quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Pesquisadores geram polêmica com promessa de 'pílula do exercício físico'

Lucía Blasco - BBC Mundo

Thinkstock

Cientistas de universidades da Dinamarca e Austrália anunciaram estar se aproximando da criação de uma pílula que imita os efeitos do exercício físico no corpo humano.

As últimas pesquisas permitiram descobrir, pela primeira vez, o que realmente acontece dentro dos músculos no nível molecular quando praticamos esportes.

"Esta nova descoberta servirá para criar uma pílula que imita os efeitos do exercício físico e recria estas ações em nosso corpo", disse à BBC Mundo Erik Ritcher, diretor do Departamento de Fisiologia Molecular da Universidade de Copenhague. O projeto dinamarquês está sendo realizado em conjunto com o Charles Perkins Centre de Sidney, na Austrália.

Jorgen Wojtaszewski, outro pesquisador envolvido no projeto, afirma que esta "pílula do exercício" poderia ser útil para "pessoas com graves problemas de invalidez ou obesidade mórbida".

O anúncio gera muita polêmica: alguns mais esperançosos podem imaginar que, no futuro, a pílula pode substituir horas de academia ou corrida, mas os especialistas consultados pela BBC Mundo estão mais céticos e alguns até estão preocupados.

Alguns especialistas em esportes temem que a comercialização deste tipo de medicamento estimule ainda mais o sedentarismo que já um dos grandes problemas atuais.

"A mensagem que a população está recebendo é muito enganosa, igual às das dietas milagrosas", disse à BBC a pesquisadora Nuria Garatachea, doutora em Ciências da Atividade Física e Esporte e uma das autoras do ensaio científicoExercise is the Real Polypill ("O Exercício é o Verdadeiro Policomprimido", em tradução livre).

Nuria afirma que a comercialização desta "pílula do exercício" poderia ser "prejudicial para a sociedade" porque "corremos o risco de que a população fique ainda mais sedentária".

"O exercício físico é muito variado e, no entanto, ainda falta muito para descobrirmos sobre os efeitos das vias moleculares que se ativam em nosso organismo quando o praticamos."

"Temos uma ferramenta muito poderosa em nossas mãos que é o exercício físico. Levamos milhões de anos praticando-o e agora queremos renunciar a ele?"

"Não estamos programados para estar sentados; nosso DNA nos pede exercício, (em termos de) biomecânica e energia", afirmou.

Cada vez mais próximo

AFP

O pesquisador dinamarquês Erik Richter afirmou que "as pesquisas estão avançando cada vez mais" e o novo enfoque das últimas descobertas tornará possível o desenvolvimento de uma pílula do exercício apesar de "tudo depender das próximas pesquisas e do apoio que conseguirmos".

A nova pesquisa revelou "mais de mil reações musculares – até agora desconhecidas – nos músculos que estão expostos à atividade física", segundo fontes da Universidade de Copenhague.

Os cientistas utilizaram uma técnica chamada espectrometria de massas, um método avançado para identificar moléculas. Eles analisaram biópsias moleculares em quatro homens saudáveis antes e depois da realização de 10 minutos de exercícios intensos.

As experiências continuam.

"Agora temos que descobrir quais destas moléculas são as mais importantes e têm uma relação maior com a saúde e o exercícios", disse Richter.

"Para isso estamos realizando experiências com animais geneticamente modificados em colaboração com a Universidade de Sydney."

Insubstituível

Os especialistas em saúde e esporte consultados pela BBC, no entanto, não aprovam nenhum tipo de substituição dos exercícios.

Thinkstock

"O exercício é insubstituível e uma pílula não poderia substituir seus efeitos", disse à BBC Mundo Jesús María Pérez, gerente do Conselho Geral de Colégios de Profissionais da Educação Física e Esporte (Colef) da Espanha.

"Uma pílula não poderia substituir o exercício em competências funcionais – movimento – variáveis psicológicas – ansiedade, depressão, fadiga ou autoconfiança – e nos fatores sociais derivados da prática esportiva regular."

"No mundo da condição física e nas ciências do esporte há muitos mitos e produtos de marketing que oferecem milagres que não estão baseados em provas científicas", acrescentou.

A Universidade de Sydney emitiu uma nota afirmando que a descoberta "ajudará a revelar novos mecanismos biológicos relativos ao exercício e será uma fonte fundamental para futuras investigações fisiológicas".

Mas Carlota Díez, especialista em saúde do esporte, afirma que o verdadeiro problema está na maneira com que este tipo de mensagem é difundida.

Em seu comunicado, a Universidade de Copenhague afirmou que a pesquisa "nos deixa mais próximos do exercício em forma de pílula".

"Talvez, inicialmente, poderia conseguir alguns efeitos comparáveis aos da atividade física, mas há outros que não são possíveis de se conseguir", disse.

'Os efeitos negativos estariam diretamente relacionados com hábitos saudáveis e de qualidade de vida."

"Se um comprimido de exercício for comercializado como tal, conseguiria o aumento do sedentarismo, da obesidade e da inatividade física", afirmou.

"Talvez conseguiria uma melhora no nível muscular, mas faltariam muitas outras coisas, por exemplo, no nível cardiovascular, como é o consumo de oxigênio."

"Estaríamos perdendo mais da metade dos benefícios do exercício físico", disse.

A especialista admite que este tipo de medicamento poderia ter vantagens para pessoas com problemas como tetraplegia ou outros problemas graves de mobilidade, mas é "preciso deixar claro que a pílula não poderia ser para todo mundo, só deveria ser tomada se existe um problema real".

