segunda-feira, 30 de junho de 2014

AFREZZA, insulina humana em pó para inalação, é aprovada pela FDA

A Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, aprovou a AFREZZA, insulina humana em pó para inalação. Ela tem ação rápida para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes mellitus e é aplicada no início de cada refeição.

Milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes mellitus. Com o passar do tempo, os níveis elevados de açúcar no sangue podem aumentar o risco de complicações graves, incluindo doenças cardíacas, cegueira e danos aos rins e nervos.

"AFREZZA é uma nova opção de tratamento para pacientes com diabetes que requereminsulina na hora das refeições", disse Jean-Marc Guettier, diretor da Division of Metabolism and Endocrinology Products do FDA’s Center for Drug Evaluation and Research. "Ela amplia as opções disponíveis para a entrega de insulina às refeições no manejo dos pacientes com diabetes que necessitam dela para controlar os níveis de açúcar nosangue."

A segurança e a eficácia do medicamento foram avaliadas em um total de 3.017 participantes (1.026 participantes com diabetes tipo 1 e 1.991 pacientes com diabetes tipo 2). A eficácia de AFREZZA em adultos com diabetes tipo 1 foi comparada a da insulina aspart usada às refeições (insulina de ação rápida), ambas em combinação com insulina basal (insulina de ação lenta), em um estudo de 24 semanas. Na 24ª semana, o tratamento com insulina basal e AFREZZA às refeições proporcionou uma redução média na HbA1c (hemoglobina A1c ou hemoglobina glicosilada, uma medida de controle de açúcar no sangue), que alcançou a margem de não inferioridade pré-especificada de 0,4 por cento. AFREZZA havia fornecido menor redução da HbA1c do que a insulina aspart e a diferença foi estatisticamente significativa. AFREZZA foi estudada em adultos com diabetes tipo 2, em combinação com medicamentos antidiabéticos orais; a eficácia de AFREZZA às refeições em pacientes com diabetes tipo 2 foi comparada à inalação de placebo em um estudo de 24 semanas. Na 24ª semana, o tratamento com AFREZZA mais antidiabéticos orais proporcionou uma maior redução média da HbA1c que foi estatisticamente significativa em comparação com a redução de HbA1c observada no grupo que usou placebo.

AFREZZA não é um substituto da insulina de ação prolongada. AFREZZA deve ser utilizada em combinação com insulina de ação prolongada em pacientes com diabetes tipo 1 e não é recomendada para o tratamento da cetoacidose diabética ou para pacientes que fumam.

AFREZZA tem uma advertência em sua bula informando que o broncoespasmo agudo tem sido observado em pacientes com asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). AFREZZA não deve ser utilizada em doentes com doença pulmonar crônica, tal como asma ou DPOC devido a este risco. As reações adversas mais comuns associados à AFREZZA, observadas em ensaios clínicos, foram hipoglicemia, tosse e dor ou irritação na garganta.

Fonte: FDA News Release, de 27 de junho de 2014 - NEWS.MED.BR, 2014.

OMS teme disseminação internacional de ebola

James Gallagher - Repórter de Ciência e Saúde da BBC News

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse considerar necessário que sejam tomadas "medidas drásticas" para conter o surto de ebola na África Ocidental.

Cerca de 400 pessoas morreram desde o início do surto, que começou na República da Guiné e se espalhou para as vizinhas Serra Leoa e Libéria.

É o maior surto em números de casos, mortes e em relação à distribuição geográfica.

A OMS teme a possibilidade de "propagação internacional".

A organização enviou 150 especialistas para a região para ajudar a prevenir a propagação do vírus, mas admite que "houve aumento significativo" no número de casos e mortes.

O surto começou há quatro meses e continua a se espalhar.

Até agora houve mais de 600 casos e cerca de 60% das pessoas infectadas com o vírus morreram.

A maioria das mortes ocorreu no sul de Guekedou, na região da República da Guiné.

O diretor regional da OMS para a África, Luis Sambo, disse: "Este não é mais um surto específico de cada país, mas a crise de uma sub-regional e é preciso uma ação firme."

"A OMS está seriamente preocupada com a propagação transfronteiriça em curso para os países vizinhos, bem como o potencial de disseminação internacional", disse.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou que o surto de ebola está fora de controle. A entidade teme que a epidemia se alastre mais ainda caso não haja uma forte resposta internacional.

O ebola

O ebola é uma febre hemorrágica grave causada pelo vírus ebola e não tem vacina ou cura.

A doença é transmitida pelo contato com os fluidos de pessoas ou animais infectados, como urina, suor e sangue. Os sintomas incluem febre alta, sangramento e danos no sistema nervoso central.

A taxa de mortalidade do ebola pode atingir 90% dos casos. O período de incubação é de dois a 21 dias.

domingo, 29 de junho de 2014

Governo amplia incentivo fiscal para remédios

Benefício alcança cerca de 170 substâncias usadas na fabricação de medicamentos de tarja vermelha ou pretaMediamentos: Governo inclui novas substâncias na lista de incentivo fiscal, entre elas amoxicilina

O governo federal publicou nesta sexta-feira no Diário Oficial da União um decreto que amplia a lista de substâncias usadas na fabricação de medicamentos que poderão ser beneficiadas com o regime especial de utilização do crédito presumido de PIS/Pasep e Cofins. A atualização da lista, que não acontecia desde 2007, ocorre a cerca de três meses das eleições.

O incentivo fiscal contempla cerca de 170 substâncias relacionadas a remédios de tarja vermelha ou preta — até então, cerca de 1.500 substâncias constavam na lista de isenção. Oito delas são utilizadas em medicamentos para nutrição parenteral e hemodiálise, por exemplo. Também há itens usados no combate de diabetes, como cloridrato de metformina; no combate de infecções, como amoxicilina; no controle do câncer de mama, como o pertuzumabe, e no de leucemia, como o nilotinibe; o antidepressivo imipramina; e vacinas, como a que protege contra gripe, tétano e meningite. 

Veja a lista completa das substâncias que passam a contar com incentivo fiscal

Segundo as regras do regime especial, cabe à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos o monitoramento das empresas contempladas com o benefício para "assegurar a efetiva repercussão da redução da carga tributária nos preços e a manutenção dos preços dos medicamentos por períodos de, no mínimo, doze meses".

Fonte: VEJA

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Fotos de expressões faciais podem revelar problemas genéticos, diz estudo

BBC BrasilFoto: Christoffer Nellaker/Universidade de Oxford

Pesquisadores da Grã-Bretanha criaram um programa de computador que reconhece expressões e traços faciais e também detecta problemas genéticos a partir das estruturas do rosto do paciente.

O diagnóstico pode ser feito em apenas algumas horas com a ajuda de uma simples foto de família.

O programa, desenvolvido por pesquisadores das Universidades de Edimburgo, na Escócia, e Oxford, analisa fotos comuns do rosto dos pacientes usando tecnologia de reconhecimento facial semelhante à usada pelo Facebook, por exemplo.

Além de reconhecer rostos em fotos comuns, o programa também analisa variações de luz, qualidade da imagem, o cenário de fundo, postura, expressão facial e identidade.

A partir daí, o programa constrói uma descrição da estrutura da face identificando as extremidades dos olhos, nariz, boca e outros traços e compara estes dados com que aprendeu a partir de outras fotografias já colocadas em seu sistema.

O algoritmo desenvolvido pelos pesquisadores junta automaticamente as fotos de pacientes que tenham a mesma doença ou síndrome.

O programa aprende à medida que vai acumulando mais dados: suas sugestões para cada foto ficam melhores se ele já analisou muitas fotos de outras pessoas com um tipo específico de síndrome ou doença.

Doenças ou síndromes genéticas são consideradas raras, mas, em uma análise coletiva, segundo a Universidade de Oxford, elas afetam uma em cada 17 pessoas do mundo.

CliqueClique aqui para ver animação criada pelo novo programa da Universidade de Oxford.

Destas pessoas, um terço pode ter sintomas que reduzem muito a qualidade de vida. No entanto, a maioria das pessoas não consegue receber um diagnóstico genético.

"Um diagnóstico de uma doença genética rara pode ser um passo muito importante", disse o líder da pesquisa, Christoffer Nellaker, da Unidade de Genética Funcional da Universidade de Oxford.

"Pode dar aos pais alguma certeza e ajuda com o aconselhamento a respeito dos riscos para outros filhos e sobre a possibilidade de uma doença ou síndrome ser herdada pelos outros."

