domingo, 31 de março de 2013

Por lucro, Infraero vai despejar o Aeroclube do Brasil fundado por Santos Dumont

imageA Infraero pode cortar as asas da História e ocupar a qualquer momento dois hangares do Aeroclube do Brasil (ACB) no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, por interesse comercial.

Fundado por Santos Dumont em 1911, o ACB foi a primeira escola de aviação civil do País e ocupa o local desde a década de 70, destinado pelo antigo Departamento de Aviação Civil, mas agora a estatal requer a área para licitação.

A Infraero informa que trata-se de ação de reintegração de posse, em acordo com a entidade, cujo contrato expirou em 2008, sem interesse de renovação da parte do governo.

Desde então, a estatal e os sócios-pilotos do ACB entraram numa turbulência judicial, com derrotas seguidas para os aviadores. O Aeroclube foi notificado para desocupar os hangares. A entidade recorreu da decisão, sonhando em reverter a situação, mas perdeu na 20ª Vara Federal.

O ACB apelou e a ação chegou ao TRF da 2ª Região, e nova derrota. Nos bastidores, há interesse de empresas aéreas em ocupar os hangares para operações no aeroporto, que atende a companhias de táxi aéreo e empresas de suporte a operações offshore de petroleiros.

Sócio-piloto do ACB desde 1958, o comandante Hamilton Bastos lamenta o impasse: ‘O Aeroclube existe desde antes da Infraero. A situação é triste e crítica’. Agora, os sócios-pilotos querem sensibilizar o ministro Moreira Franco, que é do Rio. O novo ministro faz gestões para mudar o comando da Infraero.

Fonte: Blog Esplanada

sexta-feira, 29 de março de 2013

App do Facebook agora permite ligações gratuitas entre usuários brasileiros

Chamadas pelo Facebook

Há algumas semanas, o Facebook introduziu uma nova função em seu aplicativo para iPhone, que permitia a realização de chamadas de voz gratuitas entre usuários do aplicativo. No entanto, era limitado apenas para os Estados Unidos e alguns outros países. Desde ontem, porém, usuários brasileiros começaram a ter acesso também à novidade. A informação foi divulgada primeiramente pelo site brasileiro Tecnoblog.

Para realizar chamadas, os dois interlocutores precisam estar com a última versão do apicativo Facebook instalada. A função por enquanto não está disponível no iPad.

Veja como fazer ligações pelo Facebook:

Passo 1: abra o aplicativo e vá em Mensagens. Escolha o contato para quem você quer ligar.

 

 

 

Chamadas pelo Facebook

Passo 2: com a página do contato aberta, toque no botão “i” no canto superior direito da tela.

Chamadas pelo Facebook

Passo 3: aí então aparecerá o botão para a chamada gratuita. Ele só estará ativo se a outra pessoa também tiver instalada a versão mais nova do aplicativo e também tiver registrado seu número de celular no Facebook.

Chamadas pelo Facebook

A qualidade da ligação é relativamente boa, falhando um pouco quando se está usando a rede 3G. No final da ligação, o aplicativo ainda pede para você avaliar a qualidade com 1, 2 ou 3 estrelas.

Fonte: Blog do Iphone

Megaestudo localiza novas alterações genéticas ligadas ao câncer

Um conjunto de treze artigos científicos assinados por pesquisadores de mais de 160 grupos espalhados pelo mundo apresenta uma análise em larga escala de alterações genéticas ligadas ao câncer.

O resultado é a descoberta de mais de 70 novas alterações em regiões do genoma cuja presença indica uma probabilidade maior de desenvolver tumores de próstata, mama e ovário.

Além de ajudar a desvendar como essas "trocas de letras" do DNA contribuem para o aparecimento da doença, o objetivo do trabalho é mudar a forma como o câncer é rastreado na população, personalizando a indicação de exames que procuram sinais precoces da doença, como mamografias.

Hoje já se sabe que 30% dos cânceres têm um componente hereditário. Quando os médicos suspeitam, pelo histórico familiar, por exemplo, que uma pessoa carrega uma predisposição ao câncer, é possível realizar testes genéticos para confirmar isso e tomar precauções.

EXAMES

Já há no mercado, na rede privada e em centros de pesquisa também de instituições públicas, testes que procuram no genoma dos pacientes essas alterações nas "letras químicas" que indicam doenças. No entanto, eles só buscam um pequeno número de mudanças bem conhecidas e associadas ao risco.

Entre elas estão as alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, fortemente ligadas a câncer de mama e ovários.

Segundo José Cláudio Casali, oncogeneticista do Hospital Erasto Gaertner e professor da PUC do Paraná, em 70% dos casos de câncer de mama em que há suspeita de componente hereditário não se consegue achar a mutação associada.

O conhecimento de mais indicadores deve reduzir essa incerteza. Com um resultado em mãos, o paciente pode tomar precauções.

"Não é porque está escrito no DNA que o câncer está no seu destino", diz Casali.

Entre as possíveis providências estão o uso de remédios para prevenir um tumor, cirurgias, como a retirada de ovários ou mama, o aumento de frequência de exames de detecção precoce e mudanças no estilo de vida.

"Hoje já está estabelecido o conceito de tratamento personalizado para o câncer, mas fala-se pouco em prevenção personalizada", completa Casali.

As alterações genéticas mais procuradas nos testes disponíveis hoje na rede privada de saúde são raras.

O que os pesquisadores estavam procurando eram trocas de letras mais comuns na população. Isoladamente, cada uma indica um risco só um pouco aumentado.

Em conjunto, segundo uma das pesquisas, assinada por Douglas Easton, da Universidade de Cambridge, e colegas, as alterações colocam 1% das mulheres com um risco até quatro vezes maior de ter câncer de mama do que a população em geral.

Em um futuro próximo, essas informações podem melhorar a programação de mamografias e exames de próstata periódicos, por exemplo, de acordo com o perfil de risco de cada um.

"Mesmo com o rastreamento, hoje você pode, por um lado, deixar casos passarem e, por outro, fazer exames em excesso", afirmou Vilma Regina Martins, diretora do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital A.C. Camargo.

Anvisa pede cautela em uso de remédio contra osteoporose

O médico deve avaliar, caso a caso, se vale a pena prolongar para além de três anos o uso dos bisfosfonatos no combate à osteoporose.

É o que alerta um boletim elaborado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com base em estudos clínicos e de casos internacionais que avaliaram o uso desses medicamentos por mulheres na pós-menopausa.

Por conta da redução na produção de estrogênio após a menopausa, estima-se que a osteoporose atinja um pouco menos de 20% das mulheres com 50 anos ou mais.
Entre os homens, as taxas estimadas não passam de 6%, descreve o boletim.

O trabalho não questiona o benefício dos bisfosfonatos -remédios mais usados contra a doença- de forma geral, mas alerta que não há garantias de efetividade da droga após uso prolongado.

"Não há evidência clara de benefício pelo uso além de três anos e há relatos de eventos adversos desagradáveis, apesar de pouco frequentes", diz Márcia Fernandes, técnica da agência que trabalhou na produção da análise.

Um desses eventos adversos é a fratura atípica (por exemplo, no meio do fêmur). Já as fraturas nas vértebras e no fêmur na altura da virilha são tidas como típicas em pacientes com osteoporose.

As conclusões da Anvisa vão na mesma linha do relatório divulgado, em setembro de 2011, pela FDA (agência americana que regula remédios e alimentos). À época, a agência afirmou que os bisfosfonatos só tinham benefícios comprovados na prevenção de fraturas até três anos. E informou que, após o quinto ano, não havia mais melhoria na densidade óssea.

MANTER OU NÃO

O alerta que faz o boletim da Anvisa já é de conhecimento dos especialistas brasileiros. Eles, no entanto, acham que o estudo pode ser um aviso importante aos não especialistas que tratam pacientes com osteoporose.

"Tem muita gente usando bisfosfonato há bastante tempo. Os especialistas sabem [do alerta], os generalistas não. E tem muito generalista tratando osteoporose", diz Bernardo Stolnick, vice-presidente do comitê de doenças osteometabólicas da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).

Para decidir manter, suspender ou trocar de droga é preciso avaliar questões como o passado de fraturas e o aumento da massa óssea, diz Sebastião Radominski, coordenador da comissão de osteoporose da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

"Há pacientes que, três ou quatro anos depois, continuam com altíssimo risco de ter uma fratura comum, que não aumentaram a massa óssea. Não tenho dúvida [de que ele deve manter o uso]. Porque, assim, você evita 240 fraturas típicas frente a uma atípica que poderia ocorrer", diz.

Stolnick lembra que há remédios que servem de alternativa aos bisfosfonatos, como o ranelato de estrôncio.

"É uma excepcional alternativa para quem usou o bisfosfonato e tem que parar após três ou cinco anos." Em fevereiro, o uso da substância foi aprovado no país para o tratamento de homens.

