terça-feira, 31 de março de 2015

Bolivianas tricotam dispositivos que 'consertam' corações infantis

Na etnia Aymara, na Bolívia, as tricoteiras carregam séculos de tradição na confecção de casacos, cobertores e chapéus típicos feitos de lã. Agora, sua técnica está ajudando a produzir um equipamento médico de alta tecnologia, com o objetivo de salvar a vida de crianças nascidas com problemas congênitos que formam "buracos" no coração.

"Estamos muito felizes por fazer algo para que alguém possa sobreviver", diz a tricoteira Daniela Mendoza, que confecciona a pequena peça em uma sala especialmente higienizada.

Em cerca de duas horas ela produz um "Nit Occlud", como é chamada a peça, projetada pelo cardiologista Franz Freudenthal.

O dispositivo, conhecido na medicina pelo nome em inglêsoccluder, é usada para cobrir e bloquear um buraco no coração do paciente.

A maioria das peças é feita em escala industrial, mas a versão de Freudenthal é tão pequena e elaborada que dificulta sua produção em massa. Por isso, ele tem usado a expertise das tricoteiras para fazê-las manualmente.

Os primeiros protótipos foram testados nos corações de ovelhas com problemas cardíacos. Depois de usá-los com sucesso também no coração de crianças, ele agora exporta a técnica.

"O mais importante é que tentamos obter soluções muito simples para problemas complexos", disse Freudenthal à BBC.

Por sua clínica, na capital La Paz, já passaram centenas de crianças com problemas cardíacos.

País mais pobre da América do Sul, a Bolívia não tem hospitais especializados - ou cardiologistas - suficientes para tratar as crianças com problemas cardíacos. Por isso, inovações baratas são bem-vindas. Além disso, ao evitar uma cirurgia de coração aberto, a técnica evita problemas culturais: a manipulação do coração é considerada um sacrilégio em algumas comunidades indígenas da Bolívia.

O aparelho de Freudenthal é feito de um único fio de metal superelástico, usado na indústria militar, conhecido como nitinol. Ele é capaz de memorizar sua própria forma e pode ser comprimido para entrar em um cateter, passar pelos vasos sanguíneos e expandir ao chegar no ponto correto do coração.

Ao recuperar sua forma original - semelhante a uma cartola -, ele bloqueia o buraco cardíaco (também conhecido como Persistência do Canal Arterial, ou PCA. Em geral, esse buraco é corrigido naturalmente após o nascimento do bebê).

Altitude

Portadores de problemas cardíacos congênitos têm dificuldade em ganhar peso e sofrem de fadiga frequente, já que seus corações têm de trabalhar três vezes mais do que um normal para bombear o sangue pelo corpo.

Por conta da alta altitude e do ar rarefeito em La Paz - que está 4 mil metros acima do nível do mar -, Freudenthal diz que esses problemas são dez vezes mais frequentes na Bolívia do que em outros países.

A menina Cinthia, de 6 anos, foi operada três anos atrás. O sangue que deveria suprir energia e oxigênio para o seu corpo escapava pelo canal arterial até este ser contido pelo procedimento cirúrgico.

A mãe de Cinthia, Victoria Hilari, lembra que ela "mal conseguia caminhar um quarteirão" sem ficar cansada e quase desmaiava ao chorar.

"Foi quando eu percebi que ela tinha um problema, mas não sabia o que fazer", diz Victoria. "Agora ela consegue correr e até está fazendo aula de educação física na escola."

Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 30 de março de 2015

Enzima de rã trata verrugas genitais do HPV, apresentado na reunião anual da American Academy of Dermatology

Três quartos dos homens com verrugas anogenitais causadas pelopapiloma vírus humano (HPV) tiveram remissão clínica e o restante dos pacientes tiveram respostas parciais a uma enzima derivada de rã, segundo relataram pesquisadores em estudo divulgado na reunião da Academia Americana de Dermatologia, que ocorreu em São Francisco.

