domingo, 19 de fevereiro de 2012

Produto da Apple no Brasil é o mais caro do mundo

Os produtos da Apple no Brasil são os mais caros do mundo, mostra uma pesquisa da consultoria Idealo.

De acordo com os preços cobrados pelas Apple Stores de 37 países, a Idealo somou os valores dos itens mais populares da gigante de tecnologia (iPad 2, Macbook Air, iPod Touch, MacBook Pro e iMac). Depois, dividiu o resultado por cinco.

O preço médio no Brasil para um produto da Apple é de R$ 2.387,79. República Tcheca (R$ 2.202,63) e Tailândia (R$ 2.016,48) vêm na sequência. Os preços cobrados por produtos vendidos nos três países mais caros são 28% maiores do que a média dos outros locais.

Na invejada ponta oposta -para os consumidores, é claro-, os mais baratos são Malásia (R$ 1.382,50), Canadá (R$ 1.384,70) e Hong Kong (R$ 1.391,02).

No trimestre final de 2011, a Apple lucrou US$ 13,06 bilhões. Vendeu 15,43 milhões de iPads, 5,2 milhões de Macs e 15,4 milhões de iPods. Contatada pela Folha, a Apple não comentou o resultado.

Na lista que mede o país em que é feito o melhor negócio, o Brasil também ficou em último. Para isso, o levantamento comparou o preço cobrado nas lojas on-line da Apple com a renda per capita dos países.

O desempenho do Brasil é culpa da carga tributária e dos custos de importação, afirma Letícia do Amaral, vice-presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

Na entrada dos produtos importados no país, são cobrados ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS/Cofins, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e Imposto de Importação. Além disso, há todo o custo logístico para trazer os produtos até o Brasil.

A pedido da Folha, o IBPT calculou o preço dos cinco aparelhos do levantamento sem a carga tributária. O preço do iPod Touch seria de R$ 363,45; o do iPad 2, de R$ 991,74; o do MacBook Air, de R$ 2.270,24; o do MacBook Pro, de R$ 2.389,02; e o do iMac, de R$ 2.654,54.

Os tributos apenas não explicam os altos preços, diz Cláudio Terra, analista da consultoria TerraForum. "Pode ser um posicionamento de marketing. Você joga o preço lá em cima para ter o seu produto como premium."

Fonte: Folha de São Paulo

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