REMÉDIO NA MIRA Revisão de estudos feita pela Anvisa coloca em xeque o uso prolongado de um dos principais medicamentos contra osteoporose

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 27 de março de 2013

Correr na subida faz bem para o corpo

Alguns ajustes na técnica de corrida e um avanço progressivo nas subidas podem melhorar sua forma física

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Apesar desses benefícios, muitos novatos e corredores da velha guarda evitam o trabalho, que logicamente exige mais do organismo do que os trabalhos na superfície plana

Se você pretende ganhar força, treine subidas. O terreno íngreme forçará sua musculatura a trabalhar mais duro a cada passo. Assim, fortalecida, sua passada se tornará mais eficiente e você ganhará velocidade. Apesar desses benefícios, muitos novatos e corredores da velha guarda evitam o trabalho, que logicamente exige mais do organismo do que os trabalhos na superfície plana. Alguns ajustes na técnica de corrida e um avanço progressivo nas subidas podem melhorar sua forma física.

Boa técnica – Enquanto sobe, encurte sua passada e mantenha os pés próximos ao solo. Tente manter a cabeça, peito e quadris perpendiculares a uma linha imaginária horizontal. Desça com passos curtos e rápidos, mantendo a carga de peso sobre as pernas.

Pouco a pouco – Aqueça dez minutos e caminhe mais alguns antes de sua primeira sessão de subidas. Escolha uma subida leve e em um ritmo suave corra durante cinco segundos e volte ao ponto inicial caminhando. Repita, agora correndo sete segundos. Desça de novo. Corra até 10 segundos e retorne caminhando. Se você estiver bem, repita a série. Faça um desaquecimento com um trote de 15 minutos.

Progrida – Depois de várias sessões como a anterior, aumente a carga. Faça 2 séries de 10 segundos (suba correndo por 10 segundos, desça e repita). Logo, passe para 2x15 e 2x20. O próximo treinamento de subidas repetirá duas vezes a sequência (2x10, 2x15, 2x20), finalizando com 30 segundos.

Prova de fogo - Programe uma sessão de subidas por semana (ou a cada duas semanas). De acordo com sua evolução, acrescente mais tempo nas corridas para cima ou mais repetições até chegar a 10 séries. Se você se prepara para uma corrida de rua, com desníveis no percurso, as subidas lhe ajudarão na competição. Se falta motivação, busca a ajuda de um amigo para fazer esse tipo de treinamento, se possível, sempre variando a paisagem.

Fonte: www.runnersworld.abril.com.br/

Consumo de café grego está associado à melhoria da função endotelial

imageO consumo de café grego foi associado à melhoria da função endotelial no Ikaria Study, publicado pelo periódico Vascular1 Medicine e desenvolvido por colaboradores da University of Athens Medical School, na Grécia.

A associação entre o consumo de café e as doenças cardiovasculares2 continua a ser controversa. A função endotelial está associada ao risco cardiovascular. Com o objetivo de estudar tal relação, foi avaliado o consumo crônico3 de café e a função endotelial de idosos habitantes da ilha de Ikaria, na Grécia. Não é de hoje que os cientistas já investigam o segredo da longevidade dos oito mil moradores da Ilha de Ikaria, no leste da Grécia, que vivem em média dez anos a mais que a maioria dos europeus e apresentam uma saúde4 muito melhor no final de suas vidas.

A análise foi conduzida em 142 idosos (com idades entre 66 e 91 anos) no estudo denominado Ikaria Study. A função endotelial foi avaliada por ultrassonografia medindo a dilatação mediada por fluxo (FMD). O consumo de café foi baseado em questionários sobre frequência alimentar e classificado em consumo “baixo” (< 200 ml/dia), “moderado” (200 a 450 ml/dia) ou “alto” (> 450 ml/dia).

Nos indivíduos que fizeram parte do estudo, 87% consumiam café grego fervido. Além disso, o consumo era:

  • “Baixo” em 40% deles.
  • “Moderado” em 48% deles.
  • “Alto” em e 13% deles.

Houve um aumento linear da dilatação mediada por fluxo (FMD) de acordo com o consumo de café ("baixo": 4,33 ± 2,51% versus “moderado”: 5,39 ± 3,09% versus “alto”: 6,47 ± 2,72%, com p = 0,032).

Concluiu-se que o consumo crônico3 de café grego fervido está associado à melhoria da função endotelial em indivíduos idosos, proporcionando uma nova ligação entre a nutrição5 e a saúde4 vascular1.

Fonte: Vascular1 Medicine  - NEWS.MED.BR, 2013.

terça-feira, 26 de março de 2013

Sibutramina deve continuar à venda, opinam técnicos da Anvisa

Inibidores de apetite à base de sibutramina devem continuar no mercado, segundo entendimento da área técnica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O parecer ainda será votado pela diretoria do órgão --o que deve ocorrer na semana que vem--, mas é improvável que a posição seja rejeitada, disse o diretor-presidente da agência, Dirceu Barbano.

Em outubro de 2011, a agência decidiu tirar de circulação inibidores de apetite do grupo das anfetaminas e derivados (femproporex, mazindol e anfepramona).

Ao mesmo tempo, manteve a venda da sibutramina sob regras mais rígidas --por exemplo, impondo a assinatura de termos de responsabilidade por médicos e pacientes e obrigando a informação de efeitos adversos.

A ideia, à época, era reavaliar o remédio após um ano da medida. A restrição foi baseada em estudos que apontaram risco de problemas cardíacos após o uso da droga.

Ontem, em audiência pública na Câmara para discutir um projeto que pretende suspender a decisão da Anvisa, Barbano afirmou que a análise do último ano indica que houve suficiente controle do uso da sibutramina.

A média de notificações de eventos adversos passou de duas por mês antes da medida para cinco mensais. Para Barbano, é um reflexo da maior atenção dos médicos.

O volume da substância consumida ficou estável, e o número de prescrições subiu 15%, em parte, afirma, porque a validade das prescrições foi reduzida à metade.

"As medidas foram eficazes para a mitigação do risco relacionado ao uso da sibutramina. A indicação da área [técnica] é de manutenção desse controle e do produto no mercado", disse ele.

Para o endocrinologista Walmir Coutinho, a manutenção da sibutramina no mercado é uma decisão acertada.
"A retirada da sibutramina prejudicaria mais os pobres do que os ricos", diz o médico, lembrando que, se novos remédios forem aprovados para o tratamento da obesidade, seus preços serão altos até que caiam as patentes.
Uma caixa com 30 comprimidos de sibutramina genérica custa cerca de R$ 12.

Além disso, segundo Coutinho, as evidências mostram que o risco do uso do remédio só é maior para aqueles que o usam indevidamente, ou seja, quem já teve doença cardiovascular, quem usa por um período prolongado sem perda de peso ou quem faz o "uso cosmético" do remédio (para perda de 2 kg ou 3 kg).

ANFETAMÍNICOS

Já os inibidores de apetite banidos em 2011 devem permanecer fora do mercado, indicou o diretor da Anvisa, que destacou a baixa eficácia dos remédios a médio e longo prazo e o "alto risco do uso".

Barbano não descartou a ocorrência de mortes relacionadas aos produtos banidos, apesar de não haver registro.

Durante a audiência, ontem, a Anvisa foi muito criticada pelos vetos aos inibidores de apetite. Rosana Radominski, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, disse que os remédios são importantes quando usados adequadamente.

"Uma solução seria manter as medicações [derivadas de anfetamina] até que se pudesse fazer um estudo de longo prazo."

Fonte: Folha de São Paulo

Enxaqueca: primeiro patch aprovado pelo FDA para tratar as crises de enxaqueca

imageEm janeiro de 2013, o FDA aprovou um medicamento para tratar as crises agudas de enxaqueca1 que é largamente utilizado, o sumatriptano, da marca Imitrex. Agora o medicamento está sendo liberado para uso através de um mecanismo novo de administração, um sistema transdérmico, sob a forma de um adesivo (patch) que pode ser enrolado em torno da parte superior do braço de um paciente ou na coxa. A administração transdérmica de um medicamento é a sua absorção através da pele. Embora os consumidores já estejam familiarizados com o uso de patch em medicamentos que ajudam a parar de fumar, este é o primeiro patch aprovado pelo FDA para o tratamento de enxaquecas2.

Com o nome de Zecuity, o patch é movido a bateria e fabricado pela empresa farmacêutica NuPathe. Mede cerca de vinte centímetros de comprimento e dez centímetros de largura, envolve o braço ou a coxa e é muito parecido com uma bandagem. Ele utiliza uma corrente elétrica para deslocar a medicação através da pele ao longo de quatro horas. Uma pequena bateria e um chip de computador regulam a carga para garantir que o paciente receba a dose correta.

O sistema transdérmico fornece uma alternativa aos comprimidos, sprays nasais e injeções. Muitos pacientes que sofrem de enxaqueca1 sentem uma dor debilitante, às vezes tão aguda, que eles não conseguem engolir um comprimido. Outros não gostam do sabor desagradável que o spray nasal pode deixar na boca ou se sentem desconfortáveis com o fato de terem que tomar uma injeção3.

Os principais efeitos colaterais4 do patch são: cerca de 25% dos participantes do estudo clínico com a medicação queixaram-se de uma sensação dolorosa e vermelhidão no local da aplicação do adesivo.