A remissão clínica ocorreu em 18 de 24 pacientes avaliáveis em resposta à Ranpirnase, uma endoribonuclease derivada de ovos de Rana pipiens ou sapo leopardo do norte. Os pacientes receberam 1 mg/ml, duas vezes ao dia, de uma formulação tópica de Ranpirnase e as remissões ocorreram, em média, no prazo de 33 dias do início do tratamento, segundo informou Luis Squiquera, da Tamir Biotechnology. O restante dos pacientes avaliáveis apresentou melhora de pelo menos 50% das lesões.

Este estudo, com um número limitado de pacientes, fornece a primeira evidência clínica da eficácia antiviral da Ranpirnase e dá suporte para uma avaliação mais aprofundada desta medicação em um estudo clínico expandido para tratar verrugas anogenitais, segundo a conclusão do pesquisador.

A Ranpirnase já foi avaliada para o tratamento de vários tipos de tumores malignos. Estudos in vitroconfirmaram a eficácia da enzima contra o HPV-11 e a atividade alargada contra o papilomavírus, confirmada em estudos envolvendo coelhos de laboratório. A enzima tem um perfil de toxicidade favorável acumulado em estudos clínicos e pré-clínicos.

Fonte: American Academy of Dermatology Annual Meeting, 20 a 24 de março de 2015 -NEWS.MED.BR, 2015.

sábado, 21 de março de 2015

França estuda proibir implantes nos seios após descoberta de novo tipo de câncer

Um estudo realizado pelo Instituto do Câncer da França, divulgado nesta terça-feira, revela que implantes nos seios podem causar um tipo raro de tumor no sistema linfático.

Em razão das conclusões dos especialistas, o governo francês estuda atualmente a proibição de próteses mamárias no país.

Os pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (INC) da França revelaram a existência de uma nova doença, o "linfoma anaplásico de grandes células associado a um implante mamário (LAGC-AIM)" e propõe que esse tipo de câncer seja incluído na classificação de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Existe uma relação claramente estabelecida entre o surgimento dessa doença e o uso de um implante mamário", diz o relatório do instituto francês. "Esse tipo de câncer não foi diagnosticado em nenhuma mulher sem próteses nos seios."

Os oncologistas franceses estimam que o risco desse linfoma nas mulheres com implantes mamários é 200 vezes maior do que na população feminina em geral.

Eles ressaltam, no entanto, que a frequência dessa complicação médica é muito baixa. Desde 2011, apenas 18 mulheres desenvolveram esse tipo de câncer na França (uma delas já morreu), segundo o INC.

Vigilância

O estudo foi realizado a pedido das autoridades francesas da área de saúde após o rápido aumento de casos desse tipo de câncer em um período relativamente curto.

Apesar do número de pessoas afetadas ainda ser bem limitado, o que preocupa as autoridades é a velocidade da progressão: o total de novos casos passou de dois em 2012 para 11 no ano passado.

A ministra da Saúde, Marisol Touraine, declarou nesta terça-feira que as mulheres com implantes nos seios "não precisam retirá-los" e nem devem ficar "excessivamente preocupadas".

"Nossa vigilância é total", disse a ministra, acrescentando que nenhuma marca de prótese mamária está sendo visada especificamente em relação à descoberta desse novo tumor.

Touraine também afirmou que as informações às mulheres que desejam colocar implantes nos seios será reforçada.

Alerta obrigatório

A Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM) da França já anunciou que as mulheres que desejam colocar próteses nos seios deverão ser "obrigatoriamente alertadas sobre esse novo risco, apesar de ele ser baixo", afirmou, em entrevista ao jornal Le Parisien, François Hébert, diretor-geral adjunto da agência.

Segundo ele, documentos informativos e alertas sobre a questão já foram enviados aos médicos do país.

"Se for necessário proibir os implantes, nós o faremos", disse o diretor da ANSM.

A agência francesa realizará uma reunião com especialistas até o final deste mês para decidir sobre o assunto. A eventual proibição das próteses dependerá das conclusões dos pesquisadores.

"Os sinais são convincentes. Os casos aumentam. Estamos trocando informações com a FDA (Food and Drugs Administration) americana", afirma o professor Benoît Vallet, diretor-geral da Saúde, que determina as políticas públicas francesas na área.

"Os profissionais da saúde devem ficar muito mais vigilantes diante desse risco. As mulheres que usam próteses devem ser examinadas por um médico todos os anos."