"Um diagnóstico também pode melhorar as estimativas de como a doença pode avançar, ou mostrar quais sintomas são causados pela síndrome ou doença genética e quais são causados por outros problemas clínicos que podem ser tratados", acrescentou.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista especializadaeLife.

Diagnóstico com smartphones

O diagnóstico de um transtorno de desenvolvimento geralmente requer que os geneticistas tirem suas conclusões a partir de traços do rosto, exames e também de seus próprios conhecimentos.

Acredita-se que entre 30% e 40% das doenças genéticas raras envolvem algum tipo de mudança no rosto e crânio do paciente, possivelmente devido ao fato de muitos genes estarem envolvidos no desenvolvimento do rosto e crânio enquanto o bebê se desenvolve no útero da mãe.

Os pesquisadores britânicos "ensinaram" o programa de computador a fazer algumas destas avaliações de forma objetiva.

Os pesquisadores acreditam que, no futuro, os diagnósticos destas doenças poderão ser feitos até com um simples smartphone.

"No futuro, um médico em qualquer lugar do mundo poderá fazer uma foto de um paciente com um smartphone e fazer uma análise pelo computador para encontrar rapidamente uma doença genética ou síndrome que a pessoa pode ter", disse Nellaker.

"Esta abordagem objetiva vai ajudar a limitar os possíveis diagnósticos, facilitar as comparações e permitir que os médicos tenham mais certeza em suas conclusões", acrescentou.


sábado, 21 de junho de 2014

Mutações em um mesmo gene previnem doenças cardíacas

Novas pesquisas descobrem que alterações no gene APOC3 mantêm níveis de triglicérides baixos e reduzem risco de infarto a longo prazoMutação genética: estudo identifica alterações capazes de evitar ataque cardíaco

Cientistas identificaram mutações que ocorrem em um mesmo gene e que são capazes de proteger a saúde cardíaca de uma pessoa. De acordo com esses especialistas, quatro alterações no gene APOC3 fazem com que os níveis de triglicérides, um tipo de gordura presente no sangue, permaneçam baixos, podendo reduzir em quase 40% as chances de um ataque cardíaco.

As descobertas fazem parte de dois estudos diferentes – um feito na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e o outro no Hospital Geral de Massachusetts, que faz parte da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Ambos foram publicados na edição desta semana da revista The New England Journal of Medicine.

Os autores das pesquisas acreditam que as conclusões podem ajudar no desenvolvimento de medicamentos que imitem os efeitos dessas mutações genéticas e que, portanto, possam ser usados para prevenir doenças cardíacas. Remédios assim seriam uma alternativa, ou complemento, ao uso da estatina, medicamento que ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue.

Pesquisas — O estudo feito no Hospital Geral de Massachusetts analisou o DNA de 3.700 pessoas e encontrou pelo menos uma mutação no gene APOC3 em um em cada 150 indivíduos. Os pesquisadores descobriram que, em média, participantes com alguma dessas alterações genéticas tinham níveis de triglicérides 39% menores do que aqueles sem a mutação. Essas pessoas também apresentaram níveis de HDL, o colesterol ‘bom’, 22% mais elevados e taxas de LDL, o colesterol ‘ruim’, 16% mais baixas.

A pesquisa dinamarquesa acompanhou mais de 75.000 indivíduos ao longo de 34 anos e descobriu que aqueles que apresentavam mutações no gene APOC3 tinham níveis de triglicérides 44% mais baixos. Eles também tiveram uma chance 36% menor de sofrer um ataque cardíaco ao longo do estudo.

Em entrevista ao jornal The New York Times, o médico Daniel Rader, diretor de Medicina Preventiva Cardiovascular da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, disse que os estudos representam uma boa notícia nessa área. Segundo ele, alguns pacientes que recebem estatina continuam em risco para doenças cardíacas pois apresentam níveis elevados de triglicérides. “Nós estávamos buscando por algo além das estatinas. Após darmos altas doses de estatina ao paciente, o que mais podemos fazer? Essencialmente, nada”, afirmou.

Fonte: VEJA

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Agência de saúde britânica sugere novas alternativas contra ataques cardíacos

Michelle Roberts - Editora de Saúde da BBC News

Medicamentos (BBC)

Médicos devem usar novos medicamentos além da aspirina para tratar problemas cardíacos comuns, de acordo com novas regras do Instituto Nacional para Saúde e Excelência Clínica da Grã-Bretanha (Nice, na sigla em inglês).

Segundo o Nice, medicamentos anticoagulantes como a varfarina são mais indicados para aqueles com fibrilação atrial, que pode aumentar o risco de um ataque.

Especialistas dizem que muitos médicos já estão fazendo isso. A indicação deverá afetar centenas de milhares de pacientes.

A fibrilação atrial, que causa um batimento cardíaco irregular, é o problema de coração mais comum e afeta até 800 mil pessoas no Reino Unido - cerca de uma pessoa a cada 100.

Eu tenho fibrilação atrial?

- Um pulso irregular pode ser um sinal de fibrilação atrial

- A fibrilação atrial é mais comum em pessoas acima de 55 anos

- Se você acredita ter fibrilação atrial, procure um médico

- Na maioria das vezes, a causa principal não é descoberta, mas a fibrilação atrial é mais comum em pessoas com pressão alta e problemas cardíacos

Com a fibrilação atrial, o coração não trabalha de maneira apropriada e podem se formar coágulos de sangue, o que aumenta o risco de um ataque.

A aspirina tem sido usada há anos para ajudar a proteger os pacientes de ataques, mas evidências sugerem que os benefícios do medicamento são muito pequenos em comparação com outros tratamentos.

As diretrizes do Nice reconhecem isso - é a primeira vez que elas são atualizadas desde que foram originalmente lançadas, em 2006.

O conselho de substituir a aspirina por um medicamento anticoagulante como a varfarina deve evitar milhares de ataques.

Outros anticoagulantes mais recentes podem ser mais adequados pois não exigem acompanhamento regular, diz o Nice.

Especialistas dizem que se a ingestão de aspirina for interrompida, o processo deve ser feito gradualmente e somente sob orientação de um médico.

O professor Peter Weissberg, diretor-médico da Fundação Britânica do Coração, disse: "Ataques causados pela fibrilação atrial são comuns e evitáveis, mas apenas se o ritmo cardíaco anormal for identificado em primeiro lugar e se medicamentos eficazes são dados para prevenir o desenvolvimento de coágulos de sangue".

"A orientação revisada do Nice reflete o acúmulo de evidências que a varfarina e os anticoagulantes mais novos são muito mais eficazes que a aspirina na prevenção de AVCs".

"Isso não significa que a aspirina não seja importante e eficaz na prevenção de ataques cardíacos e derrames em outras circunstâncias".

O professor Peter Elwood, especialista da Universidade de Cardiff, alertou que pode não ser seguro parar de tomar aspirina repentinamente.

"Se o consumo de aspirina tiver de ser interrompido, ele deve ser interrompido gradualmente", disse ele.

Ligação entre operadoras ficará 90% mais barata no Brasil

Olhar Digital

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou uma norma nessa quarta-feira, 18, que resultará na redução das tarifas cobradas pelas operadoras móveis por ligações entre seus clientes e os clientes das concorrentes.

De acordo com o órgão, até 2019 os valores de referência de uso de rede móvel da telefonia móvel devem cair em mais de 90%, chegando a um custo médio de R$ 0,02. Hoje esse valor é de R$ 0,23.

A redução atinge as operadoras, que devem repassar o benefício aos clientes, aumentando a competição do setor e diminuindo o “efeito clube” - hoje, como os valores de interconexão são altos, os consumidores evitam ligar para outras operadoras.

“Com a medida deliberada hoje, espera-se que os preços off-net (para telefones fora da operadora de origem) se tornem mais próximos dos preços on-net”, explica a Anatel. “Assim, o consumidor não precisará de vários aparelhos celulares ou vários chips em um mesmo celular para realizar chamadas para outras operadoras a preços mais próximos às chamadas on-net”.

Grã-Bretanha: não lave o frango antes de cozinhá-lo

Segundo órgão de segurança alimentar britânico, a prática ajuda a espalhar pela cozinha a principal bactéria causadora de intoxicação alimentar

Bactéria presente no frango pode causar diarreia, vômitos e até levar a morte

A agência de segurança alimentar da Inglaterra, Food Standards Agency, aconselhou a população a parar de lavar o frango antes de cozinhá-lo. Segundo as autoridades britânicas, essa prática pode espalhar a bactéria Campylobacter, responsável pela intoxicação alimentar mais comum na Grã-Bretanha e causadora de vômitos, diarreia e até morte, no caso de crianças e idosos.