Segundo Eric Bastings, neurologista5 e diretor adjunto da Divisão de Neurologia do Food and Drug Administration (FDA), existem dois tipos básicos de medicamentos para enxaqueca1: medicamentos abortivos (também chamados de medicamentos agudos), que tratam a enxaqueca1 depois que a crise começou e medicamentos de prevenção, que ajudam a manter a pessoa livre das crises agudas de dor.

Fonte: FDA - NEWS.MED.BR, 2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Aplicativos removem traços dos ex-namorados das redes sociais

Antigamente, os casais podiam se separar, partir para outra e manter sua dignidade.

Mas, na era das redes sociais, tal libertação é quase impossível. A dor do rompimento é nutrida por um infinito fluxo em tempo real de atualizações de status no Facebook, fotos no Instagram e tuítes sobre o(a) ex.

Mas novos aplicativos e sites podem estar mudando isso. Um deles é o Killswitch, aplicativo para celulares que promete "remover discretamente do seu Facebook todos os traços do seu ex".

Erica Mannherz, 28, que criou o aplicativo com sua amiga Clara de Soto, 27, disse que ele reduz o amargor da separação.

As duas moradoras de Nova York tiveram essa ideia após testemunharem o rompimento de uma amiga na internet.

"Pobre garota, o perfil dela no Facebook era um campo minado de elementos do seu finado relacionamento", disse De Soto. "Não podíamos acreditar que não houvesse um mecanismo no Facebook ou nas mídias sociais que respondesse a isso."

De Soto disse que o aplicativo é a versão digital do ato de jogar no lixo os presentes e pertences do ex, algo em que ela tem bastante experiência.

"Já vi as caixas dos ex-namorados da Clara, e elas não são bonitas", confirmou Mannherz.
Mas estar conectado a tanta gente numa teia de redes sociais superpostas faz com que deixar de ser amigo ou de seguir as pessoas raramente baste para retirá-las completamente do seu mundo virtual.

"Era bem mais fácil antes, porque você conseguia realmente tirar a pessoa da vista e da cabeça", disse De Soto, "mas não dá para fazer isso on-line". Para ter uma prova de que tal necessidade é real, basta entrar num bar e ouvir uma conversa entre jovens. É quase certo que em algum momento surgirá a pergunta fatal: "Será que eu devo mandar uma mensagem para ele?".

Para dar uma ajuda, um aplicativo chamado Ex-Lover Blocker [Bloqueador de ex-amante], desenvolvido para o Guaraná Antarctica, também tenta conter o impulso de se reconectar. Sempre que você tenta ligar para um(a) ex, o aplicativo envia uma mensagem de texto aos seus melhores amigos, para que eles venham em seu socorro e impeçam um equívoco trágico. O aplicativo também posta uma atualização no Facebook alertando ao mundo sobre sua iminente transgressão.

"É meio que assim: 'Ei, se você ligar para ele, todo mundo vai ver no Facebook como você foi fraca'", disse Marco Versolato, 46, vice-presidente de criação da agência paulistana de propaganda DDB Brasil, criadora do aplicativo. "O autocontrole depende da pessoa, mas, quando você não está emocionalmente estável, você pode usar a ajuda do Ex-Lover Blocker como um amigo."

Annabel Acton, 29, tinha uma abordagem diferente ao criar o site Never Liked It Anyway [Nunca gostei mesmo], em que amantes desprezados podem vender os dolorosos presentes dados pelos ex.

"Acho muito catártico", disse Acton, que mora em Nova York. "É um sinal para si mesma de que você está partindo para outra."

Bettye Dewey, 29, de Ohio, precisou partir para outra depois de se divorciar há dois anos do seu marido multimilionário. Ela havia descoberto que ele tinha um caso --e que comprava para a outra presentes iguais aos que dava a ela própria.

Após a separação, Dewey se viu com uma pilha de bolsas Louis Vuitton, vestidos Dolce & Gabbana e joias Chanel, que ela não queria jogar fora, mas para os quais não conseguia nem olhar. Foi aí que ela achou o Never Liked It Anyway.

"Catártico não é nem a palavra", disse ela. "Eu sentia que estava vomitando esse troço para fora da minha vida."

Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 23 de março de 2013

Alguns sócios do Aché acham pouco R$ 11 bi pelo laboratório

O Aché tem na mesa a maior oferta já feita a um laboratório brasileiro. Mas os donos consideram o valor baixo — e o processo de venda está dando origem a um racha entre eles

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As relações entre sócios costumam ser previsíveis. Quando tudo vai bem e sobra dinheiro, eles se adoram. Mas, quando os negócios vão mal, as desavenças aparecem. As três famílias sócias do laboratório paulista Aché — Baptista, Siaulys e Depieri — estão lutando contra essa lógica. Os negócios nunca estiveram tão bem. Dados inéditos obtidos por EXAME revelam que o Aché se tornou em 2012 o maior laboratório do país em receita líquida.

Os dividendos recebidos pelos acionistas chegaram a 375 milhões de reais no ano anterior. Era, portanto, para estar tudo bem. Mas não está. Para tornar o paradoxo ainda mais curioso, o estopim da atual crise entre os sócios é uma proposta de 11 bilhões de reais pelo laboratório.

Em fevereiro, grupos estrangeiros ofereceram essa quantia pelo Aché, que havia procurado interessados numa eventual aquisição. Seria a maior transação da história do setor farmacêutico no Brasil: cada um dos 11 descendentes diretos dos três fundadores embolsaria cerca de 1 bilhão de reais.

Em vez de causar alegria, esses bilhões todos estão causando a cizânia. Um lado acha que o dinheiro é pouco. Outro grupo acha que pode cobrir a oferta e comprar a participação dos sócios. Pode ser a senha para repetir uma guerra societária em banho-maria desde 2003. Com 11 bilhões na mesa, tudo voltou à tona.

Fundado em 1965 por três executivos do setor, o Aché viveu em harmonia até a virada do século. Foi quando a companhia quase rachou numa briga entre os fundadores, que incluiu acusações de falsificação de atas de assembleia e queixas na polícia. Na última década, com uma gestão tocada por profissionais e um acordo pelo qual decisões estratégicas deviam ser tomadas por consenso, uma relativa paz vigorou.

Foi assim que o Aché cresceu, mantendo-se em segmentos rentáveis, como medicamentos de marca, e evitando a disputa de preços dos genéricos. Virou o laboratório que mais faturou no país, segundo o ranking da consultoria IMS Health. No fim do ano passado, os sócios decidiram aproveitar o excelente momento para buscar uma proposta para a venda da empresa.

Contrataram a Signatura Lazard, empresa especializada na assessoria em fusões, para sondar os maiores laboratórios do mundo. Mas logo ficou claro que os três sócios tinham interesses divergentes.

Os Baptista e os Siaulys eram os mais interessados na venda. O clã Depieri logo começou a articular um movimento para exercer seu direito de preferência. Funcionaria assim: caso as outras famílias aceitassem uma proposta estrangeira, os Depieri poderiam comprar suas participações pagando o mesmo preço.

Para levantar dinheiro, a família aliou-se ao banco BTG Pactual e a João Alves de Queiroz Filho, controlador da empresa de bens de consumo Hypermarcas. A ideia era unir as duas empresas, de preferência com o apoio do ­BNDES. Foi aí que o processo de venda começou a micar — levando a relação entre os sócios junto.

As notícias de que o governo ajudaria os Depieri a exercer seu direito de preferência tiraram o ânimo de multinacionais como a britânica GlaxoSmithKline — que não fez proposta pelo Aché porque não quis ser usada, nas palavras de seus executivos, como “peixe-piloto”, aquele que leva o tubarão à sua vítima. Ou seja, a preocupação era que sua proposta só serviria para definir um preço para que os Depieri e seus novos sócios arrematassem o negócio.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Descoberta a estrutura molecular de dois receptores de serotonina

NEUROT~1Pesquisadores americanos e chineses conseguiram decifrar a estrutura molecular de dois receptores do neurotransmissor serotonina --responsável pela regulação de atividades como sono, apetite e humor. Os resultados podem revelar novos alvos para futuras drogas para depressão e obesidade.

Receptores são as "fechaduras químicas" do organismo e os cientistas vêm tentando durante anos decifrar os da serotonina.

"Antes desse estudo não havia nenhuma estrutura conhecida para qualquer receptor de serotonina. Muito do que era teórico é agora conhecido com um grande grau de certeza", disse Bryan Roth, da Universidade da Carolina do Norte Chapel Hill, e coautor dos dois estudos sobre o tema que saíram ontem na revista "Science".

Existem 14 receptores de serotonina conhecidos, e os pesquisadores focaram seus esforços em dois deles, chamados 1B e 2B. Eles descobriram que ambos possuem estruturas similares nas áreas em que a serotonina se liga.

Roth e seus colegas descobriram as estruturas dos receptores utilizando uma técnica conhecida como cristalografia de raios-X, em que raios-X são disparados em cristais de um composto específico, e a estrutura é deduzida a partir da dispersão dos raios ao se chocarem com os átomos dos cristais. Obter a estrutura de uma molécula é fundamental, pois a sua forma está intimamente relacionada à sua função no corpo, e é um passo crucial para o desenvolvimento de novas drogas.