Escândalo

Prótese PIP (AFP)

A descoberta de novos riscos envolvendo próteses mamárias ocorre apenas cinco anos após o escândalo das próteses da marca francesa PIP, que chocou o país.

Elas eram fabricadas com um gel de silicone não autorizado para fins médicos e que continha aditivos de combustível não testados para uso clínico.

A PIP era o terceiro maior fabricante mundial de próteses mamárias e exportava para inúmeros países, incluindo o Brasil.

Segundo a ANSM, cerca de 400 mil mulheres na França têm próteses nos seios, sendo 80% delas por motivos estéticos.

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 11 de março de 2015

FDA aprova novo medicamento antifúngico, o Cresemba

A Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, aprovou o Cresemba (sulfato de isavuconazonium), um novo medicamento antifúngico utilizado para tratar adultos com aspergilose invasiva e mucormicose invasiva; infecções raras, mas graves.

A aspergilose é uma infecção fúngica causada por espécies de Aspergillus e a mucormicose é uma infecção oportunista causada por fungos da ordem Mucorales. Estas infecções ocorrem mais frequentemente em pessoas com sistema imunológico debilitado.

Cresemba pertence a uma classe de medicamentos chamados agentes antifúngicos azólicos, que têm como alvo a parede da célula de um fungo. Cresemba está disponível em formulações orais e injetáveis.

Cresemba é o sexto medicamento antibacteriano ou antifúngico aprovado com a designação Qualified Infectious Disease Product (QIDP). Esta designação é dada aos medicamentos antibacterianos ou antifúngicos que trataminfecções graves ou que levam a risco de vida sob o título Generating Antibiotic Incentives Now (GAIN) da lei FDA Safety and Innovation Act.

Como parte de sua designação QIDP, o Cresemba recebeu revisão prioritária, o que fornece uma revisão acelerada de aplicação da medicação. A designação QIDP também qualifica o Cresemba para mais cinco anos de comercialização exclusiva para ser adicionado a certo período de exclusividade já previsto pela lei Food, Drug and Cosmetic Act. Como estes tipos de infecções fúngicas são raras, a FDA também concedeu ao Cresemba a designação de "orphan drug", em inglês, já que este medicamento foi desenvolvido especificamente para o tratamento da aspergilose invasiva e da mucormicose invasiva.

A aprovação do Cresemba para tratar a aspergilose invasiva foi baseada em um estudo clínico envolvendo 516 participantes distribuídos aleatoriamente para receber ou Cresemba ou voriconazol, outro medicamento aprovado para o tratamento da aspergilose invasiva. A aprovação de Cresemba para tratar a mucormicose invasiva foi baseada em um estudo clínico de braço único envolvendo 37 participantes tratados com Cresemba, comparados à progressão natural da doença associada a mucormicose não tratada. Ambos os estudos mostraram a segurança e a eficácia de Cresemba no tratamento destas infecções fúngicas graves.

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao novo antifúngico incluem náuseas, vômitos, diarreia, dor decabeça, testes sanguíneos hepáticos alterados, baixos níveis de potássio no sangue (hipocalemia), constipação, falta de ar (dispneia), tosse e edema periférico. Cresemba também pode causar efeitos colaterais graves, incluindo problemas no fígado, reações à infusão e reações alérgicas e cutâneas graves.

Cresemba é comercializado pela Astellas Pharma US, Inc., com sede em Northbrook, Illinois.

Fonte: FDA NEWS RELEASE, de 6 de março de 2015 - NEWS.MED.BR.


domingo, 8 de março de 2015

Confira os jogos da 7ª rodada do Campeonato Potiguar

COPA CIDADE DO NATAL (1ª FASE)

Rodada

Data Hora Local Time Local   Visitante
07 07.03.2015 16:00 WALTER BICHÃO Baraúnas 3 x 0 Corintians - -
07 08.03.2015 17:00 Nazarenão Palmeira 1 x 2 Alecrim - -
07 08.03.2015 17:00 Barretão Globo 1 x 2 Potiguar - -
07 08.03.2015 17:00 Iberezão Santa Cruz 1 x 1 ABC - -
07 08.03.2015 18:30 Arena das Dunas América 3 x 0 Força e Luz - -

Ao final desta rodada, o técnico do ABC FC, Roberto Fonseca, foi demitido após o jogo contra o Santa Cruz. Quem irá substituí-lo?