Uma pesquisa realizada pela agência indicou que mais de dois quintos dos cozinheiros lavam o frango rotineiramente. "A prática pode espalhar a bactéria nas mãos, superfícies, panos de prato e equipamentos de cozinha devido aos respingos da água", afirmou um comunicado da agência na segunda-feira.

"Embora as pessoas costumem seguir as recomendações quando manipulam aves, como lavar as mãos depois de tocar frango cru e garantir que a carne esteja bem cozida, nossas análises mostram que lavar o frango cru também é um hábito comum", declarou a diretora executiva da FSA, Catherine Brown.

A bactéria Campylobacter é responsável por quatro em cada cinco episódios de intoxicação alimentar na Grã-Bretanha. Em casos mais graves, ela causa a síndrome do intestino irritável e a síndrome do Guillian-Barre, que ataca o sistema nervoso. A agência alertou que cozinhar bem o alimento é suficiente para eliminar o risco de infecção. 

Fonte: VEJA

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Cientistas criam capacete que acelera diagnóstico de derrame

Michelle Roberts - Editora de Saúde da BBC News

Foto: Gunilla Brocker

Cientistas suecos afirmam que conseguiram construir um capacete que consegue determinar rapidamente se um paciente sofreu hemorragia ou coágulo no cérebro, acelerando o diagnóstico de derrame e aumentando as chances de recuperação.

O dispositivo lança microondas no cérebro para determinar se houve uma hemorragia ou se algum coágulo entupiu uma veia, as duas formas comuns de acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Os cientistas das instituições Universidade de Tecnologia Chalmers, Academia Sahlgrenska e Hospital Universitário Sahlgrenska planejam tornar o aparelho disponível para equipes de socorro em ambulâncias.

Já foram feitos testes bem-sucedidos do capacete em fases iniciais do estudo, com 45 pacientes.

A pesquisa teve seus detalhes publicados na revista especializada Transactions on Biomedical Engineering.

Contra o tempo

Quando uma pessoa sofre um derrame, os médicos precisam trabalhar rapidamente para que conter os danos no cérebro.

Se o paciente demorar mais do que quatro horas para chegar ao hospital e começar o tratamento, partes do tecido cerebral poderão morrer.

Mas, para dar o melhor tratamento, os médicos primeiro precisam descobrir se o derrame é causado pela hemorragia em um vaso sanguíneo ou por um vaso sanguíneo bloqueado por um coágulo.

Uma tomografia computadorizada geralmente pode mostrar a causa, mas é preciso algum tempo para marcar um exame destes, mesmo quando o paciente é considerado um caso de urgência em um hospital que tenha o equipamento necessário.

Para acelerar todo o processo, os pesquisadores suecos inventarem o dispositivo portátil que pode ser usado já quando o paciente está sendo levado para o hospital.

Microondas

O capacete usa microondas - as mesmas emitidas por fornos de microondas e telefones celulares, mas muito mais fracas - para elaborar uma imagem do que está acontecendo dentro do cérebro do paciente.

Os testes com um dos primeiros protótipos, que usou um capacete de ciclista adaptado, mostraram que o dispositivo pode distinguir de forma precisa entre hemorragias e coágulos, apesar de não conseguir fazer isto 100% do tempo.

Desde então, os cientistas construíram e testaram um capacete feito sob medida para se encaixar melhor a crânios de formas e tamanhos diferentes, e testaram o dispositivo com a ajuda de enfermeiras e pacientes em um hospital local.

Para o futuro, eles planejam encaixar o capacete em um travesseiro onde o paciente possa apoiar a cabeça. Por enquanto, os cientistas afirmam que o capacete precisa passar por mais testes.

E, segundo os pesquisadores, apesar da rapidez, os médicos precisarão usar também outros exames para diagnosticar um derrame.

"A possibilidade de descartar a hemorragia já na ambulância é um grande avanço que trará muitos benefícios no tratamento de derrame agudo", disse o pesquisador Mikael Persson.


Vitamina D pode evitar mortes por câncer e doenças cardiovasculares

Estudo observou que prevalência de mortes causadas por essas doenças é maior entre pessoas com baixos níveis do nutriente

Vitamina D: Fonte principal do nutriente é a luz solar

Apresentar baixos níveis de vitamina D no organismo pode aumentar o risco de morte por diversas doenças, inclusive as cardiovasculares e o câncer, de acordo com um estudo alemão publicado nesta terça-feira. Segundo os pesquisadores, é possível que o nutriente exerça um papel importante na melhora do prognóstico dessas condições e que, portanto, seja um aliado no tratamento delas.


CONHEÇA A PESQUISA


Título original: Vitamin D and mortality: meta-analysis of individual participant data from a large consortium of cohort studies from Europe and the United States​

Onde foi divulgada: British Medical Journal (BMJ)

Quem fez: Ben Schöttker, Rolf Jorde, Hermann Brenner professor e outros

Instituição: Centro Alemão de Pesquisa para Câncer, Alemanha

Resultado: Pessoas com baixos níveis de vitamina D correm um maior risco de morrer por doenças cardíacas e câncer.

O trabalho foi realizado no Centro Alemão para Pesquisa em Câncer e divulgado no periódico British Medical Journal (BMJ). As conclusões se basearam nos dados de 26.000 pessoas de 50 a 79 anos dos Estados Unidos e Europa que foram acompanhadas durante 16 anos. Nesse período, houve 6.695 mortes – 2.624 por doenças cardiovasculares e 2.227 por câncer. 

Os autores identificaram que as pessoas com os menores níveis de vitamina D foram 57% mais propensas a morrer por qualquer causa durante o estudo em comparação com as que apresentavam os maiores níveis do nutriente no organismo. Esse risco foi semelhante quando os pesquisadores avaliaram apenas as mortes provocadas por doenças cardiovasculares.

Além disso, a pesquisa indicou que menores níveis de vitamina D aumentam em até 70% as chances de morte por câncer — mas apenas entre pessoas que já haviam apresentado a doença antes de o estudo começar.

Segundo os autores, é provável que a vitamina D ajude no combate a doenças cardiovasculares e câncer, mas essa conclusão deve ser comprovada em novos e mais aprofundados estudos. Mesmo assim, a equipe acredita que a pesquisa tem uma grande relevância na saúde pública, mostrando que o combate à deficiência em vitamina D deve ser uma prioridade.

Fonte: VEJA

Óculos inteligentes ajudam deficientes visuais a enxergar

Adam Brimelow - Repórter de Saúde, BBC News

BBC 

Pesquisadores da Universidade de Oxford anunciaram ter conseguido grandes avanços no uso de óculos inteligentes para ajudar deficientes visuais a enxergar.

Os óculos melhoram as imagens de pessoas e objetos que estejam próximos das lentes, o que dá ao usuário uma ideia mais clara do que o cerca.

O aparelho permitiu, por exemplo, que os deficientes visuais vissem seus cães-guias pela primeira vez.

Os óculos ainda são grandes e conectados a um laptop dentro de uma mochila. Mas os pesquisadores acreditam que poderão diminuir o tamanho até conseguir óculos de tamanho normal.

Até o final de 2014, os pesquisadores vão produzir um lote inicial de cem aparelhos, que serão oferecidos a pessoas cegas ou parcialmente cegas. Se este período de testes for bem-sucedido, os cientistas vão produzir mais equipamentos nos próximos anos.

E, no futuro, eles esperam até diminuir o preço do aparelho para os britânicos, fazendo com que o kit todo custe o equivalente a um telefone celular.

Câmera 3D

Uma das pessoas que testou o dispositivo foi a britânica Lyn Oliver, que tem uma doença progressiva que faz com que ela tenha uma visão muito limitada.

Agora com 70 anos, ela foi diagnosticada com retinite pigmentosa aos 20 anos. Ela pode ver movimentos, mas descreve a própria visão como "manchada".

O cão-guia Jess ajuda Lyn a se movimentar, evitando a maior parte dos obstáculos e ameaças, mas eles geralmente não conseguem transmitir muitas informações sobre o ambiente onde estão.

Mas agora Lyn começou a usar os óculos inteligentes, um aparelho que tem uma câmera 3D especialmente adaptada para ajudar a melhorar a visão.