Christoph Anacker, um neurofarmacologista do Kings College de Londres, concorda que os resultados são importantes para a descoberta de medicamentos. "Estes receptores estão envolvidos em muitas condições, especialmente a depressão, e ao conhecermos as estruturas moleculares, isso nos ajudará a desenvolver medicamentos mais específicos e evitar a ocorrência de efeitos colaterais indesejáveis."

Fonte: Folha da São Paulo

Vídeo mostra como a American Airlines se livrou de quilos de papel graças ao iPad

imageNo final de 2011, a companhia aérea American Airlines conseguiu obter autorização da FAA (Administração Federal de Aviação Americana) para usar o tablet da Apple em todas as fases do voo em algumas aeronaves e desde então vem substituindo diversos quilos de manual em papel por um simples iPad. Um vídeo mostra um (bem) contente piloto da companhia, explicando o quanto seu trabalho melhorou depois do iPad.

Ele diz que a FAA ainda está analisando a liberação para outras aeronaves, testando em ambientes de baixa pressão para ver se o iPad resiste à bruscas mudanças de descompressão. Também é analisado se o suporte em que ele é fixado é estável durante o voo, o que fez o piloto achar irônico visto que os livros em papel geralmente caem no chão durante as decolagens e aterrissagens, e ninguém fala nada disto.

 

Fonte: YouTube

Fonte: Blog do Iphone

quinta-feira, 21 de março de 2013

Médicos americanos pedem redução da cafeína em energéticos

imageUm grupo de 18 médicos, pesquisadores e especialistas em saúde pública estão pedindo à FDA (vigilância sanitária dos EUA) para agir contra os riscos da ingestão de altos teores de cafeína em energéticos para crianças e adolescentes.

"Há evidências na literatura científica de que os níveis de cafeína em energéticos traz riscos sérios à saúde", afirma o grupo.

Em carta à comissária da FDA, Margaret Hamburg, os médicos argumentam que os fabricantes não conseguiram seguir as exigências de segurança requeridas, especialmente no que toca a crianças e jovens. O grupo pede que a agência reguladora restrinja o conteúdo de cafeína nos produtos e exija que a embalagem dos produtos tenha o conteúdo da substância.

Os fabricantes insistem que seus produtos são seguros e que os níveis de cafeína, um estimulante, são equivalentes aos de outras bebidas muito consumidas, como o próprio café.

A FDA afirma que é seguro o consumo de cerca de 400 mg de cafeína por dia, ainda que muitos especialistas afirmam que a maioria dos adultos pode consumidor 600 mg ou mais sem prejuízos. Uma xícara de café Starbucks com 470 ml tem 330 mg de cafeína, quase o dobro de energéticos com o mesmo volume.

Mas ainda não se tem certeza do nível seguro de cafeína para adolescentes, dizem os especialistas. Em geral, considera-se que o consumo máximo seguro por dia deve ser menor do que para um adulto.

Na carta à FDA, o grupo de pesquisadores também destacou que os fabricantes anunciam os produtos de forma agressiva aos jovens.

Nos últimos anos, o número de visitas a hospitais ligadas ao consumo de energéticos cresceu muito nos EUA. Em 2011, houve 20.783 visitas à emergência hospitalar nas quais o energético era a causa do problema de saúde ou fator contribuinte. Em 2007, foram 10.068. Os problemas tipicamente ligados ao excesso de consumo de cafeína incluem ansiedade, dores de cabeça, batimentos cardíacos irregulares e infartos.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 20 de março de 2013

Paulo Porto fala da vitória do ABC

"Refris" são ligados a 180 mil mortes por ano

O consumo de refrigerantes, sucos industrializados e outras bebidas açucaradas pode estar associado a cerca de 180 mil mortes por ano no mundo, de acordo com uma pesquisa apresentada nesta semana no congresso da Associação Americana de Cardiologia.

Os autores da pesquisa usaram dados do estudo "The Global Burden of Disease" (literalmente, "O Peso Global da Doença") de 2010 e relacionaram a ingestão de bebidas açucaradas a 133 mil mortes por diabetes, 44 mil mortes por doenças cardiovasculares e 6.000 mortes por câncer. Cerca de 80% dessas mortes ocorreram em países de rendas média e baixa.

Especialistas afirmam que o consumo dessas bebidas pode gerar resistência à insulina e levar ao diabetes tipo 2, além de aumentar o risco de obesidade.

Os pesquisadores calcularam as quantidades consumidas dessas bebidas por idade e sexo, os efeitos desse consumo na obesidade e no diabetes e o impacto das mortes relacionadas a essas doenças.

A América Latina e o Caribe tiveram o maior número de mortes por diabetes relacionadas ao consumo de bebidas adoçadas em 2010. Entre os 15 países mais populosos, o México teve a maior taxa de mortes por causa da ingestão das bebidas.

À CNN, a Associação Americana de Bebidas disse à que o estudo traz "mais sensacionalismo do que ciência".
A Associação Americana de Cardiologia recomenda que os adultos consumam menos de 450 calorias por semana de bebidas adoçadas.

segunda-feira, 18 de março de 2013

WhatsApp passará a ser cobrado anualmente também no iPhone, para novos usuários

imageO aplicativo WhatsApp é provavelmente o mais popular meio de troca de mensagens em todas as plataformas móveis, compatível com iOS, Android, BlackBerry, Nokia e Windows Phone. No Brasil ele é muito usado, principalmente porque nem todo mundo tem iPhone.

Este ano, seu modelo econômico mudará e novos usuários terão que pagar uma taxa anual para usá-lo.

Esta notícia provavelmente gerará confusão, principalmente porque houve casos de notícias falsas a respeito disso. Mas agora a coisa é oficial e não poderá ser impedida simplesmente reenviando mensagens para 10 contatos. O próprio CEO do WhatsApp, Jan Koum, confirmou que pretende adotar o mesmo modelo aplicado no Android e em outras plataformas.

No Android, o usuário pode instalar de graça o aplicativo mas, depois de um ano, deve começar a pagar uma taxa anual de US$1 para usá-lo. Na prática, a taxa não era cobrada até então e todos puderam usar de graça o aplicativo, mas isto vai mudar a partir de agora e usuários de Android começarão a ser cobrados.

Este sistema de “assinatura” também será adotado no iOS, com ele podendo ser baixado gratuitamente na App Store, mas sendo cobrado a cada 12 meses do mesmo usuário. Felizmente, isso será apenas para novos usuários do serviço; os atuais continuarão não precisando pagar nada, pelo menos por enquanto.

No site de tradução para o português, o aplicativo já conta com 4 sugestões para o botão de assinatura: “Compre agora“, “Adquira agora“, “Compre já” e “Obtenha já“.

Na entrevista de Koum, ele também diz que para este ano não há planos de lançar uma versão para computadores do serviço e nem de adicionar chamadas em vídeo, como existe no Skype e no FaceTime. Ele diz que uma mudança de modelo econômico ajudará a empresa a arrecadar mais recursos para continuar investindo na evolução do serviço.

Fonte: Blog do Iphone

FDA : azitromicina pode levar a arritmias cardíacas potencialmente fatais

huge_55_2761151O Food and Drug Administration (FDA) alerta o público que a azitromicina pode causar alterações na atividade elétrica do coração1, que podem levar a um ritmo cardíaco irregular potencialmente fatal. Os pacientes com maior risco de desenvolver esta condição incluem aqueles com fatores de risco conhecidos, tais como prolongamento do intervalo QT, baixos níveis sanguíneos de potássio ou magnésio, um ritmo mais lento do que a taxa normal do coração1 ou o uso de certos medicamentos para tratar arritmias.

O FDA emitiu uma Drug Safety Communication como resultado de uma revisão de um estudo realizado por pesquisadores médicos, bem como outro estudo feito pelo fabricante da medicação, que avaliou o potencial da azitromicina de causar alterações na atividade elétrica do coração1.

O FDA já havia divulgado um comunicado em 17 de maio de 2012, sobre um estudo que comparou os riscos de morte cardiovascular em pacientes tratados com a azitromicina ou com drogas antibacterianas, tais como a amoxicilina, a ciprofloxacina, a levofloxacina ou sem o uso de fármaco antibacteriano. O estudo relatou um aumento nas mortes cardiovasculares e no risco de morte devido a qualquer causa, em pessoas tratadas com um curso de cinco dias de azitromicina, em comparação com as pessoas tratadas com a amoxicilina, ciprofloxacina ou sem fármaco. Os riscos de morte cardiovascular associados ao tratamento com a levofloxacina foram semelhantes aos associados com o tratamento com a azitromicina.

Os profissionais de saúde2 devem considerar o risco de torsades de pointes e ritmos cardíacos fatais com o uso da azitromicina quando se considera as opções de tratamento para pacientes3 que já possuem algum risco para eventos cardiovasculares. O FDA observa que o potencial risco de prolongamento do intervalo QT com a azitromicina deve ser colocado em contexto apropriado ao escolher uma medicação antibacteriana. Drogas alternativas do grupo dos macrolídeos, ou não-macrolídeos, tais como as fluoroquinolonas, também têm o potencial de prolongamento do intervalo QT ou outros significativos efeitos que devem ser considerados na escolha de um medicamento antibacteriano.