Um jovem morre vítima de álcool a cada 36 horas no Brasil

De acordo com informações do Ministério da Saúde reunidas no portal, foram registradas em 2012, último dado disponível, 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos

Álcool: Segundo estudo americano, ter amigo próximo que bebe é o principal fator de risco para que um jovem experimente bebida alcoólica

A morte do universitário Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, em uma festa em Bauru, no sábado passado, após a ingestão de 25 doses de vodca, não é uma situação tão incomum no país. Dados levantados pelo jornal O Estado de S. Paulo no portal Datasus mostram que, a cada 36 horas, um jovem brasileiro morre de intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica.

De acordo com informações do Ministério da Saúde reunidas no portal, foram registradas em 2012, último dado disponível, 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos causadas por "transtornos por causa do uso de álcool", conforme definido na Classificação Internacional de Doenças (CID).

Considerando todas as faixas etárias, o número de mortes causadas pelo álcool chegou a 6.944 em 2012, quase o dobro do registrado em 1996, dado mais antigo disponível na base Datasus. Naquele ano, foram 3.973 óbitos associados ao consumo exagerado de bebida. No período, a alta no número de mortes foi de 74%.

De acordo com especialistas, o número de mortes associadas ao álcool deve ser ainda maior se computadas as causas secundárias, como doenças provocadas pelo consumo por um longo período de tempo ou violência associada à ingestão da bebida. "Se considerados problemas como cirrose hepática ou acidentes causados por embriaguez, por exemplo, esse dado sobe", diz Deborah Malta, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Pesquisadora do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Inpad/Unifesp), Clarice Madruga afirma que o consumo excessivo de álcool em todas as faixas etárias vêm crescendo nos últimos anos. Pesquisa da Unifesp mostra que, entre os brasileiros que consomem álcool, o hábito chamado de "beber em binge", quando há ingestão de pelo menos cinco doses de bebida em um período de duas horas, cresceu de 45%, em 2006, para 59%, em 2012.

"E esse abuso é mais comum entre jovens, porque nessa faixa etária é realmente mais difícil controlar os impulsos. Por isso não se pode culpar a vítima ou os pais. É preciso que o poder público intervenha na venda de bebida", defende ela.

A especialista explica que o consumo exagerado de álcool, quando não chega ao ponto de levar à morte, está associado a uma série de problemas físicos e psíquicos. "No caso da intoxicação, é uma relação simples. O álcool em excesso paralisa o sistema nervoso e, se a pessoa entrar em coma alcoólico e não tiver o devido cuidado, pode sofrer a parada cardiorrespiratória. Além disso, o álcool causa doenças no fígado, perda cognitiva e ainda pode desencadear de forma mais rápida e mais severa doenças como a depressão e o transtorno de ansiedade."

Estudante de Construção Civil em uma faculdade da capital paulista, J., de 19 anos, diz que o fácil acesso à bebida colabora para o consumo exagerado. "Eu mesmo estava tentando beber menos, mas, quando entrei na faculdade, no início do ano, era muita bebida. Os veteranos passavam com as garrafas e ofereciam, aí não tem como não beber", conta ele, que começou a consumir bebida alcoólica aos 14 anos.

Para Clarice, "a situação não vai mudar enquanto o governo não sobretaxar a indústria e proibir situações como o patrocínio de empresas cervejeiras a festas universitárias". A representante do ministério diz que o governo tem feito ações de monitoramento e prevenção do uso de álcool e que o governo apoia projetos de lei que dificultam o acesso à bebida. "Esperamos que a lei que criminaliza a venda de bebida para menores de idade entre em vigor o mais rápido possível", diz Deborah.

Fonte: Veja

Consumo de 3 ou 4 xícaras de café ao dia pode proteger contra o depósito de cálcio nas artérias coronárias em adultos jovens assintomáticos

Com o objetivo de investigar a associação entre o consumo regular de café e a prevalência de cálcio na artéria coronária, em uma grande amostra de homens e mulheres, assintomáticos, tanto jovens quanto de meia-idade, foi realizado um estudo transversal publicado pelo periódico Heart.