As imagens captadas pelos óculos são processadas em um computador e projetadas em tempo real nas lentes. Com isso, as pessoas e objetos próximos ganham mais brilho e definição.

Independência

Lyn Oliver tentou usar alguns dos protótipos mais antigos, mas o modelo mais recente marca um momento importante no projeto dos cientistas britânicos, pois oferece uma clareza e detalhe que nunca tinham sido vistos antes.

BBC

Stephen Hicks, que liderou o projeto na Universidade de Oxford, afirmou que agora eles estão prontos para sair da fase de pesquisa e levar o dispositivo para ser usado pelos deficientes.

"Se você você andar por aí, vai poder navegar através de portas e ver os perigos no chão nos quais você pode tropeçar. Então você poderá ser mais independente e andar com mais tranquilidade", disse.

O cientista disse que houve uma boa resposta dos que já usaram o aparelho.

"As pessoas adoraram. Eles destacaram o quanto conseguem ver agora. Podem ver os detalhes nos rostos, podem ver as próprias mãos. E comentaram como conseguiram ver o cão-guia pela primeira vez", afirmou.

Teste

BBC

A reportagem da BBC levou Lyn Oliver para testar os óculos em um mercado de Oxford, um espaço fechado e movimentado com muitos obstáculos em potencial.

"Posso ver você! Estou parada aqui, conversando e nem pensando. Estou olhando!", disse a britânica.

Segundo Lyn os óculos podem ajudar os deficientes visuais de várias maneiras.

"Desta forma posso encontrar meu caminho para uma porta, em volta das mesas e para fora. Encontrar as escadas e subir", afirmou.

Pressão sistólica abaixo de 12 não traz benefícios a hipertensos

Segundo pesquisa, tomar remédios para manter a taxa inferior a 12 não diminui o risco de doenças cardiovasculares

Pacientes hipertensos muitas vezes são tratados para atingirem a menor taxa possível de pressão arterial sistólica

Pacientes hipertensos muitas vezes são tratados para atingirem a menor taxa possível de pressão arterial sistólica(Thinkstock)

Um estudo publicado nesta segunda-feira no periódico Jama Internal Medicine mostrou que tomar remédio para manter a pressão arterial sistólica (máxima) abaixo de 12 pode não diminuir o risco de doenças cardiovasculares. "Nosso estudo demonstrou que a taxa ideal de pressão arterial sistólica para hipertensos é entre 12 e 13, nível que reduz significativamente os riscos de AVC, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca. Não é preciso ir aquém disso", diz Carlos J. Rodriguez, líder do estudo e professor associado do Centro Médico Wake Forest Baptist, nos Estados Unidos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: 
Systolic Blood Pressure Levels Among Adults With Hypertension and Incident Cardiovascular Events

Onde foi divulgada: periódico Jama Internal Medicine

Quem fez: Carlos J. Rodriguez, Katrina Swett, Sunil K. Agarwal, Aaron R. Folsom, Ervin R. Fox, Laura R. Loehr, Hanyu Ni, Wayne D. Rosamond e Patricia P. Chang

Instituição: Centro Médico Wake Forest Baptist, nos Estados Unidos, entre outros

Resultado: Tomar remédios para menter a pressão arterial sistólica (máxima) abaixo de 12 não reduz os riscos de AVC, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca

"Frequentemente nós tentamos reduzir ao máximo a pressão de hipertensos, achando que isso seria o melhor para a saúde do paciente", diz Rodriguez. "Mas observamos que essa abordagem não traz nenhum benefício aos indivíduos com relação à redução do risco de eventos cardiovasculares, como infarto, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC)."

Os pesquisadores acompanharam 4 480 pessoas por 21 anos, mediando a cada três anos a pressão arterial sistólica dos voluntários. A taxa era considerada alta acima de 14, normal entre 12 e 13 e baixa com menos de 12. Segundo os cientistas, os participantes hipertensos que tomavam medicamentos para manter a pressão sistólica abaixo de 12 não tiveram redução de risco de doenças cardiovasculares.

Fonte: VEJA

terça-feira, 17 de junho de 2014

Os “problemas” da rolha de cortiça

Por sommelierwiner

A rolha de cortiça continua sendo o vedante preferido da maioria dos enófilos, mas embora sua eficiência, ela também está sujeita a alguns “problemas”. Saiba mais!

rolha

É muito mais comum do que se imagina nos depararmos com uma rolha de cortiça que esteja ressecada, infiltrada ou ainda com mofo. Porém, nem sempre uma rolha que apresente tais complicações compromete o vinho que está na garrafa. Então, quando realmente uma rolha com essas características representa um defeito real? Vejamos caso a caso.

Uma rolha ressecada, que se esfarele ao ser removida, e mesmo se deixar resíduos sobre o líquido, só comprometerá o vinho caso tenha permitido a entrada de oxigênio, provocando por consequência a oxidação dele.

Nesse caso, com o simples exame dos aromas ou uma prova poderemos identificar o defeito. Contudo, caso o líquido não esteja comprometido, basta passar o conteúdo para um decanter, usando uma peneira de inox.

A infiltração também pode ser avaliada de forma parecida. É comum encontrarmos rolhas cuja infiltração de vinho chegou até a sua metade. Mas, se ao extrairmos a rolha, verificarmos que essa infiltração não a ultrapassou por completo, indicando a possível entrada de oxigênio, o vinho não deverá apresentar o defeito da oxidação. Novamente um exame olfativo e gustativo confirmarão as condições dele, e assim poderemos consumi-lo normalmente.

No caso do mofo, o mais comum é que o encontremos na parte externa da rolha, sob a cápsula. Indica um provável excesso de umidade no ambiente em que o vinho está sendo conservado ou no ambiente anterior, onde havia sido armazenado.

Aqui também, caso não fique clara que a contaminação ultrapassou toda a extensão da rolha chegando ao vinho, o mais provável é que o mesmo esteja íntegro. E outra vez, um simples exame pelo olfato e paladar será capaz de diagnosticar se está em condição de consumo.

Assim, ao nos depararmos com uma rolha fora da sua mais perfeita normalidade, não vale a pena nos desesperarmos. Afinal, nem tudo que parece ser um grande problema realmente é.

Cientistas britânicos prometem tratamento dentário sem brocas

James Gallagher - BBC News

Pesquisadores britânicos acreditam ter encontrado uma maneira de fazer tratamentos dentários sem a necessidade da broca.

Os cientistas da universidade King's College London acreditam que eletricidade pode ser usada para fortalecer um dente ao forçar minerais para dentro da camada do esmalte dentário.

Assim, eles esperam que a técnica acabe não só com a necessidade de brocas, mas também de injeções e obturações.

Mineirais como o cálcio e fosfato circulam naturalmente para dentro e fora do dente. O ácido produzido pelas bactérias que processam o alimento na boca ajuda os dentes a perder esses minerais.

Na experiência, o grupo de pesquisadores aplicou um coquetel de mineirais e depois usou uma fraca corrente elétrica para direcionar os minerais para dentro do dente.

Eles dizem que, assim, o processo, chamado de Electrically Accelerated and Enhanced Remineralisation("remineralização Eletricamente Acelerada e Aumentada", em tradução livre), reforça o dente.

Cárie dentária antes do tratamento

Cárie dentária após o tratamento

 

Estágio inicial

A empresa Reminova, baseada em Perth, na Escócia, foi criada para tornar a técnica disponível para dentistas nos próximos três anos.

Não há dispositivo para ser visto, e devido à confidencialidade, não houve nenhuma evidência publicada sobre a eficácia da técnica em publicações médicas.

Nigel Pitts, um dos inventores, e um investidor na nova empresa, disse à BBC: "O estágio ainda é inicial, você não começa com o produto final, mas estamos animados porque acreditamos que a técnica seja inovadora."

"Nós criamos uma empresa para transformar uma tecnologia de demonstração em um produto comercial viável que podemos colocar nas mãos de dentistas por todo o mundo."

Ele disse que a tecnologia tem o potencial de substituir a necessidade de várias obturações, mas que não pode atacar cáries em "estágio final".

"O que a técnica não vai fazer é dentes voltar a crescer fisicamente", ele disse.

domingo, 15 de junho de 2014

Conheça onze maneiras de prevenir um AVC

Por Patricia Orlando - VEJA

O derrame cerebral é a principal causa de morte no Brasil. A boa notícia é que até 90% dos fatores de risco da doença podem ser prevenidos

raio-x do cérebro

AVC: moléstia mata 70 000 brasileiros por ano (Hemera Technologies/Thinkstock)

Cerca de 70.000 brasileiros morrem por ano vítimas de acidente vascular cerebral (AVC). Trata-se da principal causa de morte no país, tanto entre homens quanto entre mulheres, segundo o Ministério da Saúde.

