domingo, 29 de abril de 2012

CLT precisa de adequações à realidade

Prestes a completar 70 anos, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - legislação que regulamenta o trabalho com carteira assinada no Brasil - tem dificuldades de acompanhar os avanços tecnológicos e mudanças na sociedade. A lei promulgada por Getúlio Vargas, em 1943, "a duras penas" para o trabalhador, reúne ainda um bom número de artigos que caducaram no confronto com outras leis. Neste 1º de maio, quando se comemora o Dia Mundial do Trabalho, o aplauso à maior conquista trabalhista brasileira vem junto com a crítica: é preciso se atualizar. Especialistas e trabalhadores concordam que as alterações não devem prejudicar direitos conquistados.

Cleber Viana é monitorado via online, enviando relatórios diários das suas atividades

Cleber Viana é monitorado via online, enviando relatórios diários das suas atividades.

Diversos artigos riscados indicam que foram revogados. O que está sem o traçado continua valendo, mesmo que, na prática, seja substituído por leis maiores ou mais recentes. O pagamento de horas é uma delas. O valor mínimo estimado em relação à hora normal trabalhada é diferente quando citada na CLT (20%) e na Constituição Federal (50%). O que vale? De acordo com o advogado especialista em direito do trabalho, Mirocem Ferreira Lima Júnior, "quando duas leis tratam do mesmo assunto, a mais recente predomina".
A quantidade de projetos, mais de 400, que tramitam na Câmara propondo mudanças à lei  sugere a urgência da reforma. "É fruto da necessidade da CLT acompanhar as mudanças, garantindo os princípios de dignidade humana, segurança do trabalho, direitos que, às vezes, são tolhidos", diz o advogado. Os projetos que tratam de novos arranjos de trabalho, como as terceirizações e cooperativas, levantam maior polêmica.
A desatualização gera situações tratadas por outras áreas - como a Constituição Federal, o Código Civil e súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST) - a exemplo das ações relacionadas a comportamento: dano moral, assédio sexual, honra e imagem, cuja demanda nos tribunais cresceu nos últimos anos. Arcaísmos, como "emprêsa", grafada com acento (art. 611) - apesar dos acordos e reformas ortográficas da língua portuguesa realizados em sete décadas (1943, 1945, 1971, 1990 e 2009) - ou ainda o padrão de moeda Cruzeiro (Cr$), extinto em 1967, usado para estabelecer valores de multas - reforçam a sensação da lei  ter "parado no tempo".
O presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria do Rio Grande do Norte, Joaquim Bezerra, reconhece a necessidade de atualização da CLT, contanto que direitos sejam mantidos. "A reforma trabalhista e sindical é importante e deve ser feita de modo a não retirar direitos já consagrados do trabalhador", disse.
A opinião é partilhada pela procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ileana Neiva Mousinho. Para ela, a CLT não está ultrapassada e sim em constante evolução, com o surgimento de normas e a prevalência da jurisprudência sobre o texto da lei. "A vocação da CLT é fixar um mínimo de direitos. O restante deve ser ampliado por leis e acordos coletivos. E a vocação das normas, abaixo da Constituição Federal, é de serem complementadas pela Constituição", enfatiza.
Para evitar danos aos direitos adquiridos, as modificações devem ser amplamente discutidas para assegurar os direitos do trabalhador, sem ignorar a possibilidade das empresas cumprirem o estabelecido. "Sob o risco de fomentar o desemprego", pondera Mirocem Júnior.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), frisa o diretor executivo Ari Azevedo é contra qualquer forma de flexibilização. "Discordamos do argumento em voga pelo empresariado de que a CLT encarece o custo Brasil e engessa as empresas", sentenciou. A redução da jornada de trabalho é defendida por empregadores para conter custos - reduzindo também os rendimentos do trabalhador. Muitas empresas adotam o sistema de turnos alternados, com jornada inferior às 8 horas, prevista na legislação, e baixam os salários.