A pesquisa incluiu 25.138 homens e mulheres (idade média de 41,3 anos) sem doença cardiovascular clinicamente evidente que se submeteram a um exame de triagem de saúde com um questionário validado de frequência alimentar e a uma angiotomografia coronariana com multidetectores para determinar os escores de cálcio nas artérias coronárias (CACs). O estudo de base populacional foi realizado noKangbuk Samsung Hospital, Coreia do Sul.

Foram utilizadas análises robustas de regressão de Tobit para estimar os CACs associados a diferentes níveis de consumo de café em comparação com a ausência de consumo de café e feitos os ajustes para potenciais fatores de confusão.

A prevalência de CAC detectável (escore CAC>0) foi de 13,4% (n=3.364), incluindo a prevalência de 11,3% para os escores CAC 1-100 (n=2.832) e a prevalência de 2,1% para os escores CAC>100 (n=532). A média ± DP do consumo de café foi de 1,8 ± 1,5 xícaras/dia. As razões ajustadas multivariadas dos escores CACs (IC95%), comparando os bebedores de café de menos de uma, uma a menos de três, três a menos de cinco e maior ou igual a cinco xícaras/dia para não-bebedores de café foram 0,77 (0,49-1,19), 0,66 (0,43-1,02), 0,59 (0,38-0,93) e 0,81 (0,46-1,43), respectivamente (p de tendência quadrática=0,02). A associação foi semelhante em subgrupos definidos por idade, sexo, tabagismo, consumo de álcool, estado de obesidade, diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia.

Concluiu-se que nesta grande amostra de homens e mulheres aparentemente livres de doença cardiovascular clinicamente evidente, o consumo moderado de café foi associado a uma menor prevalência de aterosclerosecoronariana subclínica.

Fonte: Heart, publicação online, de 2 de março de 2015 – News.Med.Br

Você sabe quanto custa um soldado?

Os conflitos no Afeganistão e no Iraque, onde atualmente uma coalisão liderada pelos Estados Unidos combate o grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico", foram os mais caros da história recente.

Somados os custos de ambos os fronts, eles superam em muito os da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais combinadas.

A tecnologia militar elevou grande parte dos orçamentos.

Mas quanto é gasto em cada soldado? De quanto são os salários se comparados aos de outros trabalhadores?

E o que acontece quando as tropas voltam das frentes de batalha com lesões ou necessidades especiais?

Fonte: BBC Brasil

Parabéns Mulher!

dia-internacional-da-mulher1

sexta-feira, 6 de março de 2015

Exercitar-se na meia-idade pode preservar o cérebro na velhice

Em estudo, pessoas que tinham bom condicionamento físico aos 40 anos apresentavam um cérebro mais rejuvenescido aos 60

Corrida

Uma nova pesquisa revelou que pessoas que não se exercitam na meia-idade têm um volume cerebral menor ao chegar aos 60 anos do que aquelas que praticam atividade física. O tamanho do cérebro é um indicador do envelhecimento.

Pesquisadores avaliaram dados de mais de 1 200 pessoas que fizeram um teste ergométrico em média aos 41 anos. O teste ergométrico é realizado na esteira e serve para avaliar a saúde cardiovascular do indivíduo. Nenhum dos participantes tinha doenças cardíacas ou problemas cognitivos no início do levantamento. Quando esses voluntários começaram a chegar aos 60 anos, foram submetidos a exames de ressonância magnética do cérebro, assim como a testes cognitivos.

O estudo descobriu que as pessoas que se saíram pior nos testes ergométricos tinham menor volume cerebral na velhice do que aqueles que tiveram resultados melhores. Além disso, o desempenho desses voluntários nos testes cognitivos foi mais fraco. A pesquisa foi apresentada em um encontro da Associação Americana do Coração na quarta-feira.

