também uma redução significativa, de 11%, no risco de morte por câncer."

A pesquisa também concluiu que, em geral, pessoas que comem as frutas secas têm um estilo de vida mais saudável. Elas se exercitam mais, são menos obesas e fumam menos.

Esse fato foi levado em consideração durante o estudo. No entanto, os pesquisadores reconhecem que isso não elimina das conclusões do estudo todas as diferenças possíveis existentes entre aqueles que consumem regularmente as oleaginosas e aqueles que não.

No entanto, eles disseram que era "improvável" que esse fator, estilo de vida, tenha impacto suficiente para alterar as conclusões da pesquisa.

Eles dizem que as frutas secas de fato parecem colaborar para reduzir os níveis de colesterol, inflamações e a resistência à insulina.

Mais Pesquisas

Para Victoria Taylor, nutricionista do British Heart Foundation, "este estudo mostra uma relação entre comer regularmente um pequeno punhado de oleaginosas e um menor risco de morte por doença cardíaca."

"Embora esta seja uma associação interessante, precisamos de mais pesquisas para confirmar que são essas frutas que protegem a saúde do coração, e não outros aspectos relacionados ao estilo de vida das pessoas.

"Frutas oleaginosas contêm gorduras insaturadas, proteínas e uma variedade de vitaminas e minerais, e são ótimas substitutas para barras de chocolate, bolos e biscoitos na hora do lanche."

"A escolha pelas simples, sem sal, em detrimento das que tem mel, são assadas ou cobertas por chocolate, mantém o nível ingerido de sal e açúcar baixo."

O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health e pelo International Tree Nut Council Nutrition Research & Education Foundation, ambos dos Estados Unidos.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Qual a melhor forma de tratar o colesterol?

Por Gabriela Torres – BBC Brasil

As associações de cardiologia mais importantes dos Estados Unidos surpreenderam a comunidade médica esta semana ao publicar novas orientações sobre como tratar o colesterol.

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As novas recomendações mudaram completamente as regras do jogo. Os pacientes agora não terão mais metas - como um nível específico de colesterol no sangue que devem atingir - mas serão classificados em quatro grupos para os diferentes tratamentos recomendados com drogas conhecidas como estatinas.

Isso significa que um terço dos adultos que vive nos Estados Unidos deve considerar a possibilidade de tomar esses medicamentos.

Tais substâncias diminuem os níveis do colesterol, em comparação com os 15% da população que já usam esse tipo de tratamento.

A outra novidade trazida pela orientação publicada pelo American College of Cardiology (ACC) e pela American Heart Association (AHA) é que, pela primeira vez, não se leva apenas em consideração os infartos, mas também os acidentes vasculares cerebrais.

O anúncio gerou polêmica entre os médicos e especialistas dentro e fora dos Estados Unidos. Alguns apoiaram a recomendação, enquanto outros reforçaram os riscos de efeitos secundários, e o impacto que o uso dessa droga pode ter sobre o desenvolvimento de medicamentos e métodos alternativos.

A BBC Mundo investigou alguns desses argumentos com representantes da comunidade médica.

 

Não há números

Para Luis Rodriguez Padial, vice-presidente eleito da Sociedade Espanhola de Cardiologia, a perda dos objetivos "pode envolver o relaxamento no interesse em alcançar uma meta, que existe quando você tem um nível a atingir".

"Mudar essa atitude pode ser algo negativo, porque muitos pacientes terão uma queda nos níveis que poderiam ser alcançados", explica ele à BBC.

No passado, as pessoas com níveis extremamente elevados, 190mg/dl ou mais, de colesterol ruim, conhecido como LDL, além de receberem tratamento com estatina, precisavam também reduzir o nível para 70mg/dl. Este último não é mais necessário, pelo menos nos Estados Unidos.

Para o cardiologista José Antonio Carbonell, do Hospital Marina Baixa, em Alicante, Espanha, as mudanças não são negativas.

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"A partir da nova classificação em grupos de risco, o paciente recebe uma sobrecarga menor de medicamentos e, portanto, menos efeitos colaterais, menos interações medicamentosas, uma melhor adesão aos tipos de tratamentos e custos monetários provavelmente menores", Carbonell disse à BBC.