A doença é caracterizada pela falta de irrigação sanguínea numa parte do cérebro. Sem sangue, os neurônios presentes na região afetada não têm acesso a nutrientes e ao oxigênio — e podem morrer. "A gravidade do AVC depende da localização e do tamanho da área afetada. Isso explica por que a doença causa desde sintomas leves até sequelas definitivas ou óbito", diz Caio Focássio, cirurgião vascular da Santa Casa de São Paulo.
O derrame costuma ser de dois tipos: isquêmico, correspondente a cerca de 80% dos casos, e hemorrágico, responsável por aproximadamente 20% deles. No caso do AVC isquêmico, ou AVC I, o agente é um coágulo, que, oriundo de diferentes causas (como trombose, hipertensão e colesterol alto), obstrui um vaso que leva o sangue do coração para o cérebro — uma artéria. Já o AVC hemorrágico, ou AVC H, ocorre quando alguma artéria se rompe, desencadeando uma hemorragia cerebral.

Sintomas — Nas duas versões, os sintomas são os mesmos: dificuldade para falar, dormência de um lado do corpo, fraqueza, visão dupla e desequilíbrio. Diante desses sinais, é preciso levar o paciente ao pronto-socorro o mais rápido possível. No hospital, a pessoa será submetida a exames de imagem — ressonância ou tomografia — para diagnosticar o tipo do derrame. No caso do isquêmico, o procedimento de desbloqueio da passagem sanguínea, chamado trombólise, pode ser feito, em média, até quatro horas depois do acidente. Já o hemorrágico, mais difícil de ser tratado, requer, a depender da gravidade, uma operação para drenar o hematoma.

Fatores de risco — Segundo o estudo internacional Interstroke, realizado em 22 países, entre eles o Brasil, e publicado em 2010, 90% dos casos são associados a fatores de risco evitáveis. São eles: hipertensão, diabetes, sedentarismo, colesterol alto, obesidade, tabagismo, abuso de álcool, problemas cardiovasculares e dietas ricas em gordura e em sal. Os outros 10% podem estar relacionados à genética, idade (segundo a Associação Americana de AVC, a probabilidade de uma pessoa ter um derrame dobra a cada década depois dos 55 anos) e etnia (negros e orientais são mais predispostos à hipertensão, o que facilita o AVC).
Há pouca diferença entre os fatores de risco relacionados ao sexo. "Se a mulher não é tabagista, usuária de anticoncepcionais e vítima de enxaquecas com aura, seu risco não é mais elevado que o do homem", diz Antonio Cezar Galvão, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
A incidência da doença, porém, muda de acordo com o avanço da idade. "O AVC é um pouco mais prevalente em homens até os 75 anos. Como as mulheres vivem mais que os homens, e a idade é um fator de risco para a doença, elas apresentam uma probabilidade mais elevada de ter derrame", explica Adriana Conforto, neurologista chefe do Grupo de Doenças Cerebrovasculares do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O AVC afeta uma em cada cinco mulheres e um em cada seis homens.

01 - Controlar a hipertensão

A hipertensão é a principal desencadeadora do AVC, isquêmico ou hemorrágico. Ela pode causar lesões nas paredes internas das artérias, tornando-as menos elásticas e mais predispostas a entupimento e endurecimento. "O tratamento da hipertensão, feito por meio de medicamentos, dieta e prática de atividade física, diminui em 90% o risco de um derrame em hipertensos", afirma Adriana Conforto, neurologista chefe do Grupo de Doenças Cerebrovasculares do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Segundo ela, um estudo feito no Hospital das Clínicas de São Paulo mostrou que 80,5% dos pacientes admitidos por AVC isquêmico no pronto-socorro apresentavam antecedente de hipertensão arterial.

02 - Exercitar-se

A prática de atividades físicas pode ajudar no controle do peso, na saúde do coração e na redução do risco de diabetes, hipertensão arterial e formação de coágulos sanguíneos — condições que podem levar ao derrame. Assim, exercitar-se melhora diversos fatores que aumentam o risco de AVC.

03 - Monitorar o peso

A obesidade e o sobrepeso podem desencadear hipertensão e diabetes, fatores de risco do AVC. "Quem está acima do peso tem maior probabilidade de sofrer um derrame", diz Antonio Cezar Galvão, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.

O cálculo do índice de massa corpórea (IMC), medida que relaciona altura, peso e nível de gordura, ajuda a determinar se o indivíduo está com o peso ideal.

04 - Reduzir o colesterol

Altos níveis de LDL (conhecido como colesterol "ruim") no sangue favorecem a aterosclerose, que se caracteriza pela formação de placas de gordura nas paredes das artérias. A doença estreita e enrijece esses vasos e dificulta o fluxo sanguíneo. A lesão na parede das artérias pode, ainda, levar à formação de coágulos e, logo, ao AVC isquêmico. Uma dieta saudável e pobre em gorduras saturadas e trans ajuda a proteger a saúde cardiovascular.

05 - Tratar o diabetes

O diabetes é o segundo principal fator de risco do AVC, por piorar a hipertensão arterial e contribuir na formação da aterosclerose. "O diabetes enrijece a parede arterial, que favorece o acúmulo de gordura no vaso, aumenta os níveis de insulina no sangue e altera o sistema circulatório e metabólico", diz Caio Focássio, cirurgião vascular da Santa Casa de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Esse cenário facilita o surgimento de coágulos, que podem chegar ao cérebro, obstruir uma artéria e, assim, levar ao AVC isquêmico.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Bloqueador não oferece proteção total contra câncer de pele, diz estudo

Helen Briggs - Da BBC NewsProtetor solar (BBC)

Um estudo britânico recém-publicado faz um alerta para quem acha que, usando protetor solar, está totalmente protegido do câncer de pele.

Segundo pesquisadores da Universidade de Manchester, não se deve confiar apenas no bloqueador como forma de prevenção de melanomas – um tipo maligno de câncer de pele.

"Os resultados ressaltam a importância de combinar o uso do protetor solar com outras medidas para proteger a cútis, como o ato de usar chapéus e roupas folgadas, além de ficar na sombra nos horários de sol forte”, afirma o professor Richard Marais, principal responsável pelo estudo.

Publicada na revista Nature, a pesquisa feita em animais revelou detalhes sobre como os raios UV deixam as células epiteliais mais suscetíveis ao câncer.

É sabido que a exposição ao sol é um dos principais fatores de risco desse tipo de câncer de pele.

Mas ainda havia poucos detalhes sobre o mecanismo molecular pelo qual os raios UV prejudicam o DNA em células da pele.

Perigo

No estudo, os cientistas investigaram os efeitos dos raios UV na pele de camundongos para verificar a ação do protetor contra o câncer.

“Os raios UV atacam os mesmos genes que nos protegem contra seus efeitos nocivos, mostrando o quanto esse agente causador do câncer é perigoso ”, disse Marais.

“Acima de tudo, esse estudo traz provas de que os bloqueadores solares não nos oferecem uma proteção completa contra os efeitos prejudiciais dos raios UV.”

Os pesquisadores descobriram que os raios UV causaram problemas no gene p53, que normalmente ajuda a proteger o corpo contra os efeitos de um DNA com falhas.

O estudo também mostra que o protetor pode reduzir a quantidade de falhas no DNA causadas pelos raios UV, atrasando o desenvolvimento do melanoma nos camundongos.

Julie Sharp, chefe de informação do instituto britânico de pesquisa sobre o câncer, disse que as pessoas tendem a achar que são “invencíveis” a partir do momento que passam a usar bloqueador solar e por isso ficam mais tempo sob o sol, ampliando a exposição aos raios UV.

“É essencial adquirir hábitos seguros para se proteger do sol e não se deixar queimar – queimaduras de sol são, aliás, um claro sinal de que o DNA das suas células epiteliais foi danificado e, a longo prazo, isso pode levar ao câncer de pele”, disse.

O melanoma é o quinto câncer mais comum no Reino Unido, com mais de 13 mil pessoas diagnosticadas com a doença por ano.

No Brasil, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que houve 6.230 novos casos deste tipo de tumor em 2012, sendo 170 homens e 3.060 mulheres (2012).