"Muitas pessoas só começam a se preocupar com a saúde mental na velhice, mas o estudo oferece mais uma evidência de que certos comportamentos e fatores de risco na meia-idade podem ter consequências no envelhecimento do cérebro", afirma a líder do estudo, Nicole Spartano, pesquisadora da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

Cinco passos para sair do sedentarismo

Avalie o seu físico

Passar por uma avaliação de flexibilidade, fôlego, força muscular e composição corporal é importante para medir o progresso que virá com a prática de exercícios. Esse teste pode ser feito por um profissional de educação física. Já pessoas sedentárias com mais de 40 anos ou que tenham algum fator de risco, como sobrepeso e hipertensão, devem agendar uma consulta com um médico antes de iniciar uma atividade física. "Há recursos que traçam o perfil do indivíduo e permitem dizer se ele pode fazer exercícios mais intensos ou se deve optar pelos moderados", diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros. Trata-se de testes como o cardiopulmonar, que mede a aptidão cardiorrespiratória, e o ergométrico, que avalia o coração em situação de stress, geralmente com o paciente se movimentando em uma esteira ou bicicleta estacionária.

Estabeleça metas realistas

Ter objetivos ao iniciar uma atividade física é motivador – desde que eles sejam realistas. "Uma pessoa que decidir perder 10 quilos em dois meses dificilmente vai conseguir alcançar a meta e, de certo, vai desistir do compromisso", diz Renato Dutra. O ideal, segundo o educador físico, é estabelecer objetivos de curto (um a três meses), médio (quatro a seis meses) e longo prazo (um a dois anos). "Metas possíveis para um sedentário são, por exemplo, emagrecer 1 quilo em dois meses ou, em um mês, correr 10 minutos ou subir um lance de escada sem se sentir tão cansado." Um dos melhores estímulos é enxergar os resultados.

Escolha um exercício prazeroso

É comum que corrida e musculação, pela difusão e pela praticidade, sejam as primeiras opções na hora de escolher um exercício. Mas isso não quer dizer que elas sejam prazerosas para todo mundo. A regra é experimentar diferentes modalidades até encontrar a mais agradável. "Para sair do sedentarismo, a pessoa deverá buscar um exercício com o qual se identifique", diz Renato Dutra. "Só assim ela descobrirá que, em vez de musculação, prefere pilates, ou que se sai melhor na dança do que na corrida."

Comece devagar

Pessoas que não estão acostumadas a se exercitar devem começar uma atividade física aos poucos, com uma intensidade leve e respeitando os limites do corpo. Isso vai ajudar a evitar lesões e diminuirá as chances de o indivíduo se sentir desestimulado com o exercício. Variar as modalidades também é uma medida que ajuda a espantar o desânimo. "Faça, por exemplo, musculação em um dia, um exercício aeróbico no outro e uma aula de alongamento no dia seguinte”, diz o educador físico Renato Dutra.

Persista nos novos hábitos

É normal que uma pessoa decida se exercitar duas vezes por semana, mas, logo no início, um imprevisto a impeça de cumprir esse objetivo. "Ela não pode desanimar por causa disso. Se não deu, deve tentar de novo na outra semana. Para criar um hábito, é preciso investir nele, reforçando determinados comportamentos. Uma pessoa que sempre foi sedentária não pode ser tão exigente consigo mesma”, afirma Dutra.

Fonte: Veja

Somos mais 'parecidos' com nossos pais do que com nossas mães, diz estudo

Thinkstock

Uma nova pesquisa sugere que os mamíferos podem ser mais geneticamente parecidos com seus pais do que com suas mães, apesar de herdarmos quantidades iguais de mutações genéticas de cada um dos pais.

O estudo da Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados Unidos, descobriu que a influência de genes mutantes vindos do pai é maior do que a dos genes mutantes da mãe.

Mutações genéticas passadas dos pais para os filhos aparecem, tipicamente, em doenças consideradas complexas, que envolvem milhares de genes.

O processo pelo qual a informação contida nos genes se manifesta fisicamente é chamado de expressão genética.

Cientistas acreditam que a descoberta pode abrir novos caminhos para o tratamento de doenças comuns porém complexas - como vários tipos de câncer, diabetes, doenças cardíacas, esquizofrenia e obesidade.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Nature Genetics.