Contratos são regidos por súmula

Alegando os custos tributários incidentes sobre a folha de pagamento, as empresas têm buscado formas alternativas para a contratação de pessoal. No Brasil, as terceirizações são regidas pela súmula 331, do TST.
Para as empresas, explica a analista e consultora em recursos humanos Karla Andreia Silva Santiago, a falta de amparo da lei gera confusão e insegurança jurídica na hora de contratar.  Quando não bem administradas, garante a consultora, as terceirizações passam de benefício para possível problema. Sem regulamentação, as empresas são obrigadas a conhecer o que rege a convenção coletiva de cada categoria para contratação de prestadores de serviços. "A empresa não sabe o que tem que pagar. É preciso uma boa assessoria jurídica", diz.
Por conceito, a companhia só pode terceirizar as atividades que não fazem parte da operação principal, e nunca contratar trabalhadores por meio de intermediários. Na prática, adverte o advogado trabalhista Mirocem Júnior, a estratégia é adotada como forma da empresa "driblar os encargos trabalhistas". Para promover mão de obra mais barata, houve uma "explosão de cooperativas e contratações terceirizadas ilícitas", analisa Mirocem, em que cooperados estão diretamente subordinados ao contratante e atuando em atividades fim destes.
Essas terceirizações, ressalta o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria do Rio Grande do Norte, Joaquim Bezerra, usam a força de trabalho do cooperado sem pagar, tampouco resguardar os direitos trabalhistas e previdenciários. Para Joaquim, é importante que a reforma trabalhista e sindical preconize salários iguais para empregados e prestadores de serviços.
Outros arranjos como o trabalho por projeto, o trabalho por conta própria, o trabalho individual, o trabalho por pessoa jurídica, embora reconhecidos pela justiça enquanto relação de trabalho, não é regulamentado pela CLT. O designer João Dias de Oliveira, que trabalha por projeto, conta que é preciso firmar com a tomadora de serviço possíveis descontos e benefícios, durante a contratação, uma vez que os direitos atendem apenas relação de emprego. "É preciso deixar tudo ajustado".

Lei reconhece trabalho à distância

No  fim do ano passado, a CLT passou a reconhecer o trabalho realizado a distância e não só o desempenhado a partir da empresa ou de casa. A lei número 12.551, de 15 de dezembro de 2011, alterou o art. 6º e determinou que os aparelhos de telecomunicação e informática servem para controlar e supervisionar o trabalhador.
A consultora de RH Karla Andreia Silva Santiago, afirma que muitas empresas disponibilizam equipamento e softwares e monitoram o cumprimento do trabalho à distância, com a mesma eficiência da supervisão presencial. "Algumas adotam o bloqueio de aparelhos celulares ou notebooks, ou de sistemas para controlar a duração do trabalho", observa.
Antes mesmo da lei entrar em vigor, o representante comercial da indústria farmacêutica Cleber Viana, 39 anos, já era monitorado a distância. Munido de tablet, cedido pela empresa sem restrição de uso, a supervisão é feita a partir do envio de relatório após cada uma das 18 visitas diárias. "A gente informa o local, a negociação. A empresa tem informação em tempo real sobre o que está acontecendo", afirma.
Ao passo que a mudança é favorável ao trabalhador, a supervisão à distância e por meios eletrônicos ainda sofre resistência por parte das empresas e preocupação jurídica. Para que não ocorra excesso, a recomendação é para as empresas registrarem que o trabalhador ultrapassou a jornada, prevista em lei, para atender necessidade do trabalho.
Nem toda mensagem ou ligação fora do horário de trabalho, explica o advogado, configura o sobreaviso. "É o conteúdo da informação recebida quem determina''. E acrescenta: "Os meios telemáticos servem como meio de prova de subordinação e supervisão e deve ser caracterizado o tempo de efetivo trabalho. Cabe ao judiciário separar o joio do trigo", observa Mirocen Júnior.

Assédio é tratado por força da Constituição Federal

No Brasil, a Justiça do Trabalho se vale do artigo 5º da Constituição Federal para orientar as causas ligas a comportamento. Trabalhadores, juristas e especialistas defendem a inclusão do assédio moral no novo texto da CLT.  O tema é tratado como justa causa para pedido de rescisão de contrato por parte empregado, mas não especifica reparações.  "A falta de uma legislação específica faz com que as demandas judiciais, dependam da subjetividade, do entendimento do magistrado trabalhista", avalia Mirocem Ferreira Júnior. Os valores dessas ações são arbitrados pelo juiz e podem variar conforme a extensão do constrangimento, da humilhação e do vexame submetido aos trabalhadores. A procuradora do trabalho Ileana Neiva Mousinho explica que, nesses casos, os princípios do direito constitucional são absorvidos no direito do trabalho. "Estas matérias não têm previsão na CLT não por desatualização, mas por que diz respeito ao direito da pessoa humana, independente se praticado dentro ou não do ambiente de trabalho".
Segurança do Trabalho
A despeito de outros temas, as normas de segurança do trabalho, de acordo com a procuradora Ileana Neiva Mousinho, passam por "frequente e democrática alteração, em acordo com as novas tecnologias e arranjos".  A mutação se deve ao artigo 200 da CLT, que estabelece que o ministro do trabalho tem delegação legal para editar Normas Regulamentadoras, por meio de um grupo de trabalho com auditores, empresários e empregados. "É uma carta em branco. É como se a medida de proteção fosse genérica na CLT e detalhada pelo MT, pelas normas como resultado do consenso entre empregados, empresas e governo", explica Mousinho. Hoje existem 34 NR. Algumas delas, como a NR 17, que versa sobre insalubridade e desconforto acústico no ambiente de trabalho, altera a NR 15 que prevê o limite de segurança para ruído - em desuso em muitos países.