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Procedimento pioneiro implanta 'menor marca-passo do mundo'

BBC BrasilDivulgação

O menor marca-passo do mundo foi introduzido dentro do coração de um paciente do Reino Unido.

O aparelho foi empregado, pela primeira vez na Grã-Bretanha, no Hospital Geral de Southampton. É o segundo procedimento realizado com o novo sistema, que foi implementado também em dezembro de 2013 na Áustria.

Segundo o cardiologista John Morgan, a realização da operação foi um "momento histórico".

Ele disse que o aparelho "não é muito maior do que uma pílula de remédio" e tem um décimo do tamanho dos modelos tradicionais. Este marca-passo mede 26 milímetros de comprimento e pesa apenas duas gramas.

Sem cabo

Marca-passos são aparelhos que usam impulsos elétricos para regular o batimento do coração. Atualmente, eles são inseridos sob a pele e conectados ao coração através de uma ligação.

O cabo transmite os sinais elétricos, mas eles podem ter que ser substituídos devido a fios quebrados ou deslocados.

O novo dispositivo pode ser implantado diretamente no coração e fornece impulsos elétricos a partir de um eletrodo, eliminando a necessidade de uma ligação.

"Além das vantagens do tamanho do dispositivo e da tecnologia sem fio, o procedimento reduz o risco de infecção e o tempo de recuperação prolongado necessário no caso de de implantes de marca-passo tradicionais, que são mais invasivos", disse Morgan.

"Este é um grande passo à frente no tratamento dos pacientes", acrescentou.

Estudo nos EUA liga carne vermelha a risco de câncer de mama

Helen Briggs - Da BBC NewsThinkstock

Comer muita carne vermelha no início da vida adulta pode aumentar ligeiramente o risco de câncer de mama, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos.

Pesquisadores de Harvard dizem que substituir a carne vermelha por uma combinação de feijões, ervilhas e lentilhas, aves, nozes e peixe pode reduzir o risco da doença em mulheres mais jovens.

Mas especialistas britânicos pedem cautela, dizendo que outros estudos não mostraram ligação clara entre carne vermelha e câncer de mama.

Pesquisas anteriores demonstraram que a ingestão de grande quantidade de carne vermelha e processada provavelmente aumenta o risco de câncer de intestino.

Os novos dados vêm de um estudo realizado nos Estados Unidos acompanhando a saúde de 89 mil mulheres com idades entre 24 a 43.

A equipe, liderada pela Escola de Saúde Pública de Harvard, analisou a dieta de quase 3 mil mulheres que desenvolveram câncer de mama.

"Ingestão elevada de carne vermelha no início da idade adulta pode ser um fator de risco para o câncer de mama", eles relatam na revista British Medical Journal.

Os próprios cientistas de Harvard, porém, descreveram o risco como "pequeno".

Thinkstock

Pesquisadoros recomendam dieta rica em feijões, carne branca e peixe

O epidemiologista da Universidade de Oxford Tim Key disse que o estudo americano descobriu "apenas um elo fraco" entre comer carne vermelha e câncer de mama, o que não era forte o suficiente para mudar a evidência apontada em estudos anteriores de que não há ligação definitiva entre a dois.

"As mulheres podem reduzir o risco de câncer de mama mantendo um peso saudável, ingerindo menos álcool e praticando exercícios, e não é uma má ideia trocar um pouco de carne vermelha - que está ligada ao câncer de intestino - por carne branca, feijão ou peixe", acrescentou.

Segundo a diretora da Unidade de Epidemiologia do Câncer da mesma universidade, Valerie Beral, dezenas de estudos já investigaram o risco de câncer de mama associado com a dieta.

"A totalidade da evidência disponível indica que o consumo de carne vermelha tem pouco ou nenhum efeito sobre o risco de câncer de mama, por isso os resultados de um único estudo não podem ser considerados isoladamente", disse ela.

Evidências demonstram que provavelmente há uma relação entre comer muita carne vermelha e processada e o risco de câncer de intestino.

O Ministério da Saúde britânico recomenda que pessoas que comem mais do que 90 gramas (peso cozido) de carne vermelha e processada por dia devem reduzir a porção para 70 gramas.

domingo, 8 de junho de 2014

Estudo relaciona apneia do sono a diabetes

Maior pesquisa a analisar a relação entre a interrupção da respiração durante o sono e o diabetes mostrou que pessoas com apneia severa têm 30% mais riscos de ter a doença

A descoberta da relação entre as duas doenças pode incentivar a prevenção precoce

Quem tem apneia do sono tem mais chances de desenvolver diabetes — e quanto mais severas as interrupções da respiração durante a noite, maior a chance de desenvolver a doença. A conclusão é de um estudo feito por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, e publicado nesta sexta-feira no periódico American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

A pesquisa é a maior a reunir dados relacionando a apneia do sono a diabetes, confirmando evidências de estudos anteriores e menores. Os cientistas analisaram dados de 8 678 adultos com suspeita de apneia do sono e sem diabetes entre 1994 e 2010 e acompanharam esses pacientes até maio de 2011. Nesse período, 11,7% deles desenvolveram diabetes. Os que tinham apneia severa apresentavam 30% mais riscos de desenvolver a doença, enquanto aqueles com interrupções classificadas como leves ou moderadas tinham 23% mais probabilidade de ter o diabetes.

Outros fatores de riscos para diabetes, além do número de paradas totais e parciais de respiração, também foram levados em conta, como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC) insônia, tabagismo ou elevação da frequência cardíaca durante o sono.

"Depois de ajustar causas potenciais, conseguimos demonstrar uma associação significativa entre apneia do sono severa e o risco do diabetes", afirma Tetyana Kendzerska, principal autora do estudo. "A relação da apneia do sono com o aumento do risco de diabetes que encontramos em nosso estudo pode permitir a prevenção precoce."

Fonte: VEJA

A diferença entre o vinho frisante e o espumante

Já se perguntou o que difere esses vinhos? Saiba um pouco mais sobre como são elaboradas essas bebidas e compreenda o que há de especial em cada uma.

espumantes

A diferença entre o vinho frisante e o espumante é um questionamento comum para os iniciantes no mundo do vinho. E o primeiro passo para entendê-la é conhecer como se produz um vinho, para depois entender como funciona os diferentes métodos de vinificação.

A fermentação alcoólica é um conjunto de reações provocadas por micro-organismos, as leveduras, que atacam a glicose e a frutose contidas no mosto transformando-os em álcool e gás carbônico.

Para se produzir um espumante ou um frisante, precisamos de gás carbônico (borbulhas) e esse gás tem de ser obtido de maneira natural. Agora vamos às características de cada um desses vinhos:

Espumantes

Os espumantes são produzidos através de duas fermentações, a primeira que chamamos de vinho base, aonde a fermentação vai até o final. Ou seja, o vinho fica seco e sem gás carbônico e a segunda é quando se obtém esse gás (as borbulhas).

Para isso, existem dois processos, Champenoise (também conhecido como Tradicional ou Clássico) e Charmat:
- O método champenoise é aquele onde a 2ª fermentação do vinho base ocorre dentro da própria garrafa.
- O método charmat já passa por uma produção um pouco diferente, fazendo com que o vinho base realize sua segunda fermentação em tanques de aço inox .
- No final, os dois métodos recebem uma mistura que se chama Liqueur d`expédition (Licor de expedição), que é responsável em fazer a classificação deste espumante, sendo brut ou demi sec.

Frisantes

- Trata-se de uma fermentação sem vinho base, sem licor de tiragem e sem licor de expedição.
- Ou seja, como não tem vinho base, tanto a fermentação alcoólica quanto a toma de espuma ocorrem no mesmo processo.
- Nos vinhos frisantes o método de obtenção das bolhas pode ser tanto natural como artificial.

Por essas diferenças no método de produção, o vinho frisante sempre terá menor nível de gás carbônico em relação ao espumante. Ou seja, o vinho frisante é menos gaseificado e tem menos espuma do que um espumante.

Fonte: Blog do Sommelier Wine

sábado, 7 de junho de 2014

Estudo PARADIGM-HF, sobre uso de LCZ696 para a insuficiência cardíaca crônica, é encerrado precocemente pela força das evidências de seus resultados provisórios

O PARADIGM-HF é o maior ensaio clínico de tratamento da insuficiência cardíaca, com design robusto, para avaliar o uso de LCZ696 em pacientes com insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção reduzida.

Mais de 20 milhões de pessoas nos EUA e na União Europeia vivem com insuficiência cardíaca crônica, de frente para um alto risco de morte e má qualidade de vida, apesar dos medicamentos disponíveis atualmente.