Mutações reguladoras

As mutações que alteram a expressão genética - chamadas de mutações reguladoras - afetam a saúde humana vêm da mãe e do pai.

Mas, afirma o pesquisador Fernando Pardo-Manuel de Villena, da UNC, "agora sabemos que mamíferos expressam mais variação genética do pai. Então, imagine que um certo tipo de mutação é ruim. Se for herdada da mãe, o gene não se expressaria tanto como se expressaria se fosse herdado do pai".

Thinkstock

Villena afirma que a mesma "mutação ruim teria consequências diferentes em doenças se fossem herdadas da mãe ou do pai".

Híbridos

A pesquisa realizada pela equipe da UNC pesquisou uma população de camundongos de laboratórios de ascendência silvestre, criados para apresentar uma maior variedade genética - de forma a serem comparáveis à diversidade humana - do que os típicos camundongos de laboratório.

Dessa forma, os cientistas afirmam que os resultados serão mais úteis para estudos de doenças humanas, já que pesquisas anteriores desconheciam a origem de expressões genéticas específicas - sem saber se elas vinham dos pais ou das mães.

A pesquisa americana examinou três variedades diferentes de camundongos que passaram por cruzamentos consanguíneos, descendentes de uma subespécie que evoluiu em continentes diferentes.

Estes camundongos passaram por cruzamentos para criar nove tipos diferentes de crias híbridas, na qual cada variedade foi usada como pai e mãe.

Quando os camundongos chegaram à idade adulta, os pesquisadores mediram a expressão genética em quatro tipos diferentes de tecidos.

Em seguida, eles mediram o quanto desta expressão genética era derivada da mãe e do pai em cada um dos genes.

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 4 de março de 2015

Adultos só ficam gripados duas vezes por década, diz estudo

A infecção causada pelo vírus influenza é comum na infância e se torna mais rara conforme a pessoa envelhece.

Imunização: a vacinação contra a gripe protege contra a cepa do Influenza A H1N1

Pesquisadores britânicos, americanos e chineses descobriram que adultos acima de 30 anos pegam gripe somente duas vezes por década. O estudo foi publicado terça-feira no periódico PLOS Biology.

A pesquisa analisou amostras de sangue voluntários chineses, procurando por níveis de anticorpos contra nove tipos de influenza que circularam entre 1968 e 2009. Os resultados descobriram que, enquanto crianças pegam, em média, uma gripe por ano, essas infecções se tornam menos frequentes conforme elas crescem. A partir dos 30 anos, tendem a ocorrer duas vezes por década. De acordo com os pesquisadores, a frequência pode ser diferente em outras populações, mas "provavelmente é a mesma".

O estado gripal pode ser confundido com o resfriado, causado por outros vírus, como o rinovírus e o coronavírus. "Existem debates científicos sobre a periodicidade com que as pessoas ficam doentes por influenza. Esta é a primeira vez que alguém reconstruiu a história desta infecção a partir de amostras de sangue dos dias de hoje", afirma Adam Kucharski, da Escola de Higiene & Medicina Tropical de Londres e autor do estudo.

Cinco maneiras de evitar gripes e resfriados

Higienizar as mãos

Quando uma pessoa assoa o nariz, um pouco de secreção nasal pode ficar nas suas mãos. Se essa secreção entrar em contato com outras superfícies, como corrimãos e maçanetas, o vírus permanecerá no local por alguns segundos. Assim, caso outro indivíduo toque na região contaminada e leve a mão ao nariz ou ao olho, será infectado. "Depois de utilizar transporte público ou passar por grandes aglomerações, é preciso lavar as mãos com água e sabão", explica o clínico geral Paulo Olzon, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Embora seja mais prático, o álcool em gel não pode ser utilizado como método de higiene, diz o médico. "Esse produto não desinfeta as mãos completamente."

Lavar as narinas com soro fisiológico

A baixa umidade do ar no inverno favorece o ressecamento da mucosa nasal. "O ressecamento diminui a produção de secreção, que possui o anticorpo IgA e ajuda a barrar a entrada dos agentes infecciosos", explica o infectologista Jean Carlo Gorinchteyn, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. Esse anticorpo protege o organismo contra infecções virais e bacterianas. Lavar as narinas com soro fisiológico duas vezes ao dia é suficiente.