Profissionais de saúde2 e pacientes devem ser incentivados a relatar eventos adversos ou efeitos colaterais4 relacionados ao uso desses produtos para o FDA's MedWatch Safety Information and Adverse Event Reporting Program.

Fonte: FDA, de 12 de março de 2013 - NEWS.MED.BR, 2013

Diagnóstico de câncer de vulva é tardio no Brasil

Um estudo do Hospital A.C. Camargo traçou, pela primeira vez, o perfil das pacientes brasileiras com câncer de vulva e mostrou que 43% delas recebem um diagnóstico tardio da doença.
O número é alto se comparado com os 10% de pacientes com câncer de mama que também recebem o diagnóstico em estágio avançado.

A demora do início do tratamento, que aumenta as chances de o tumor voltar ou se espalhar para outros órgãos, ajuda a explicar outro dado preocupante sobre a doença: 43% das pacientes têm recidiva e, dessas, 70% acabam morrendo.

Raro e agressivo, o câncer de vulva atinge, em média, uma mulher a cada 100 mil -em comparação, o câncer de colo de útero afeta cerca de 17 a cada 100 mil.
No Brasil, a cidade com maior incidência da doença é Recife, com 5,6 casos para 100 mil mulheres.

Mais de 80% das mulheres que desenvolvem a doença têm pouca ou nenhuma escolaridade, aponta o estudo. "A falta de informação, associada à falta de higiene, aumentam o risco do câncer se desenvolver", afirma Rafael Malagoli, principal autor do estudo e pesquisador do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital A.C.Camargo.
A higiene íntima inadequada pode levar a um aumento de processos inflamatórios.

Segundo Marcelo de Andrade Vieira, médico do departamento de ginecologia oncológica do Hospital de Câncer de Barretos e que não esteve envolvido no estudo, essas pacientes já vão com menos frequência ao médico.

"Para elas, a lesão pode ser considerada normal. E muitas têm vergonha de buscar um atendimento médico."

O principal sintoma do câncer é uma ferida que não cicatriza e que pode começar como um pequeno caroço, uma coceira ou uma mancha que tende a aumentar.

Segundo os especialistas, a prevenção requer apenas a avaliação ginecológica regular para que o médico possa fazer o exame visual do órgão genital externo feminino.

IDADE

De acordo com o artigo, publicado no periódico "Gynecology and Obstetric Investigation", o câncer de vulva sempre foi tradicionalmente associado à terceira idade, mas tem atingido mulheres mais jovens por causa das infecções pelo HPV.

"Os fatores de risco tradicionais são alcoolismo, tabagismo e inflamações, mas outro fator importante é a infecção pelo HPV, que já é responsável por cerca de 50% dos casos de câncer de vulva", afirma Malagoli.

No grupo do estudo -foram analisados dados de 300 mulheres atendidas no Hospital A.C. Camargo entre 1978 e 2009-, a idade média de início da doença foi de 70 anos, mas o câncer afetou mulheres de 15 a 98 anos.

Marcelo Vieira também vê essa tendência no Hospital de Câncer de Barretos. A instituição atende de 15 a 20 casos de câncer vulvar por ano.

O número é relativamente alto, segundo o médico, porque o hospital recebe pacientes de todas as regiões do país, incluindo um grande número do Norte e Nordeste.

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Fonte: Folha de São Paulo

domingo, 17 de março de 2013

Inventor de olho biônico tem parceria com pesquisadores brasileiros

Pesquisadores brasileiros ajudaram a criar o primeiro olho biônico, aprovado no mês passado nos EUA, e agora colaboram em outro projeto que usa células-tronco da retina para recuperar a visão.

A revelação é do inventor do olho biônico, o engenheiro biomédico Mark Humayun, 50, que mantém uma parceria de 15 anos com o departamento de oftalmologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Em entrevista exclusiva à Folha, o professor da Universidade do Sul da Califórnia afirma que seu maior desafio tem sido administrar a expectativa das pessoas sobre a nova tecnologia. "Não podemos alimentar falsas esperanças"

O olho biônico Argus II não restaura completamente a visão, mas permite que pessoas com uma doença rara que leva à cegueira (retinose pigmentar) detecte faixas de pedestres, presença de pessoas e grandes números e letras.

Ao menos 60 pessoas na Europa e nos EUA já usam o aparelho, a maioria subsidiada por programas governamentais. A tecnologia aguarda registro da Anvisa para ser comercializada no Brasil.

Espécie de Professor Pardal, Humayun tem cem patentes registradas em seu nome, entre elas bombas de insulina para diabéticos e dispositivos cerebrais.

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Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 15 de março de 2013

Parar de fumar reduz risco cardiovascular, mesmo com o ganho de peso que ocorre após a cessação do fumo, em adultos com e sem diabetes, em artigo publicado pelo JAMA

Acredita-se que a cessação do tabagismo reduz os riscos de doenças cardiovasculares1 (DCV), mas o ganho de peso que segue após a parada pode enfraquecer os benefícios cardiovasculares alcançados. Com o objetivo de testar a hipótese de que o ganho de peso advindo da cessação do tabagismo não atenua os benefícios cardiovasculares, entre adultos com e sem diabetes2, foi realizado um projeto publicado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA).

O estudo prospectivo de coorte3, de base comunitária, com dados do Framingham Offspring Study, coletados de 1984 a 2011, avaliou, a cada quatro anos, o auto-relato a respeito do tabagismo. Foi feita uma avaliação e classificação dos indivíduos em:

  • Fumantes.
  • Aqueles que deixaram de fumar recentemente (menos de quatro anos).
  • Aqueles que deixaram de fumar há mais de quatro anos.
  • Não fumantes.

Análises estatísticas foram realizadas para estimar a associação entre deixar de fumar e os eventos cardiovasculares em seis anos e para testar se a mudança de peso em quatro anos, seguindo a cessação do fumo, modifica a associação entre parar de fumar e os eventos cardiovasculares.

Os eventos cardiovasculares incluídos foram doença coronariana4, eventos cerebrovasculares, doença arterial periférica e insuficiência cardíaca congestiva5.

Após um seguimento médio de 25 anos, 631 eventos cardiovasculares ocorreram entre 3.251 participantes. O ganho de peso médio em quatro anos foi maior para aqueles que tinham deixado de fumar recentemente (menos de quatro anos) sem diabetes2 (2,7 kg) e diabéticos (3,6 kg) do para aqueles que deixaram de fumar a mais de quatro anos (0,9 kg e 0,0 kg para não diabéticos e diabéticos, respectivamente, P <0,001).

Entre os participantes sem diabetes2, após ajustes para idade e sexo, a taxa de incidência6 de doença cardiovascular foi de:

  • 5,9 por 100 pessoas examinadas em fumantes.
  • 3,2 por 100 pessoas examinadas em ex-fumantes recentes.
  • 3,1 por 100 pessoas examinadas para ex-fumantes de longo prazo
  • 2,4 por 100 pessoas examinadas em não-fumantes.

Após o ajuste para fatores de risco cardiovascular, em comparação com fumantes, os ex-fumantes recentes tiveram uma taxa de risco para DCV de 0,47 e os ex-fumantes de longo prazo tiveram uma taxa de risco para DCV de 0,46. Estas associações tinham apenas uma mudança mínima após ajustes para a mudança de peso. Entre os participantes com diabetes2, havia estimativas pontuais semelhantes, que não alcançaram significância estatística.

Concluiu-se que, nesta coorte3 de base comunitária, parar de fumar está associado a um menor risco de eventos cardiovasculares entre os participantes sem diabetes2, e que o ganho de peso que ocorreu após a cessação do tabagismo não alterou esta associação. Estes resultados apoiam o benefício cardiovascular obtido com a cessação do tabagismo, apesar do possível ganho de peso subsequente.

Fonte: Journal of the American Medical Association, volume 309, de 13 de março de 2013 - NEWS.MED.BR

quarta-feira, 13 de março de 2013

Contrariando rumores, Hypermarcas nega interesse na aquisição do laboratório Aché

imageA Hypermarcas, empresa de destaque nos ramos farmacêutico e cosmético, que anos atrás realizou para seu portfolio mais de 30 aquisições no mercado, demonstra atualmente mais foco em seu próprio crescimento orgânico.

Evidência disto é a negativa da companhia em relação aos rumores de seu envolvimento da negociação dos laboratórios Aché. Segundo declarou Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, numa teleconferência nessa segunda-feira, a fusão das empresas poderia eventualmente fazer sentido, se avaliada “no detalhe”, de forma benéfica aos acionistas, porém esse não é o foco da empresa no momento.

Os números do início desse ano, aliás, andam mornos para a companhia, em parte devido ao Carnaval antecipado, que levou a uma desaceleração do consumo, em parte devido à redução do ICMS à alíquota de 4%, que torna mais competitivos os preços de produtos importados, concorrentes diretos da rede. Apesar disso, Bergamo reafirmou a meta de alcançar Ebitda de R$950 milhões em 2013, cerca de 9,8% de crescimento em relação ao ano passado.

