Os produtos da Apple no Brasil são os mais caros do mundo, mostra uma pesquisa da consultoria Idealo.
De acordo com os preços cobrados pelas Apple Stores de 37 países, a Idealo somou os valores dos itens mais populares da gigante de tecnologia (iPad 2, Macbook Air, iPod Touch, MacBook Pro e iMac). Depois, dividiu o resultado por cinco.
O preço médio no Brasil para um produto da Apple é de R$ 2.387,79. República Tcheca (R$ 2.202,63) e Tailândia (R$ 2.016,48) vêm na sequência. Os preços cobrados por produtos vendidos nos três países mais caros são 28% maiores do que a média dos outros locais.
Na invejada ponta oposta -para os consumidores, é claro-, os mais baratos são Malásia (R$ 1.382,50), Canadá (R$ 1.384,70) e Hong Kong (R$ 1.391,02).
No trimestre final de 2011, a Apple lucrou US$ 13,06 bilhões. Vendeu 15,43 milhões de iPads, 5,2 milhões de Macs e 15,4 milhões de iPods. Contatada pela Folha, a Apple não comentou o resultado.
Na lista que mede o país em que é feito o melhor negócio, o Brasil também ficou em último. Para isso, o levantamento comparou o preço cobrado nas lojas on-line da Apple com a renda per capita dos países.
O desempenho do Brasil é culpa da carga tributária e dos custos de importação, afirma Letícia do Amaral, vice-presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
Na entrada dos produtos importados no país, são cobrados ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS/Cofins, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e Imposto de Importação. Além disso, há todo o custo logístico para trazer os produtos até o Brasil.
A pedido da Folha, o IBPT calculou o preço dos cinco aparelhos do levantamento sem a carga tributária. O preço do iPod Touch seria de R$ 363,45; o do iPad 2, de R$ 991,74; o do MacBook Air, de R$ 2.270,24; o do MacBook Pro, de R$ 2.389,02; e o do iMac, de R$ 2.654,54.
Os tributos apenas não explicam os altos preços, diz Cláudio Terra, analista da consultoria TerraForum. "Pode ser um posicionamento de marketing. Você joga o preço lá em cima para ter o seu produto como premium."
Fonte: Folha de São Paulo
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