Evitar aglomerações

Lugares com muitas pessoas, como uma sala de cinema ou um ônibus lotado, favorecem a transmissão do vírus da gripe e do resfriado. Nesses ambientes, fica mais fácil entrar em contato com as secreções e gotículas oriundas de espirros e tosses contaminadas. "Ir ao cinema em horários mais vazios, por exemplo, é uma maneira de evitar o contato com os agentes transmissores da gripe e do resfriado", diz Jean Carlo Gorinchteyn.

Ingerir proteínas

A proteína é o principal nutriente para a produção de anticorpos, que protegem o organismo contra as infecções. Por isso, ter uma dieta balanceada e rica em proteínas, de origem animal ou vegetal — como a soja e o grão-de-bico —, blinda o corpo contra os vírus da gripe e do resfriado.

Manter 1 metro de distância de pessoas gripadas ou resfriadas

A tosse e o espirro são as maneiras mais comuns de transmissão da gripe e do resfriado, porque o doente espalha pelo ambiente gotículas e secreções contaminadas, que podem infectar alguém. "É claro que não é necessário evitar o contato com um indivíduo infectado, mas tentar manter uma distância de até 1 metro dessa pessoa ajuda bastante", diz Fernando Gatti de Menezes, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Fonte: Veja

terça-feira, 3 de março de 2015

Pesquisa liga café diário a artérias mais limpas

Thinkstock

O consumo diário de algumas xícaras de café pode ajudar a evitar o entupimento das artérias, um conhecido fator de risco para doenças cardíacas, disseram pesquisadores sul-coreanos, o que deve reabrir o debate sobre os benefícios da bebida para o coração.

O estudo analisou mais de 25 mil funcionários homens e mulheres que se submeteram a exames de saúde de rotina no local de trabalho. Os resultados foram divulgados na publicação científica Heart.

Aqueles que bebiam uma quantidade moderada de café - de três a cinco xícaras por dia - tinham uma possibilidade menor de apresentar os primeiros sinais de doença cardíaca nos exames médicos.

Efeitos no coração

Os efeitos que o café têm sobre a saúde do coração ainda causam dúvidas.

Alguns estudos relacionam o consumo da bebida a fatores de risco cardíaco, como maior colesterol ou pressão arterial. Já outras pesquisas sugerem, na verdade, alguma proteção cardíaca.Thinkstock

Neste estudo, pesquisadores usaram exames médicos para avaliar a saúde do coração. Eles buscavam, especificamente, qualquer doença nas artérias que irrigam o coração - as artérias coronárias.

Nas doenças coronárias, estas artérias ficam entupidas pelo acúmulo gradual de material gorduroso em suas paredes.

Pesquisadores usaram métodos para visualizar pequenos depósitos de cálcio nas paredes das artérias coronárias para ter uma pista inicial sobre a ocorrência deste processo da doença.

Nenhuma das pessoas incluídas no estudo tinha sinais visíveis de doença cardíaca, mas mais do que uma em cada 10 tiveram depósitos de cálcio visíveis em seus exames.

Os pesquisadores, então, compararam os resultados dos exames com o consumo de café diário anotado por cada um dos funcionários, levando em conta outros potenciais fatores de risco cardíaco, como tabagismo, exercícios físicos e histórico familiar de problemas cardíacos.

Pessoas que beberam algumas xícaras de café por dia apresentaram menos probabilidade de ter depósitos de cálcio em suas artérias coronárias do que as que bebiam mais do que isso ou simplesmente não bebiam nada.

Bem ou mal?

Os autores do estudo dizem, no entanto, que mais pesquisas são necessárias para confirmar e explicar a ligação.

O café contém cafeína estimulante e diversos outros compostos, mas não está claro se eles podem causar bem ou mal para o corpo.

Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração, disse: "Embora este estudo destaque uma eventual ligação entre o consumo de café e um menor risco de obstruir as artérias, mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e compreender qual é a razão para essa associação".

"Precisamos tomar cuidado ao generalizar estes resultados porque são baseados na população da Coreia do Sul, que tem diferentes dietas e hábitos".

Fonte: BBC Brasil