Fonte: BBC Brasil

Exercício previne o envelhecimento e a disfunção neurovascular em ratos de laboratório, estudo publicado pela PLOS Biology

O envelhecimento é o principal fator de risco para doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, mas pouco se sabe sobre os processos que levam ao declínio de estruturas e de funções cerebrais relativos à idade.

Com experimentos em ratos de laboratório, cientistas do The Jackson Laboratory, nos Estados Unidos, ressaltaram em artigo publicado pela revista PLOS Biology que o exercício aeróbio no longo prazo, a partir da meia-idade até a velhice, impediu o declínio neurovascular relacionado à idade, aumentou a plasticidade sináptica e a capacidade comportamental global em ratos idosos. Dado o papel da ApoE (Apoliproteína E) observado na manutenção da unidade neurovascular e como uma molécula anti-inflamatória, o estudo sugere uma ligação possível entre a ApoE e as disfunções neurovasculares relacionadas à idade. Para testar isso, camundongos ApoE-deficientes foram exercitados a partir da meia-idade até a velhice e comparados a ratos do tipo selvagem (ApoE-suficientes). A comparação mostrou que o exercício teve pouco ou nenhum efeito sobre o declínio neurovascular relativo à idade na ausência de ApoE. Coletivamente, os dados do estudo mostram que as estruturas neurovasculares diminuem com a idade, um processo que pode estar intimamente ligado à ativação do complemento na micróglia/monócitos. O exercício físico impede essas mudanças, mas não na ausência de ApoE, abrindo novos caminhos para a compreensão das complexas interações entre envelhecimento, doenças neurodegenerativas, manutenção da unidade neurovascular e respostas neuroinflamatórias.

Fonte: PLOS Biology, de 29 de outubro de 2015 – News.med.br

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Como guardar vinhos em casa

Ainda tem dúvidas de como guardar o vinho? Confira dicas rápidas que facilitarão sua vida.

Como armazenar vinhos

Quando o assunto é guardar vinhos em casa, as adegas climatizadas são a primeira opção. Porém, o investimento é relativamente alto e pouco útil para alguns, principalmente para quem não possui a intenção de guardar rótulos por muito tempo.

Agora, os que optaram por adaptar um ambiente em casa para armazenar as garrafas podem seguir as seguintes dicas:

1 – Se sua casa possui um porão, ele será o melhor lugar para armazenar seus vinhos. Além de serem naturalmente úmidos, também são frescos e sem incidência direta de luminosidade.

2 – Já quem não tem um porão em casa, deve procurar espaços com umidade balanceada. Caso contrário, a baixa umidade pode causar o ressecamento da rolha e o excesso pode mofar os vinhos.

3 – Mantenha as garrafas distantes de locais que sofrem muita variação de temperatura, como perto do fogão. Vale lembrar que temperaturas muito altas aceleram a evolução do vinho e as mais baixas atrasam o desenvolvimento normal da bebida.

4 – O indicado é armazenar as garrafas entre 14°C e 18°C, temperatura de consumo dos vinhos tintos. Não existe nenhum problema em armazenar brancos e espumantes nessas mesmas variações. Porém, antes do consumo eles devem ser resfriados até atingirem as temperaturas de serviço indicadas.

5 – O vinho também precisa estar em um local que não sofra com a incidência direta da luz solar ou de lâmpadas fluorescentes. A exposição solar altera a composição molecular do vinho, provocando sua oxidação.

6 – Por fim, o ambiente em que os vinhos forem alocados deve ser livre de trepidações. Afinal, vibrações frequentes também aceleram a evolução do vinho.

Fonte: sommelierwine

5 cuidados com adegas climatizadas

Confira algumas dicas de cuidados que você deve ter para armazenar seus vinhos em adegas climatizadas.

Adega

Práticas e modernas, as adegas climatizadas têm conquistado cada vez mais espaço nos ambientes dominados por apreciadores de vinhos. Disponíveis em diferentes tamanhos e modelos, elas atendem às necessidades de armazenamento de diversos tipos de vinho. É preciso mantê-la em bom estado para que os vinhos não sejam prejudicados. Ou seja, é necessário ter atenção a alguns pontos básicos na hora de cuidar desse item precioso. Para ajudar, listamos quais são. Olha só:

Cuidados com adegas climatizadas

1) Antes de instalar a sua adega, considere as seguintes distâncias mínimas de outros itens para garantir uma circulação de ar adequada: 10 cm nas laterais, 10 cm no fundo e 10 cm no topo.

2) Escolha um ambiente que não tenha equipamentos que gerem calor, como o fogão, para evitar um esforço maior do aparelho quanto a manter a temperatura ideal dos vinhos.

3) Mantenha-a sempre limpa. Isso pode evitar problemas no funcionamento e a sujeira nos rótulos armazenados. Consulte as dicas do fabricante e faça essa limpeza frequentemente, sem a adega estar conectada na tomada.

4) Sempre que começar a ter picos de energia, remova a tomada da adega para evitar trancos no motor e até mesmo o mal funcionamento da adega (as que contam com proteção contra quedas de energia dispensam esse cuidado).

5) Por fim, a porta da adega deve estar sempre bem vedada para evitar troca de calor com o meio externo. Inclusive, é bom ficar atento quando abri-la para pegar um vinho. Existem modelos que até dispararam um alarme quando a porta fica aberta.

Fonte: sommelierwine