Fonte: Tribuna do Norte ( Sara Vasconcelos – Repórter)

domingo, 22 de abril de 2012

Projeto com medidas simples e baratas pode reduzir em 20% mortes por infarto

Um projeto que testou medidas simples e baratas para atender pessoas com infarto em hospitais do SUS aumentou o uso de tratamentos corretos e reduziu em 20% as mortes pela doença.

O programa Bridge (Brazilian Intervention to Increase Evidence Usage in Practice), desenvolvido pelo HCor (Hospital do Coração) em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica, definiu e testou maneiras de aumentar o seguimento, por parte de médicos e enfermeiros, das recomendações de tratamento para o infarto.

Os resultados do projeto foram apresentados em março na sessão principal do congresso do American College of Cardiology, em Chicago, nos EUA. No mesmo dia, a pesquisa foi publicada no "Journal of the American Medical Association".

O objetivo era fazer com que a equipe médica prescrevesse todos os remédios que devem ser dados nas primeiras 24 horas após o infarto.

HIATO

"Em um mundo perfeito, todo paciente que chega com infarto no hospital deve receber uma série de remédios, como aspirina e anticoagulantes. Mas há hiatos entre a diretriz e a prática", afirma Otávio Berwanger, diretor do projeto e do Instituto de Pesquisas do HCor.

Segundo ele, a taxa de pacientes que recebem todas as terapias necessárias era de 49% nos hospitais observados. Com o projeto, essa fatia aumentou para 67,9%.

"Não é que os médicos não conheçam as diretrizes ou sejam mal-intencionados. Também não é por falta de medicamentos. Mas a emergência pode estar lotada e isso torna muito fácil deixar passar algum procedimento."

A equipe do projeto acompanhou 34 hospitais do SUS e 1.150 pacientes (com média de 62 anos) por oito meses.

Os hospitais foram divididos em dois grupos: 17 foram só observados, para ver como tratavam a doença e, nos outros 17, houve treinamento para usar o programa.

PASSO A PASSO

O primeiro passo do programa é identificar e atender rapidamente os pacientes com sintomas de infarto.

Depois, cada um é classificado de acordo com a gravidade. E, com um "check list" nas mãos, o médico indica os remédios necessários para cada uma das classes.

Uma enfermeira foi treinada como gerente de casos para ver se todos os procedimentos foram seguidos.

Berwanger compara essa checagem com a que ocorre em um avião: "Os comissários avisam que as poltronas precisam voltar à posição original no pouso, mas alguém verifica se isso foi feito por todos os passageiros".

Renato Lopes, que dirigiu o estudo com Berwanger e é professor-adjunto de cardiologia da Universidade Duke (EUA), diz que, apesar da queda da mortalidade e de novos infartos em um período de 30 dias, o estudo não foi desenhado para ver esse tipo de desfecho clínico nem tem poder estatístico para isso devido ao número de pacientes.

"Mas os resultados apontaram o sucesso da adesão aos tratamentos", afirma.

Além disso, como dizem os autores no estudo, medir a melhora do atendimento de infarto envolve outros indicadores que não foram englobados, como avaliação da função ventricular, aconselhamento para parar de fumar e encaminhamento para reabilitação cardíaca.

O projeto Bridge faz parte do Proad (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde) do Ministério da Saúde, uma parceria do governo com hospitais privados considerados de excelência.

Segundo Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do ministério, o conceito do Bridge deverá ser adaptado pelo SUS.

"O estudo mostrou que precisamos reforçar o treinamento de pessoal e monitorar a adesão aos tratamentos. Só ter o protocolo e os remédios não quer dizer que a equipe médica aderiu." Magalhães disse que o mesmo deve ser feito para tratar derrame e traumas.