O novo guia divide os pacientes em quatro grupos: os que já sofrem de doenças cardiovasculares, aqueles com níveis de LDL de 190mg/dl ou mais, adultos acima de 40 anos com diabetes tipo 2, e adultos acima de 40 anos com 7, 5% de risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em 10 anos.

 

Tratamento desnecessário?

No entanto, Carbonell acrescentou que a nova maneira de calcular o risco de eventos cardiovasculares "não provou ser muito precisa com determinados grupos da população, o que poderia significar que algumas pessoas receberiam tratamentos mais fortes do que elas possivelmente precisam."

Martin Nieves, diretor da unidade de Medicina Interna do Instituto Médico La Floresta em Caracas, na Venezuela, concorda com Carbonell. Para ele, o temor é de que "mais pacientes recebam estatina".

Mas, por outro lado, diz ele, "é improvável que os pacientes sejam afetados".

"Em vez disso, estas orientações são muito mais abrangentes", disse ele à BBC.

Até hoje, as evidências científicas colocam a estatina como único tratamento farmacológico que provou ter um impacto na redução do colesterol, e, talvez por essa razão, estas novas recomendações deem tanta ênfase à este medicamento.

"No entanto, a primeira intervenção causada pelo uso do medicamento é sobre o estilo de vida, como uma dieta saudável para o coração, atividade física regular, peso saudável, e não utilizar produtos de tabaco", diz Nieves.

"A dieta mediterrânea ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue de uma forma muito natural", diz Carbonell.

No entanto, tais medidas naturais não podem ser as únicas quando há altos níveis de colesterol e risco de doenças cardiovasculares. Em tais casos, as mudanças no estilo de vida tem de ser acompanhadas por tratamentos com remédios.

 

Em breve

"Nas orientações de países europeus, que contam com um conjunto de objetivos, um paciente diabético que teve um acidente vascular cerebral, ou insuficiência renal, são pacientes de muito alto risco, e baixar os níveis de 190 para 80 não é suficiente. O ideal é chegar a 70mg/dl, desde que tolere as drogas", diz Rodriguez Padial.

Agora, as orientações nos Estados Unidos recomendam fornecer doses altas de estatina. "Claro que baixa o colesterol, mas apenas em teoria terá benefícios", acrescenta Rodriguez.

Os especialistas consultados pela BBC concordaram que é cedo para tirar conclusões sobre qual é o melhor tratamento para o colesterol alto.

"(A nova orientação) apresenta uma interessante forma de simplificar os grupos que podem se beneficiar das estatinas, e constitui uma ferramenta atualizada para tratar os pacientes", diz Carbonell, que disse que agora quer ver, a médio prazo, como estas recomendações serão adotadas, e quais são os resultados que os Estados Unidos terão. Só então os outros países irão considerar a adoção.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Reposição de testosterona em forma de desodorante chega ao país

Folha de São Paulo

Uma nova droga para repor testosterona em homens com baixos níveis do hormônio deve chegar ao Brasil no próximo mês. A novidade é o formato: o medicamento é aplicado nas axilas, como se fosse um desodorante.

Hoje, existem três remédios de reposição hormonal masculina no país, todos injetáveis. Dois deles são aplicados a cada três semanas e o outro, a cada três meses.

Já o novo medicamento, de uso tópico, deve ser usado diariamente pela manhã, depois do desodorante comum.

Dessa forma, a droga tenta imitar a produção natural da testosterona --que tem níveis mais altos no começo do dia. Com os remédios injetáveis de longa duração, podem ocorrer picos do hormônio logo após as aplicações e níveis baixos no fim do período.

O remédio é colocado em um aplicador usado diretamente nas axilas, o que evita que o produto entre em contato com as mãos e diminui os riscos de contaminar outras pessoas com o hormônio. A dose pode variar de acordo com a recomendação médica. Cada "bombeada" do produto tem 30 mg, e a dose máxima diária, segundo a bula, é de 120 mg. Uma unidade com 110 ml custará R$ 283,93, o que é suficiente para um mês, em média, a depender da dose indicada.

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INDICAÇÃO

Segundo Miguel Srougi, professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, a diminuição do hormônio masculino é um processo natural que ocorre a partir dos 40 anos.