Fonte: http://br.advfn.com/noticias/ADVNEWS/2013/artigo/56670206

segunda-feira, 11 de março de 2013

Vício a cocaína pode estar ligado ao formato do cérebro

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Por que algumas pessoas podem usar cocaína sem ficarem viciadas? Um novo estudo sugere que a resposta pode estar no formato dos seus cérebros.

Usuários esporádicos de cocaína tendem a ter um lobo frontal --região associada ao autocontrole-- maior do que os dependentes, segundo o estudo publicado na revista "Biological Psychiatry".

Os cientistas, da Universidade de Cambridge, reuniram tomografias cerebrais e testes de personalidade de pessoas que haviam usado cocaína durante anos -algumas dependentes e outras não.

Embora os não dependentes demonstrassem tendência a comportamentos de risco, o maior volume de matéria cinzenta parecia lhes ajudar a resistir à dependência, exercendo mais o autocontrole.

"Eles podiam pegar ou largar", disse Karen Ersche, que conduziu o estudo.

Os pesquisadores acreditam que a diferença no formato cerebral antecede o uso de drogas, em vez de resultar dele.
Ersche disse que as descobertas reforçam a ideia, popular entre especialistas, de que a dependência tem mais a ver com a constituição biológica do que com o caráter.

"Não é a abordagem do basta dizer não, se não mais dia ou menos dia você vai ficar viciado", disse. "A forma como as drogas funcionam e o quanto você está sob risco depende de que tipo de pessoa você é e que tipo de cérebro você tem."

Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 9 de março de 2013

Incidência de arritmias cardíacas aumenta em mulheres jovens

Estudo do HCor aponta que número de casos subiu de 48% para 66% nos últimos quatro anos

O coração das mulheres precisa de mais atenção. Um estudo feito pelo Hospital do Coração (HCor) mostrou que o número de mulheres mais jovens internadas por arritmias cardíacas aumentou nos últimos quatro anos. Os resultados foram divulgados neste mês de março pelo hospital.
A pesquisa foi realizada com 648 mulheres internadas no HCor, com idade entre 15 e 44 anos, e mostrou um aumento dos casos de arritmias cardíacas de 48% para 66%, entre 2008 e 2012. Nesse período, o percentual de mulheres que recebeu tratamento para correção de arritmia cardíaca variou de 45% para 61%.
Caracterizadas pelo batimento cardíaco acelerado (taquicardia) ou desacelerado (braquicardia), as arritmias estão ligadas a problemas graves, como infarto e derrame cerebral. O tipo mais comum de arritmia, a fibrilação atrial, atinge 10% da população com idade a partir de 70 anos. Essa doença aumenta em cinco vezes o risco de
AVC, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pois ela promove a formação de coágulos na corrente sanguínea.
A cirurgia cardíaca Magaly Arrais, do HCor, afirma que a mulher precisa dar mais atenção aos sintomas de doenças cardiovasculares. ?Ela os confunde, muitas vezes, com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço, por ter carregado uma criança ou sacolas pesadas.? Os sintomas da arritmia cardíaca, por exemplo, pode incluir dor torácica, batimentos acelerados ou lentos, desmaio, falta de ar, entre outros.

Mude os hábitos para prevenir arritmias cardíacas

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 5% da população brasileira sofre com algum tipo de arritmia. Isolada, ela não representa nenhum risco. Mas, sem acompanhamento médico, o problema pode se agravar e comprometer não só os batimentos cardíacos como o sistema circulatório. Confira os hábitos necessários para controlar o problema ou evitar que ele apareça.

Cuidado com a cafeína

Café, chá, chocolate e refrigerante contêm cafeína e são conhecidos por seus efeitos estimulantes em nosso sistema nervoso. A cafeína também pode gerar uma contração e batimentos mais rápidos do coração, não sendo recomendado para quem sofre de arritmias, de acordo com o arritmologista Jefferson Jaber, do Hospital Santa Virgínia e membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Segundo ele, o ideal é ingerir até 300ml por dia, caso esteja tudo bem. "Sob suspeita, o ideal é perguntar ao cardiologista se há necessidade de interromper o consumo", afirma

Álcool com moderação

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está diretamente associado ao quadro de arritmia. "A fibrilação atrial é a arritmia mais decorrente nesses casos", conta Jefferson. De acordo com ele, a ingestão excessiva de álcool estimula o sistema adrenégico (formado pelos receptores cerebrais responsáveis por produzir adrenalina), o que vai aumentar o batimento cardíaco e piorar um quadro de arritmia.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Feliz Dia da Mulher!

SKY, Net e Claro TV lideram queixas de TV paga em 2012

No acumulado do ano, as reclamações contra as empresas de TV paga estavam ligadas principalmente a cobrança (35,5%), cancelamento (19,1%) e reparo (12,7%)

TV a cabo

No último trimestre de 2012, as operadoras de TV por assinatura GVT e SKY foram as únicas que apresentaram aumento no número de reclamações registradas na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As reclamações contra as demais empresas apresentaram tendência de diminuição nesse período, segundo a agência.

No acumulado do ano, as reclamações contra as empresas de TV paga estavam ligadas principalmente a cobrança (35,5%), cancelamento (19,1%) e reparo (12,7%). A maior parte das reclamações em 2012 foi direcionada à SKY (41,3%), seguida de Net Serviços (22,8%) e Claro TV (16,7%).

A Anatel divulgou, nesta quinta-feira, o primeiro relatório de acompanhamento dos planos de ação para melhoria da TV por assinatura. No ano passado, a Anatel exigiu das principais prestadoras do serviço no País - SKY, Net, Oi TV, GVT, Claro TV, Algar e Vivo TV - plano de ação para melhorar a qualidade dos serviços e reduzir a quantidade de reclamações em pelo menos 35,21% até dezembro de 2013. Ao todo, as empresas se comprometeram em fazer investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões em 2013 nas áreas de infraestrutura, comunicação e atendimento.

A meta da Anatel é que as operadoras tenham 0,65 reclamação por mil assinantes. Em dezembro de 2012, as operadoras Net e Vivo TV conseguiram atingir esse número. Segundo a agência reguladora, o cumprimento dos planos de ação apresentados pelas empresas está sendo acompanhado por meio de reuniões bimestrais com as operadoras, envio mensal de ofício às prestadoras com o desempenho, solicitação de informações a respeito do cumprimento das ações e elaboração de relatórios trimestrais com a evolução de cada empresa.

Fonte: Exame

quinta-feira, 7 de março de 2013

Associação inversa entre atividade física e câncer renal: revisão sistemática e meta-análise publicadas pelo British Journal of Cancer

Pesquisadores do Departamento de Epidemiologia e Medicina Preventiva do Centro Médico da Universidade de Regensburg, na Alemanha, fizeram uma revisão sistemática e meta-análise de dados de literatura publicados no PubMed e no Web of Knowledgepara quantificar a relação entre atividade física e risco de câncerrenal em indivíduos sem histórico de câncer.

A atividade física pode diminuir o risco de câncer renal, reduzindo a obesidade, pressão arterial, resistência à insulina e peroxidação lipídica. Apesar de mecanismos biológicos plausíveis ligando o aumento da atividade física à diminuição do risco de câncer renal, poucos estudos epidemiológicos têm sido capazes de comunicar uma clara associação inversa entre atividade física e câncer renal. Até o momento não havia uma meta-análise disponível sobre este tópico.

Seguindo as orientações PRISMA, foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise, incluindo informações de 19 estudos com base em um total de 2.327.322 indivíduos e 10.756 casos. A qualidade metodológica dos estudos foi examinada usando um sistema de pontuação global.

Comparando altos níveis versus baixos níveis de atividade física, observou-se uma associação inversa entre a atividade física e o risco de câncer renal. Estimativas de risco de estudos de alta qualidade reforçaram a associação inversa entre a atividade física e o risco de câncer renal. A modificação do efeito de adiposidade,hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, tabagismo, sexo ou região geográfica não foi observada.

Esta abrangente meta-análise mostrou que há uma relação inversa entre a prática de atividades físicas e o risco de câncer renal. Futuros estudos de alta qualidade são necessários para discernir que tipo específico, intensidade, frequência e duração dos exercícios físicos são necessários para a redução do risco de câncerrenal.

Fonte: British Journal of Cancer, NEWS.MED.BR, 2013

Marca-passo cerebral é testado para anorexia

Um pequeno grupo de pacientes recebeu, no Canadá, um novo tratamento contra a anorexia nervosa: o implante de um marca-passo cerebral que envia impulsos elétricos a regiões do cérebro responsáveis pelo prazer e pela ansiedade.

Esse tipo de aparelho já é usado, há mais de 20 anos, para controlar tremores em pacientes com parkinson.
As seis voluntárias, com idade entre 24 e 57 anos, tinham a forma crônica da anorexia. Cinco delas já haviam sido internadas em unidades de terapia intensiva e quatro já tinham sido alimentadas por sonda no hospital.