Fonte: Folha de São Paulo

Vídeo registra queda de avião bimotor em Jundiaí (SP)

sábado, 21 de abril de 2012

Baile do Propagandista 2012

Anvisa admite possibilidade de flexibilizar anúncios de remédios

A indústria farmacêutica está reforçando o lobby para mudar as regras de publicidade dos medicamentos que produz. Entre as reivindicações do setor de remédios está a redução dos alertas de efeitos adversos apresentados no fim das peças de publicidade e a volta de famosos como garotos-propaganda. A Anvisa admitiu a possibilidade de reabrir a discussão.

Aurélio Saes, representante da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), num encontro com diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jaime Oliveira, pediu que as discussões sobre o assunto fossem reabertas e um grupo de trabalho fosse organizado para avaliá-lo. "A eficácia das advertências é questionável", justificou Saes.

A atual resolução entrou em vigor em 2008. Saes diz que o setor não tem uma proposta pronta para substituir a regra atual. Ele adianta, no entanto, que estão entre as possibilidades a limitação das mensagens apresentadas nas propagandas. As informações mais completas estariam nas embalagens dos remédios. Uma outra alternativa seria o rodízio dos alertas veiculado nas peças publicitárias.

O presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, admitiu a possibilidade de se rediscutir as regras, desde que isso não afete o cronograma da agência. Ele disse ter simpatia pela alteração da forma como as advertências são apresentadas. "Pessoalmente não acho eficiente. São muitas informações que acabam perdendo o sentido."

Barbano, no entanto, não fez comentários sobre o retorno de celebridades como estrelas das propagandas. "As discussões podem ser feitas. Mas o primeiro ponto a ser levado em consideração é o risco sanitário."

Regras atuais impedem que propagandas exibam imagens ou vozes de "celebridades" recomendando um remédio ou sugerindo que o tomam. A resolução também determina que, na propaganda impressa, a advertência não pode ser inferior a 20% do maior corpo e da letra do anúncio. No rádio, a mensagem tem de ser lida pelo locutor.

Fora dos balcões. A movimentação ocorre dias depois de a Anvisa colocar em consulta pública a permissão do retorno de remédios de venda livre para gôndolas das farmácias. O presidente da Anvisa afirma que a mudança que agora está em análise também teve início depois de um pedido do setor. Um grupo de estudo com representantes da indústria, comércio, médicos e farmacêuticos foi montado.

Seis Estados permitem a venda de remédios fora do balcão. "Além disso, um estudo mostrou que depois que a proibição da venda em gôndolas entrou em vigor, balconistas passaram a ter um papel maior na escolha do remédio, a concorrência diminuiu e a venda de embalagens maiores, aumentou", disse.

Barbano admitiu que, quando o levantamento foi feito, as restrições das vendas eram recentes, o que poderia prejudicar a avaliação de um impacto positivo, por exemplo, nas estatísticas de acidentes com remédios.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Infarto do Miocárdio

Sinônimos:

Ataque do coração, doença isquêmica do coração.

O que é infarto do miocárdio?

O infarto é definido como uma lesão isquêmica do músculo cardíaco (miocárdio), que deve-se à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sanguíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração. As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem suprimento de sangue. É assim que ocorre o infarto do miocárdio. Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reação inflamatória local.

O infarto também pode ocorrer em vasos coronarianos normais quando as artérias coronárias apresentam um espasmo, ou seja, uma forte contração que determina um déficit parcial ou total no suprimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado por este vaso contraído.

Quais são os sintomas?

O sintoma clássico é uma dor em aperto no lado esquerdo ou no centro do peito podendo irradiar para o pescoço ou para o braço esquerdo, porém em cerca de 15% dos casos, o sintoma pode ser atípico com dor no lado direito do peito, suor, enjoo, vômitos, dor no estômago, falta de ar, tonteira ou palpitações.

Esta dor tem duração maior que 10 minutos, pode ter diferentes intensidades ou ainda sumir e voltar espontaneamente.

Infelizmente, nem todos os pacientes têm este sintoma. Os diabéticos, por exemplo, podem ter um infartos em apresentar dor.

Quais são as causas?

O infarto está mais frequentemente associado a uma causa mecânica, ou seja, à interrupção do fluxo sanguíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável por sua irrigação. O tamanho da área necrosada depende de vários fatores, tais como o calibre da artéria lesada, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento da circulação colateral. Esta, quando bastante extensa, é capaz de impedir a instalação de infarto, mesmo em casos de obstrução total da coronária.

Pode também ocorrer por aumento do trabalho cardíaco relacionado ao aumento da pressão arterial.