Mas não são todos os homens que precisam do medicamento. O urologista afirma que a reposição hormonal só é indicada para homens com níveis baixos de testosterona --os valores normais vão de 300 a mil nanogramas por decilitro-- e queixa de sintomas.

De acordo com estudos, de 3% a 30% dos homens podem ter níveis baixos de testosterona. Desses, só um terço tem sintomas relacionados a essa queda e, portanto, seria candidato ao uso da reposição hormonal.

"Há só três problemas que a reposição pode melhorar: perda de libido, perda de massa muscular e osteoporose. Há médicos que acreditam que há um ganho na memória, que a pessoa vai ficar mais bem disposta, mas não há evidências disso. É tudo ficção", afirma Srougi.

Segundo ele, a queda do hormônio masculino pode ter um efeito desfavorável para a saúde, mas não é responsável por problemas cognitivos decorrentes da idade. A reposição também não é um "elixir" para males como irritabilidade e insônia.

"Há um grupo de críticos que afirma ainda que há um mercado de reposição hormonal que lucra com essa ideia. Surgiu todo um comércio em torno disso. É preciso ter cuidado na indicação", diz.

A reposição hormonal masculina tem seus riscos. Em doses exageradas, pode causar o crescimento das mamas, toxicidade para o fígado, aumento de colesterol "ruim", maior risco de hipertensão e apneia do sono.

O risco de o tratamento causar câncer de próstata foi levantado e já descartado, segundo Srougi, mas, se o paciente já tiver um tumor, a droga fará com que ele cresça mais rapidamente. Por isso, é preciso descartar a hipótese da doença antes de começar o tratamento.

O médico diz ainda que a forma de aplicação do novo medicamento, não injetável, pode aumentar o número de pessoas que farão uso indevido da testosterona, incluindo os adeptos da medicina "antiaging" (que usa hormônios para tentar atrasar o envelhecimento, sem evidências científicas).

Bernardo Soares, diretor médico da Eli Lilly, diz que o risco existe, mas que a droga será vendida com receita. Efeitos adversos e uso fora da indicação da bula serão monitorados pela farmacêutica.

FESTA TROPICAL – VILA HALL

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A uva tempranillo na Espanha

Por Sommelier Wine Renato Pujol

A tempranillo é uma das uvas com maior variedade de nomes no mundo.  Só na Espanha encontramos os seguintes: cencibel em La Mancha, tinta del país, tinto fino, tinta de toro, tinto de Madrid e ull de llebre, na Catalunha. Em Portugal, ela é conhecida como tinta roriz, na região do Douro ou Aragonês, no Alentejo. Já na Califórnia, é denominada valdepeñas.

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Os nomes podem ser muitos, mas todos se referem a uma só uva: a tempranillo. Variedade originária do norte da Espanha, seu nome oficial vem da palavra espanhola temprano(cedo). Um significado bastante adequado a uma característica marcante: a tempranillo amadurece antes de outras castas, uma faceta que a torna versátil e apta para ser cultivada em climas diferenciados.

Na Espanha, que é hoje o terceiro maior produtor de vinhos no mundo atrás apenas da Itália e da França, é a casta de destaque dentre as aproximadamente 20 outras cultivadas por lá.

Mas, devido à sua facilidade de amadurecimento e as diferenças de terroir de uma região para outra, na própria Espanha podemos ter estilos diferentes de vinhos produzidos com essa mesma uva. Para exemplificar, destaquei quatro regiões onde a tempranillo se apresenta de forma diferente. Confira!

A tempranillo em Priorat

É considerada o berço dos vinhos tintos intensos, considerados por muitos escritores e colecionadores como sendo os vinhos elite da Espanha. Uma região quente e seca, com baixo índice de chuva, tendo dias quentes e noites bem frias por conta do clima em torno da Serra de Monsant, fazendo com que as vinhas tenham pouco rendimento e um amadurecimento lento das uvas. Esses fatores somados a um solo de grande mineralidade garantem ao vinho ali produzido, potência, intensidade de aromas e grande frescor.

Mas Martinet Menut 2009 - Um vinho que surpreende pela sua ótima relação custo x qualidade. A região e a uva dominante podem ser reconhecidos pela tipicidade, tornando este exemplar marcante e singular.