Os tratamentos convencionais, com terapia e medicamentos, haviam falhado. "A esperança estava acabando", disse a paciente Kim Rollins, em vídeo divulgado pelos autores do novo estudo.

Controlados por um aparelho emissor de pulsos elétricos implantado perto da clavícula, embaixo da pele --como um marca-passo cardíaco--, os estimuladores foram direcionados a uma região próxima ao corpo caloso.

Segundo a pesquisa, publicada no "Lancet" e liderada por Andres Lozano, da Universidade de Toronto, a estimulação afetou regiões ligadas à ansiedade e ao humor e contribuiu para o controle de sintomas em mais de metade das voluntárias.

As pacientes foram acompanhadas por nove meses. Logo após a cirurgia, todas sofreram perda de peso mas, a partir do terceiro mês, o IMC (índice de massa corporal) médio começou a subir. Esse índice é obtido dividindo o peso, em quilos, pela altura, em metros, ao quadrado.

Três mulheres conseguiram um aumento significativo de peso. Uma delas, que no início do estudo tinha um IMC de 11 (o normal é de 18,5 a 24,9), chegou a 21. Os médicos também observaram melhora dos níveis de ansiedade na maioria delas.

De acordo com o psiquiatra Táki Cordás, coordenador de assistência do Instituto de Psiquiatria do HC de São Paulo, metade das pessoas com anorexia não responde aos tratamentos, que combinam terapia, orientação nutricional e drogas psiquiátricas.

"O paciente acaba sendo o maior inimigo do tratamento. Ele resiste ao ganho de peso, tem fobia disso."
Para Cordás, apesar de experimental e de não excluir o uso dos remédios, a técnica em teste no Canadá merece atenção. "Reduzir a ansiedade faz o paciente ganhar peso mais rápido."

No outro lado dos problemas alimentares, um grupo do HCor (Hospital do Coração), em São Paulo, aguarda autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para testar o marca-passo cerebral contra a obesidade.

Segundo o neurocirurgião Antonio De Salles, a ideia é aumentar o metabolismo basal. "Seria uma forma de estimular a perda de peso sem os efeitos colaterais da cirurgia bariátrica." Entre os riscos do implante do marca-passo cerebral estão sangramentos e infecções.

Fonte: Folha de São Paulo

ABC Vence no Estadual

iPhone ou iPad muito quente: qual a razão e o que fazer?

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Nestes dias quentes de verão é um pouco comum alguns usuários encontrarem uma estranha tela no iPhone ou no iPad, com um sinal de alerta sobre a temperatura. Ou então perceber que o aparelho está esquentando demais sem nenhum motivo aparente.

Devido a vários pedidos, o Blog do iPhone resolveu esclarecer algumas razões de aquecimento do iPhone e do iPad e explicar o que fazer quando isto acontece com você.

iPhone ou iPad esquentando muito

Há alguns fatores que fazem, vez ou outra, o aparelho esquentar demais. Isto é normal desde que não seja algo permanente, que fique dias com temperatura alta (neste caso, pode ser problema de hardware e é preciso levar em uma assistência técnica). Se acontece só de vez em quando, faz parte do funcionamento do aparelho, principalmente em um país tropical como o Brasil. Alguns usos podem provocar um aquecimento maior no aparelho. Por exemplo:

- Uso de aplicativos de navegação GPS: TomTom, Sygic, Waze, Google Maps e qualquer outro que use a função de localização em tempo real no aparelho.

- Jogos que exijam bastante do processador gráfico: o aparelho pode esquentar bastante em aplicativos com gráficos mais parrudos, como Infinity Blade e Real Racing 3.

- Ao carregar a bateria na tomada: é normal que o aparelho se aqueça um pouco ao carregar.

Todos estes exemplos acima são aquecimentos normais e previstos pela Apple e fazem parte do sistema de segurança do aparelho. A parte externa do dispositivo funciona como uma superfície de resfriamento que transfere calor de dentro do dispositivo para o ar exterior mais frio. Ou seja, esquentando fora ele está resfriando dentro.

A Apple aconselha operar o iPhone, o iPod touch e o iPad em uma temperatura entre 0º e 35ºC. Tudo o que fugir disso pode diminuir a vida útil da bateria ou fazer com que outros artifícios de segurança do sistema entrem em ação, para que ele mesmo tente regular a temperatura, como baixar a luminosidade da tela, enfraquecer os sinais do celular, Wi-Fi, bluetooth e GPS (para consumir menos energia), desativar o flash da câmera e parar o carregamento do aparelho, se ele estiver conectado no USB.

Também para a segurança, a Apple programou o sistema para que ele bloqueie todas as funções caso sua temperatura exceda 45ºC. Quando isto acontece, aparecerá o aviso abaixo.

Aviso de segurança de Temperatura

Quando o aparelho fica muito gelado ou muito quente, o sistema ativa um dispositivo que bloqueia todas as funções, até ele voltar a uma temperatura mais aceitável. Tudo isso para a segurança do usuário.

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A imagem acima aparece e impossibilita o uso do aparelho, o que causa um certo pânico momentâneo em muitos usuários que nunca viram o aviso e pensam que o dispositivo estragou. A maior parte das vezes acontece com pessoas que esquecem o aparelho no carro, mesmo que por poucos minutos. Usar o GPS com o aparelho pegando sol em um carro sem ar-condicionado ligado também pode ser uma causa de superaquecimento.

Neste caso, a única solução é esperar o aparelho esfriar, naturalmente. Não tente acelerar o processo colocando-o na geladeira ou em frente à saída do ar-condicionado, pois o choque térmico pode prejudicar os circuitos internos. Depois de alguns minutos no ar fresco, o dispositivo volta ao normal.

Dica final: em regiões mais quentes, a atenção com temperatura deve ser redobrada. Evite deixá-lo no bolso da calça se sentí-lo muito quente, ou de guardá-lo dentro de bolsas ou mochilas que fiquem no sol. Ambientes arejados são sempre o melhor lugar para qualquer eletrônico, principalmente nossos iPhones, iPods e iPads.

Fonte: Blog do Iphone

quarta-feira, 6 de março de 2013

Cade aprova fusão entre aéreas Azul e Trip com condições

A Trip terá que eliminar acordo com a TAM e a empresa resultante da fusão terá que operar com eficiência mínima de 85 por cento nos slots

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a fusão da Azul com a Trip Linhas Aéreas, com a exigência de que a Trip elimine, gradualmente, até o fim de 2014, o acordo de compartilhamento de voos (code share) que tem com a concorrente TAM.

Também foi determinado que a Azul-Trip opere com eficiência mínima de 85 por cento nos slots (horários de pouso e decolagem) no aeroporto de Santos Dumont (RJ).

O relator do caso no Cade, conselheiro Ricardo Ruiz, salientou que a união entre as duas companhias aéreas tem como resultado "uma empresa com mais capacidade de questionar as líderes", ou seja, Gol e TAM.

Mas, para isso, seria necessário que fosse desfeito o laço operacional existente entre a Trip e a TAM. "Azul e Trip serão autônomas do ponto de vista operacional", disse Ruiz na leitura do voto.

A união foi anunciada em maio do ano passado, criando uma terceira grande empresa de transporte aéreo no Brasil. Na ocasião, as companhias informaram que o acordo não envolve desembolso de dinheiro, e que os atuais sócios da Azul terão 66 por cento da holding e o restante ficará com os acionistas da Trip.

Segundo o dado mais recente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as duas empresas tinham participação de 16,4 por cento no mercado doméstico em janeiro deste ano.

Fonte: Exame

Chorão, do Charlie Brown Junior, é encontrado morto em São Paulo

O vocalista da banda Charlie Brown Jr., Alexandre Magno Abrão, 42, conhecido como ChorãoO vocalista da banda Charlie Brown Jr., Alexandre Magno Abrão, 42, conhecido como Chorão, foi encontrado morto na madrugada desta quarta-feira, em seu apartamento em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Segundo sua assessora de imprensa, Chorão foi encontrado por uma pessoa da equipe que trabalhava para a banda. A causa da morte ainda não foi divulgada.

A polícia civil está no local para realizar o trabalho de perícia.

Chorão nasceu em São Paulo, mas se mudou para Santos (litoral de São Paulo), onde fundou a banda na década de 90. Ele era o único integrante que permaneceu na banda em todas as fases desde a fundação.

Em 2009, a banda ganhou o prêmio Grammy Latino com o álbum "Camisa 10 joga bola até na Chuva".

Uma das músicas mais conhecidas da banda é "Proibida para mim", composta pelo cantor Chorão para uma namorada. A música também foi gravada pelo cantor Zeca Baleiro.

O cantor também mantinha o Chorão Skate Park em Santos, uma pista de skate indoor frequentada por praticantes de skate iniciantes, amadores e profissionais.

Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 5 de março de 2013

Coxas hipermusculosas no estilo 'mulher-rã' são febre em academias

A rã é um ser de pele lisa e pernas traseiras fortes. Sem gordura, o desenho dos seus músculos salta à vista. Seu formato parece com o das fêmeas humanas. Pelo menos com certo tipo delas, batizado por Luiza Brunet de "mulher-perereca".