Quais são os fatores de risco associados ao infarto do miocárdio?

  • Colesterol alto
  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • Hipertensão arterial
  • Menopausa
  • Estresse
  • Excesso de peso
  • Diabetes mellitus
  • História familiar ou predisposição genética
  • Idade
  • Alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc..
  • O que fazer quando estou sentindo os sintomas que podem ser de um infarto do miocárdio?

    Diante de uma dor suspeita, devemos nos dirigir o mais rápido possível a um pronto-atendimento - de preferência em um pronto-socorro equipado com uma unidade coronariana - para confirmar ou excluir o diagnostico. Caso seja confirmado o infarto, quanto mais rápido o tratamento, melhor será a recuperação do seu coração.

    Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico é baseado na tríade: quadro clínico, alterações no ECG (eletrocardiograma) e na dosagem de enzimas cardíacas que se alteram no infarto do miocárdio.

    Escolha sempre um médico da sua confiança para tratar os seus sintomas e para lhe auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares.

    Quais as opções de tratamento disponíveis?

    Qualquer que seja o tratamento escolhido pelo médico que vai prestar assistência ao paciente infartado, o ideal é que ele comece dentro das primeiras 6 horas após o início da dor. Quanto mais precoce, maior é a chance de ser restabelecido o fluxo sanguíneo e de oxigênio nas artérias coronárias, evitando as complicações decorrentes da necrose do músculo cardíaco.

    Pontos importantes do tratamento são: alívio da dor, repouso para reduzir o trabalho cardíaco e administração de agentes trombolíticos para melhorar o fluxo sanguíneo.

    A administração de oxigênio em fluxo contínuo nas primeiras seis horas, reduz a dor associada à baixa concentração de oxigênio circulante. O uso de drogas que reduzem o uso de oxigênio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra menos isquemia (ausência de sangue).

    A permanência na Unidade Coronariana deve se restringir ao período crítico, no mínimo 72 horas, pois à incidência de complicações neste período justifica a monitorização contínua.

    Superada esta fase, o paciente é encaminhado a um quarto privativo, restringindo-se o número de visitas. Progressivamente, ele pode sentar-se durante breves períodos, começa a deambular por volta do quarto ou quinto dia. Esta mobilização precoce melhora sensivelmente o bem-estar, além de reduzir a incidência de tromboembolia. Mas o paciente deve ser acompanhado de perto para detectar possíveis alterações consequentes a esta atividade física.

    A dieta será liberada à medida que as condições clínicas permitirem, devendo ser hipocalórica e hipossódica (com pouco sal).

    As evacuações não devem significar esforço para o paciente, usando, se necessário, laxantes suaves.

    Os tranquilizantes podem ser utilizados para amenizar a angústia de alguns pacientes, mas com muito critério, já que esses medicamentos podem aumentar a frequência cardíaca e a pressão sistólica.

    Quais são as complicações da doença?

    As principais complicações do infarto são: arritmia cardíaca, choque cardiogênico, insuficiência respiratória,insuficiência renal ou parada cardiorespiratória.

    As complicações mais letais são as arritmias, que podem ocorrer, mais comumente, nas primeiras 24 horas após o infarto. Por isso, é importante que, idealmente por pelo menos 72 horas, os pacientes fiquem sob cuidados médicos em unidades de tratamento intensivo coronariano, lá eles recebem todos os cuidados necessários para detectar precocemente e tratar essas arritmias, através de uma monitorização contínua das complicações do infarto.

    Quais as opções para prevenir esta doença?

    Um estilo de vida saudável ajuda a diminuir a mortalidade nos casos de infarto.

    Alguns pontos importantes na prevenção:

  • Ter uma dieta equilibrada, reduzindo a ingestão de gorduras saturadas e aumentando as fibras, frutas, vegetais e cereais.
  • Prática regular de atividades físicas.
  • Manter o peso ideal, com índice de massa corporal abaixo de 25 kg/m², evitando a obesidade e seus danos à saúde.
  • Dosar os níveis de colesterol e triglicérides pelo menos a cada 5 anos a partir dos 35 anos.
  • Acompanhar a glicemia nas pessoas com mais de 45 anos, para detecção precoce de diabetes mellitus.
  • Medir a pressão arterial a cada 2 anos ou em todas as consultas médicas para evitar os danos causados pela hipertensão arterial não controlada.
  • Abandonar o cigarro para prevenir o infarto do miocárdio e outras doenças como o câncer de pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crônica.
  • Procurar reduzir o estresse com massagens, ioga, exercícios físicos em geral e meditação.
  • Perguntas que você pode fazer ao seu médico:

    - Qual o risco que eu tenho de sofrer um infarto? Isto pode ser calculado?
    - Minha família tem história de doenças do coração. Como isto influencia minha saúde?
    - O que mais eu posso fazer para reduzir meu risco de sofrer um ataque cardíaco?
    - Quando devo fazer exames de prevenção para evitar as doenças do coração?
    - Se eu parar de fumar, quanto tempo demora para reduzir meu risco cardiovascular?
    - Depois de ter tido um infarto, qual o tipo de dieta que devo seguir?