 
A tempranillo em Ribeira del Duero

Ribera del Duero é o berço de grandes vinhos tintos que estão, não só entre os melhores da Espanha, mas também entre os melhores do mundo. As características dos vinhos de Ribera del Duero são intensidade de cor, aromas marcantes, equilíbrio gustativo e acidez refrescante. A região se destaca por estar em um planalto, onde as vinhas ficam entre 750 e 850 metros de altitude, estando sujeitas a uma importante amplitude térmica, que preserva a acidez das uvas e, ao mesmo tempo, desenvolve aromas elegantes e bem definidos.

Embocadero 2010 - Esse vinho representa bem a personalidade do seu terroir. Foi amadurecido em carvalho de origens distintas, agregando cada qual, uma característica diferente, além da maciez e singularidade.

 
A tempranillo em Rioja

A mais importante região vinícola espanhola e primeira a projetar os vinhos espanhóis no mercado mundial, além de possuir a maior produção do país. Foi também a primeira região a adotar as tipificações Crianza, Reserva e Gran Reserva, hoje, adotadas na maioria das localidades. Seus vinhos são bem definidos pelo tempo de amadurecimento em barricas, no geral duas sub-regiões ganham destaque, Rioja Alta e Rioja Alavesa, de onde vêm vinhos mais leves, elegantes e de grande frescor.

Miguel Torres Altos Ibéricos Tempranillo Crianza 2010 – Elaborado por uma das vinícolas mais ousadas da Espanha, a Miguel Torres. Esse vinho em boca é macio, tem boa concentração e seus sabores se prolongam deliciosamente.

 
A tempranillo em Utiel Requena

Localizada na província de Valência, a história dessa região no mundo do vinho tem mais de 2.000 anos e é comprovada por evidências arqueológicas. A produção vitivinícola é o motor da economia da região, que tem solo e clima com características mediterrâneas, com influência continental, que dão vida a vinhos de grande personalidade. Essa região produz um estilo de vinho totalmente diferente do tradicional deste país. São vinhos leves e modernos, com grande aporte de frutas, sabor macio e agradável.

Toro Loco Tempranillo 2012 - Toro Loco é um vinho gostoso de beber. Diferente dos tradicionais tintos espanhóis, tem taninos macios e muita presença de fruta. É fácil de agradar e ideal para todos os momentos.

domingo, 17 de novembro de 2013

Classificação Série B

36ª Rodada
 
Clube PG J V E D GP GC SG A%
Palmeiras-SP 76 36 23 7 6 67 26 41 70,4
Chapecoense-SC 66 36 18 12 6 57 30 27 61,1
Sport-PE 59 36 19 2 15 61 54 7 54,6
Icasa-CE 59 36 18 5 13 49 50 -1 54,6
Ceará-CE 59 36 16 11 9 59 43 16 54,6
Figueirense-SC 56 36 17 5 14 60 51 9 51,9
América-MG 56 36 14 14 8 50 40 10 51,9
Joinville-SC 53 36 15 8 13 53 43 10 49,1
Avaí-SC 53 36 15 8 13 48 45 3 49,1
10º
Paraná-PR 51 36 14 9 13 49 36 13 47,2
11º
Boa Esporte-MG 50 36 13 11 12 31 42 -11 46,3
12º
América-RN 45 36 11 12 13 44 52 -8 41,7
13º
Oeste-SP 45 36 11 12 13 40 52 -12 41,7
14º
Bragantino-SP 43 36 12 7 17 35 42 -7 39,8
15º
ABC-RN 42 36 12 6 18 44 58 -14 38,9
16º
Guaratinguetá-SP 41 36 11 8 17 39 48 -9 38,0
17º
Paysandu-PA 39 36 10 9 17 40 55 -15 36,1
18º
Atlético-GO 38 36 10 8 18 36 49 -13 35,2
19º
São Caetano-SP 35 36 9 8 19 43 56 -13 32,4
20º
ASA-AL 32 36 10 2 24 40 73 -33 29,6
LegendaPG - Pontos Ganhos | JG - Jogos Disputados | VI - Vitórias | EM - Empates
DE - Derrotas | GP - Gols Pró | GC - Gols Contra | SG - Saldo de Gols
%A - Porcentual de Aproveitamento de Pontos

 
 
Acesso à Série A
 
Rebaixados à Serie C