A Novartis anunciou que o Comitê de Monitoramento de Dados (DMC) recomendou, por unanimidade, encerramento antecipado do estudo PARADIGM-HF, indicando que os pacientes com insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção reduzida que receberam LCZ696 viveram mais tempo sem serem hospitalizados por insuficiência cardíaca do que aqueles que receberam o tratamento padrão com o enalapril (inibidor da ECA). Com base na eficácia demonstrada e no alcance de seu endpoint primário, o estudo será encerrado mais cedo. Isto segue duas análises anteriores que mostraram que o perfil de segurança do LCZ696 era aceitável.

"A Novartis reconhece a necessidade global para tratamentos que estendem e melhoram a vida das pessoas com insuficiência cardíaca e acredita que o mecanismo único do LCZ696 pode ser transformador", disse Tim Wright, chefe global de desenvolvimento da Novartis Pharmaceuticals. "Este resultado é uma demonstração do nosso compromisso com o desenvolvimento de medicamentos inovadores que têm um impacto sobre os resultados mais importantes, como a mortalidade cardiovascular."

Os resultados do PARADIGM-HF serão submetidos a uma grande conferência médica para apresentação e aNovartis vai iniciar discussões com as autoridades sanitárias globais sobre a aprovação para a comercialização do produto.

O LCZ696 é uma pílula, usada duas vezes por dia, para a insuficiência cardíaca. É a primeira vez na medicina que uma classe de medicamentos atua de várias formas sobre os sistemas neurohormonais do coração, bloqueando os receptores que exercem efeitos nocivos e promovendo simultaneamente mecanismos de proteção. Conhecido como um ARNI (inibidor do receptor neprilisina da angiotensina), o LCZ696 reduz a pressão sobre um coração insuficiente, promovendo a capacidade de recuperação do músculo cardíaco.

O LCZ696 é o segundo tratamento a ser desenvolvido pela Novartis para os doentes com insuficiência cardíaca, juntamente com RLX030 (serelaxina) para a insuficiência cardíaca aguda.

Fonte: Novartis – News Med Br 

Mortalidade cardiovascular, mortalidade por todas as causas e incidência de diabetes após intervenção no estilo de vida de pessoas com intolerância à glicose, dados do Qing Diabetes Prevention Study

Já é sabido que as intervenções no estilo de vida de pessoas com intolerância à glicose reduzem a incidência de diabetes mellitus, mas seus efeitos sobre a mortalidade por todas as causas e pordoenças cardiovasculares não são claros. Foi avaliado o efeito da intervenção de longo prazo no estilo de vida e os resultados de longo prazo entre adultos com intolerância à glicose que participaram do Qing Diabetes Prevention Study.

O estudo foi um ensaio conjunto e randomizado em que 33 clínicas chinesas participaram com 577 adultos portadores de intolerância à glicose. Os indivíduos foram randomizados (1:1:1:1) para um grupo controle ou grupos de intervenção de estilo de vida (dieta ou exercício ou ambos). Os pacientes foram recrutados em 1986 e a fase de intervenção durou seis anos. Em 2009, os participantes foram seguidos e os resultados preliminares de mortalidade cardiovascular, mortalidade por todas as causas e aincidência de diabetes na população com intenção de tratamento foram avaliados.

Dos 577 pacientes, 439 foram atribuídos ao grupo de intervenção e 138 ao grupo de controle (um recusou o exame inicial). 542 (94%) de 576 participantes tinham dados completos para a mortalidade e 568 (99%) contribuíram para a análise de dados. 174 participantes morreram durante os 23 anos de follow-up (121 no grupo de intervenção versus 53 no grupo controle). A incidênciacumulativa de mortalidade por doença cardiovascular foi 11,9% (IC 95% 8,8-15) no grupo de intervençãoversus 19,6% (12,9-26,3) no grupo controle (hazard ratio [HR] 0,59, IC 95% 0,36-0,96, p=0,033). Amortalidade por todas as causas foi de 28,1% (IC 95% 23,9-32,4) versus 38,4% (30,3-46,5; HR 0,71, IC 95% 0,51-0,99, p=0, 049). A incidência de diabetes foi de 72,6% (68,4-76,8) versus 89,9% (84,9-94,9; HR 0,55, IC 95% 0,40-0,76; p=0,001).

Um programa de intervenção de estilo de vida de seis anos para chineses com intolerância à glicose reduziu amortalidade por doenças cardiovasculares e por todas as causas e a incidência de diabetes. Estes resultados enfatizam os benefícios clínicos de longo prazo da intervenção no estilo de vida para pacientes com intolerância à glicose e fornecem mais justificativas para a adoção de mudanças saudáveis nos hábitos diários como medida de saúde pública para controlar as consequências do diabetes mellitus.

Fonte: The Lancet Diabetes & Endocrinology, volume 2, número 6, de junho de 2014 - NEWS.MED.BR,

Ídolo do Internacional, Fernandão morre em acidente de helicóptero

DANIEL NEVES
DO UOL

O ex-atacante Fernandão, ídolo do Internacional, morreu em um acidente de helicóptero na madrugada deste sábado, aos 36 anos. A tragédia ocorreu na região de Aruanã, interior de Goiás, onde o jogador tinha uma casa.

"Estou acordado desde às 5h da manhã, quando me ligaram. Ele estava com mais quatro pessoas, uma delas, um vereador lá de Goiás. Nenhum deles sobreviveu. Eles tinham saído da fazenda de um amigo lá em Aruanã e o helicóptero caiu cerca de 15 km do local da decolagem", confirmou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, ao UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

O ex-atacante Fernandão em treinamento do São Paulo em abril de 2011O vereador que estava com o atacante era Edmilson de Sousa Lemes (PSDB), do município de Palmeiras de Goiás. De acordo com a Rádio Gaúcha, Fernandão foi a única das vítimas do acidente que ainda foi retirada com vida dos destroços do helicóptero. O atacante chegou a ser levado a um hospital da região, mas chegou morto ao local.

Fernandão é considerado um dos maiores ídolos da história do Internacional. Foi o capitão do clube na conquista da Libertadores e do Mundial de clubes de 2006, este último com uma vitória histórica sobre o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho. Ainda sagrou-se duas vezes campeão estadual (2005 e 2008) e ganhou a Recopa sul-americana (2007) pela equipe colorada.

"A gente fica muito triste. Estou aqui, chovendo, frio, vem um negócio desse e a gente fica muito abalado. Não tem o que falar. Eu estou muito emocionado, a gente se encontrou no Beira-Rio, sei lá, nem acredito num negócio desses. Era um cara legal, gente boa, nunca tive problema, foi capitão, ajudou a gente", disse Adriano Gabiru, ex-companheiro de Fernandão e autor do gol do título no Mundial de 2006, à Rádio Gaúcha.

Idolatrado pelos torcedores do Inter, Fernandão participou da reinauguração do Beira-Rio em festa realizada em abril deste ano. Foi um dos mestres de cerimônia do evento e acabou homenageado junto a outros grandes nomes da história do clube, que emitiu nota oficial lamentando a morte do ex-jogador.

"O momento é de profundo pesar pela partida prematura do ídolo de 36 anos, mas o que fica são lembranças gloriosas de um atacante que honrou a camisa do Internacional com seu espírito de liderança, sendo um dos jogadores mais importantes dos 105 anos do Clube", trouxe o comunicado do Inter.

O atacante ainda atuou por Goiás, São Paulo, Olympique de Marselha-FRA, Toulouse e Al-Gharafa antes de se aposentar, em 2011. Após pendurar as chuteiras, Fernandão ainda se arriscou como dirigente e técnico do Internacional, mas sem sucesso nas funções. Em maio deste ano, iniciou carreira como comentarista esportivo e seria um dos integrantes da equipe do Sportv na transmissão da Copa do Mundo.

Serviço Secreto dos EUA quer 'detector de sarcasmo' para monitorar o Twitter

BBC BrasilTwitter (Reuters)

O Serviço Secreto americano está em busca de um programa de computador capaz de identificar quando alguém está sendo sarcástico em posts publicados no Twitter.

A ferramenta ajudará a saber quando alguém não está falando sério - casos chamados de "falsos positivos" pelo governo americano.

"Queremos automatizar nossa análise em tempo real do que é publicado nas redes sociais, especialmente do Twitter", disse o porta-voz do serviço secreto, Ed Donavan, ao jornalThe Washington Post.