Ao criticar o padrão estético das fêmeas em destaque, na coluna de Ancelmo Gois, em "O Globo", a ex-modelo definiu bem o corpo da moda: ultramusculoso, cinturinha, coxa grossa e (proporcionalmente) canela fina.

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'PESOS SURREAIS'

Bastante criticada publicamente, essa estética meio funk, meio panicat (dançarina do programa "Pânico") e meio perereca mesmo tem muitos admiradores anônimos. Ou admiradoras, melhor dizer.

"Elas querem saber o que faço para ficar assim", diz Gracyanne, que no pós-Carnaval vem dando palestras motivacionais para mulheres em busca de boa forma.

A modelo diz fazer refeições a cada três horas, com muita proteína magra e zero açúcar e sal. E pegar pesado.

"Os pesos que Gracyanne usa são surreais, consegue colocar 200 quilos no agachamento", diz o personal dela, Xande Negão, que se apresenta como "body designer".

Nas academias, o público feminino corre atrás desse estilo de treino e de corpo.

"Todas as mulheres que vejo estão agachando, agachando, agachando. Quem está preparada para agachar tanto e ter essa perna tão grande?", pergunta Mauro Guiselini, professor de educação física da FMU e consultor de academias de São Paulo.

Com ou sem preparo, a demanda por pernões vem aumentando, segundo Guilherme Lacerda, professor de musculação e treinador das academias Runner Brasil.

É o que ele chama de estilo panicat. "As alunas querem esse corpo", diz.

Para atingir seu objetivo, elas treinam mais do que os homens. "Muitas usam tudo o que houver de lícito e ilícito para isso", diz Lacerda.

Entenda-se por tudo de suplementos de proteína a hormônios. "A mulherada está deitando e rolando nos anabolizantes, tomando ou injetando hormônio sem dó", acredita o fisioterapeuta Rafael Guiselini.

Gracyanne nunca fez uso dessas substâncias. O corpão, diz ela, é uma combinação de genética e estilo de vida esforçado. "É como ser atleta; me adaptei bem aos treinos, nunca saio da dieta. Mas sei que é difícil, 99,9% das mulheres não conseguem."

Por mais que se esforcem, há limitações físicas. "Corpo de mulher não foi feito para ter menos que 15% de gordura", opina a preparadora física Fernanda Borges, da Competition, de São Paulo.

Gracyanne está com 6% de gordura corporal. "É percentual de atleta homem", diz Xande, seu "body designer".

Além da proporção de gordura, há um número máximo de fibras musculares que uma mulher pode ter.

"Mesmo que a quantidade de fibras das pernudas seja acima da média, elas chegam a um patamar com treino e dieta e de lá não passam. Dentro dos limites fisiológicos do corpo feminino não dá para ser tudo isso que se vê por aí ", diz Mauro Guiselini.

Pernas respondem muito bem à musculação, segundo Eduardo Netto, diretor das academias Bodytech. Mas para dar o salto da perereca é preciso muita dedicação.

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"O treino é feito de séries muito parecidas com as de um fisiculturista: pouca repetição, muita carga, muitas horas malhando. Mas, mesmo com a maior disciplina do mundo, elas não conseguem ficar com as pernas tão grandes. Para isso, é preciso testosterona", diz Netto.

Mesmo sem aditivos, o tipo de treino da "mulher-perereca" é arriscado. Os movimentos e as cargas pesadas podem comprimir as vértebras lombares, lesionar articulações e encurtar a musculatura posterior das pernas.

"No futuro próximo, teremos muitas mulheres-pererecas lesionadas", diz o educador físico Mauro Guiselini.

CULTO E PRECONCEITO

Mais preocupadas com o agora, as alunas apostam nos benefícios, não nos riscos. "É sabido no mercado de fitness que essas mulheres não percebem quando passam dos limites", diz Saturno de Souza, diretor da Bio Ritmo.

Para a modelo Juju Salimeni, 26, o limite é individual. "Cada uma decide o seu. Existe grande preconceito contra o culto ao corpo. São ignorantes que não sabem respeitar o estilo de vida de cada um."

A percepção dos profissionais das academias é diferente. "Hoje, a onda é hipertrofia", diz Netto, da Bodytech.

Saturno de Souza, da Bio Ritmo, concorda: "O preconceito contra a mulher com músculos definidos já passou e o público feminino busca cada vez mais esse visual".

E os homens, o que acham? "Acham esse tipo de corpo atraente. Só consideram masculinizadas aquelas que ficam com ombros e costas largos", diz Souza. As magras, segundo ele, só conseguem impressionar as outras mulheres, não os homens.

Isso pode valer também para as saradas. Em sua pesquisa de doutorado sobre imagem corporal de frequentadores de academia, o professor de educação física Vinícius Damasceno, da Universidade Salgado de Oliveira (Juiz de Fora, MG), observou que em 55% dos casos, o tipo de corpo feminino que a mulher considera mais sedutor não é o que o homem deseja.

Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 4 de março de 2013

Anvisa propõe novas regras para fitoterápicos

Tanchagem, chapéu-de-couro, laranja-amarga, erva-de-bugre, macela, chambá.

Muito usadas pelos avós, essas e outras substâncias, transformadas em medicamentos fitoterápicos, devem ganhar novas regras de comercialização para ter mais espaço nas prateleiras.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) discute nesta semana a flexibilização da regra em vigor e ainda a criação de uma nova categoria de medicamentos: a do "produto tradicional fitoterápico". Em seguida, o assunto ainda precisará passar por consulta pública.

Com funções de expectorante, anti-inflamatório, diurético e tantas outras, os fitoterápicos têm princípios ativos derivados exclusivamente de plantas medicinais.

Nos medicamentos "comuns", em geral pode haver também componentes sintéticos e biológicos.

Nos últimos anos, houve queda no número de fabricantes dessas substâncias --de 119 em 2008 para 78 em 2011-- e no total de produtos no mercado --de 512 em 2008 para 384 três anos depois.

A diminuição vem acontecendo porque muitos dos medicamentos conseguiram seus registros em uma época em que não eram necessários estudos de comprovação.

Quando esses registros expiram, os fabricantes acabam não conseguindo renová-los, e o remédio sai do mercado.

Foi o caso da funchicórea, remédio usado para cólicas em bebês há 72 anos, cujo registro foi cancelado pela Anvisa em 2012.

Hoje, muitos fitoterápicos tradicionais, como o baseado na erva-de-bugre, entram na classe dos medicamentos.

Isso significa que essas drogas só têm sua comercialização autorizada após a apresentação de estudos clínicos e de dados científicos que comprovem a sua eficácia e segurança.

FLEXIBILIZAÇÃO
A ideia da Anvisa é flexibilizar essa cobrança e liberar produtos que comprovem a segurança pelo uso tradicional registrado em artigos e livros --desde que os fabricantes cumpram as regras de higiene atualmente exigidas.

Seguindo regras adotadas por outros países, como a Alemanha, a medida deve ter mais impacto em produtos para sintomas de baixa gravidade, como cólicas e prisão de ventre.

"Já existia a abertura para reconhecer a tradicionalidade do uso, mas era insuficiente para garantir que os produtos ficassem no mercado. A área técnica exigia estudos que muitas vezes não estão disponíveis, e o registro ou sua renovação era negado", explica Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa.

Barbano afirma que há consenso entre os diretores da Anvisa sobre a necessidade de aproveitar mais o conhecimento tradicional.

"Vivemos num país com biodiversidade e tradicionalidade grandes que acabam sem reconhecimento."

Apesar da queda nos registros, o setor vê aquecimento no mercado nos últimos anos no país, chegando a valores próximos de U$ 550 milhões em 2010.

As regras para registro e as exigências de produção para a nova categoria ainda não foram definidas. Já existe, porém, uma lista de substâncias preparada pela Anvisa que servirá de referência o "formulário de Fitoterápicos, Farmacopeia Brasileira".

A proposta é que substâncias que estão na lista não precisem comprovar a existência do uso tradicional.

E as que estão fora dela --caso dos componentes da funchicórea, hoje vetada-- tenham que fazer a comprovação para serem liberadas.

MIGRAÇÃO
A atual regulamentação do setor é diferente da de países europeus e fez com que muitas empresas fechassem ou migrassem para o ramo de cosméticos, argumenta Henrique Tada, diretor-técnico-executivo da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais).

"No Rio Grande do Sul, que tinha um polo grande de fitoterápicos, 80% das empresas fecharam pelo grau dessa regulamentação".

Já Raymundo Paraná, hepatologista e professor da Universidade Federal da Bahia, faz críticas à redução de exigências sobre os medicamentos fitoterápicos.

Segundo ele, independentemente de serem mais "naturais" do que os medicamentos tradicionais, os remédios derivados de plantas medicinais podem ser tóxicos e causar danos ao fígado, assim como qualquer droga comum.

Por isso, precisariam de uma regulamentação tão rígida quanto.

"Toda e qualquer medicação, não importa se é fitoterápico ou contra sintomas, tem que ter comprovação científica em estudos avançados. Sem isso, não podemos assegurar a eficiência e, sobretudo, a segurança."

Fonte: Folha de São Paulo