A notícia veio à tona depois que o governo americano divulgou anúncio online na última segunda-feira, em busca de novos softwares para melhorar esse serviço de monitoramento.

O interesse da agência abrange também ferramentas capazes de identificar pessoas influentes em redes sociais, acesso a dados antigos publicados nas contas do Twitter e tópicos de interesse para a agência do governo, entre outras funções.

Segundo o governo americano, o objetivo é "preservar a integridade da economia e proteger líderes nacionais e chefes de Estado e governos que visitarem os Estados Unidos".

O país tem sido muito criticado e pressionado desde que foi revelado que sua Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) monitorava ligações telefônicas e a atividade online de americanos e de cidadãos de outros países.

Piadas infelizes

Nesse tipo de monitoramento, identificar quando alguém está sendo irônico é um desafio porque a linguagem de mensagens envolve elementos complexos e de difícil compreensão por uma máquina.

Por isso, brincadeiras publicadas em redes sociais complicaram a vida de seus autores - ainda que fossem no final das contas apenas posts infelizes.

Um usuário do Twitter foi preso em abril depois de postar uma mensagem com uma ameaça de bomba para a empresa aérea América Airlines. Ele disse depois ter feito uma piada.

No ano passado, uma adolescente americana foi presa depois de publicar no Facebook um comentário sarcástico dizendo que "atiraria numa escola cheia de crianças".

E, em 2012, um irlandês e uma britânica que viajavam juntos foram levados em custódia nos Estados Unidos depois do homem postar que planejava "destruir a América" e "desenterrar Marilyn Monroe". O irlandês afirmou que "destruir" era uma gíria para "festejar muito".


quarta-feira, 4 de junho de 2014

ESTUPEFACIENTE! Dilma tenta fazer indústria farmacêutica brasileira migrar para Cuba; se conseguir, provocará desemprego aqui e vai gerar empregos lá; uma comissão já negocia o assunto com o ditador da ilha

Por Reinaldo Azevedo – VEJA

Atenção! A coisa é séria!

Uma delegação brasileira chefiada por Carlos Gadelha — Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde — está em Cuba. Fica lá até sexta-feira para discutir um plano. Qual? Já conto.

É que a presidente Dilma Rousseff resolveu fechar empregos no Brasil e criar empregos em Cuba. É que a presidente Dilma Rousseff, pelo visto, cansou de governar o Brasil — o que, convenham, a gente já vem percebendo, dados os resultados alcançados. É que a presidente Dilma Rousseff, agora, quer fazer a diferença, sim, mas lá em Cuba, na ilha particular dos irmãos Fidel e Raúl Castro — lá naquele país que se divide em dois presídios: o de Guantánamo, onde estão terroristas culpados, e o resto do território, onde estão os cubanos inocentes.

Por que estou escrevendo essas coisas? Porque este blog apurou que a nossa “presidenta”, como ela gosta de ser chamada, está pressionando as empresas farmacêuticas brasileiras a abrir fábricas em… Cuba para a produção de genéricos naquele país. De lá, elas exportariam remédios para a América Central e América do Sul, inclusive o Brasil.

Atenção, brasileiras e brasileiros! A nossa soberana cansou dessa história de o próprio Brasil produzir os remédios e de ser, sim, um exportador. A presidente quer fazer a nossa indústria farmacêutica migrar para Cuba, de sorte que passaríamos a ser importadores de remédios produzidos pelos próprios brasileiros, gerando divisas para os cubanos, danando um pouco mais a balança comercial, desempregando brasileiros e empregando… cubanos!

E a coisa não se limitaria à produção de genéricos, não! Entrariam no acordo também os chamados “similares”. Dilma, assim, daria um golpe de morte numa das políticas mais bem-sucedidas do país nas últimas décadas: a produção de genéricos e o desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional.

A iniciativa nasce da determinação pessoal de Dilma de dar suporte à economia cubana e de dar maior utilidade ao porto de Mariel, construído em Cuba com recursos do BNDES. Como sabemos, a Soberana entrará para a história da infraestrutura portuária de… Cuba!

A exemplo do acordo feito para a importação de médicos cubanos, também essa iniciativa é feita à socapa, por baixo dos panos. Cuba passou a ser caixa-preta do governo petista. Como estamos falando de uma tirania, é impossível conhecer o trânsito de dinheiro entre o nosso país e a tirania dos Castros.

É isso aí, “camaradas” brasileiros! Alguns tentam fazer um Brasil melhor! Dilma está empenhada em fazer uma Cuba melhor à custa dos empregos dos brasileiros. Para lembrar: o secretário Gadelha, o homem encarregado do projeto, é aquele que teve um encontro agendado com o doleiro Alberto Youssef, por iniciativa do ainda deputado André Vargas.

 

Testes de remédios contra câncer de pele têm resultados 'animadores'

Fergus Walsh - BBC NewsBBC/Arquivo pessoal do paciente Warwick Steele

Resultados de testes internacionais de dois medicamentos contra o câncer de pele em estágio avançado foram considerados "animadores e impressionantes" por cientistas.

Os dois tratamentos visam garantir que o sistema imunológico humano reconheça e ataque os tumores.

Os remédios experimentais, chamados pembrolizumab e nivolumab, bloqueiam os caminhos biológicos que o câncer usa para "se disfarçar" e evitar ser percebido pelo sistema imunológico.

As decobertas foram divulgadas na Conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA), que se encerra nesta terça-feira.

Sobrevivência

O melanoma em estágio avançado, um câncer de pele que se espalhou para outros órgãos, é uma doença de tratamento difícil.

Até há poucos anos, a taxa de sobrevivência a esta doença era de cerca de seis meses.

Em um teste realizado com 411 paciente avaliando o pembrolizumab, 69% dos pacientes sobreviveram por pelo menos um ano.

O remédio, que costumava ser chamado de MK-3475, também está sendo testado contra outros tipos de tumores que usam o mesmo mecanismo de bloqueio dos ataques do sistema imunológico.

David Chao, oncologista consultor da fundação Royal Free NHS de Londres, está realizando os testes em pacientes com o melanoma e com câncer de pulmão.

"O pembrolizumab parece ter o potencial para ser uma mudança de paradigma na terapia contra o câncer", disse.

Um dos pacientes de Chao, Warwick Steele, de 64 anos, recebeu infusões do pembrolizumab a cada três semanas desde outubro de 2013.

Antes de o tratamento começar, ele mal conseguia andar, porque o melanoma havia se espalhado e atingido um dos seus pulmões. Steele começou a ter dificuldades para respirar.

"Eu me cansava simplesmente por ficar em pé e, literalmente, estava exausto demais até para fazer a barba. Mas agora eu me sinto de volta ao normal e posso fazer jardinagem e compras", afirmou.

Exames em seu pulmões (como mostram as imagens acima) revelam que, depois de apenas três doses, o remédio parece ter removido completamente o câncer do órgão.

Terapia combinada

O outro medicamento, o nivolumab, foi testado em combinação com um outro remédio já existente e licenciado, o ipilimumab.

Em teste realizado com 53 pacientes, a taxa de sobrevivência foi de 85% depois de um ano e 79% depois de dois anos.

John Wagstaff, professor de oncologia médica na Faculdade de Medicina de Swansea, na Grã-Bretanha, participa dos testes realizados com os dois medicamentos.

"Estou convencido de que este é um avanço no tratamento do melanoma. O teste ainda está 'cego', então ainda não sabemos quais tratamentos os pacientes estão recebendo, mas observei algumas respostas espetaculares", afirmou.

Para Peter Johnson, chefe clínico da Cancer Research UK, ONG britânica especializada em pesquisa sobre o câncer, é "animador ver a variedade de novos tratamentos que estão surgindo para pessoas com melanoma em estágio avançado".

Mas os médicos pedem cautela. Os resultados divulgados ainda estão na chamada Fase 1, o que significa que são testes em estágio inicial.

Os testes mais abrangentes, da Fase 3, ainda estão sendo realizados e envolvem diversos hospitais britânicos. Apenas quando os resultados desses testes estiverem prontos, dentro de cerca de um ano, os médicos poderão ter certeza dos benefícios dos novos tratamentos.

Como acontece com todos os medicamentos, os tratamentos experimentais têm efeitos colaterais. Warwick Steele, por exemplo, relatou que teve suores noturnos e até chegou a sentir uns "apagões" rápidos durante o tratamento.

Mas, para Steele, valeu a pena e agora os médicos estão tratando apenas desses sintomas.