    Fonte:abc.med

    domingo, 15 de abril de 2012

    Metade dos casos de dor de cabeça está ligada à mandíbula

    A dor é na cabeça, mas a causa pode estar na boca, ou melhor, na mandíbula. Especialistas estimam que 50% das cefaleias estejam ligadas a distúrbios da ATM (articulação temporomandibular).

    Esses problemas podem causar dores de cabeça, às vezes confundidas com enxaqueca. E o caminho até o diagnóstico pode ser longo.

    Segundo o dentista Paulo Conti, do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP de Bauru, poucas pessoas associam a dor de cabeça à mandíbula.

    Mesmo assim, um terço da população tem pelo menos um dos sintomas do distúrbio, como dor, estalo ou dificuldade para abrir a boca.

    "Muitas vezes nem os médicos fazem essa associação. O paciente chega ao consultório do neurologista com dor e ele não imagina que o problema possa estar na ATM."

    Ele preside a SBDOF (Sociedade Brasileira de Disfunções Temporomandibulares e Dor Orofacial), criada por ele há alguns meses para dar orientações sobre a ATM.

    De acordo com o dentista Rodrigo Bueno, consultor científico da ABO (Associação Brasileira de Odontologia), a diferença entre a dor de cabeça da ATM e a da enxaqueca está na localização.

    "A dor causada pelos distúrbios da ATM está mais na região lateral. E é tão aguda que a pessoa fica em dúvida se o incômodo é na cabeça, no ouvido ou nos dois."

    Foi graças à dor de ouvido que a professora Marisa Rogati, 56, de São Paulo, descobriu, há dois anos, a causa de sua dor de cabeça, com a qual conviveu por quase 20 anos.

    O otorrino disse que poderia ser algo relacionado à ATM, e a ortodontista confirmou a suspeita. "Nunca imaginei que a dor pudesse ter algo a ver com os dentes."

    Desde os 35 anos, ela acordava com fortes dores de cabeça. "Achava que era o travesseiro. Saía um modelo novo e eu comprava." Como tratamento, usou aparelho ortodôntico por cerca de um ano.

    DOSE DUPLA

    Segundo a ortodontista Leda Losso, os problemas de ATM podem vir junto com a enxaqueca. "Mas solucionar os distúrbios da ATM já faz com que a pessoa lide melhor com a enxaqueca."

    É o caso de Julieta Anazetti, 58, que tem enxaqueca desde criança, assim como outros membros da família.

    "Depois dos 38 anos, as crises ficaram mais fortes e aconteciam de madrugada."

    Julieta travava a boca ao ficar tensa, o que desencadeou os distúrbios da ATM. Hoje, usa uma placa no céu da boca que a impede de pressionar os dentes. O tratamento acabou com as dores na ATM e melhorou a enxaqueca.

    "Em 20 anos fiz muitas tomografias e ressonâncias magnéticas e tomei remédios. Fui a vários médicos, que nunca suspeitaram da ATM."

    Para quem convive com fortes dores de cabeça, o ideal, segundo Losso, é consultar também um ortodontista.

    Botox está sendo testado como tratamento

    O tratamento para os distúrbios da articulação temporomandibular inclui aparelhos ortodônticos, medicamentos e fisioterapia. Cirurgias são indicadas para os casos mais graves.

    Uma nova opção é a toxina botulínica ("botox"), que está sendo usada de maneira "off-label" (fora das indicações da bula) por especialistas para tratar os problemas da ATM. A substância relaxa o músculo e alivia a dor.

    Mas a toxina não é aprovada para esse fim. Segundo o dentista Paulo Conti, faltam evidências científicas que mostrem a eficácia do botox conta as dores da ATM.

    No Brasil, o produto tem nove indicações aprovadas, inclusive para enxaqueca.

    "É uma arma a mais, mas não é milagre. É preciso verificar a origem da dor antes das aplicações", diz Wilson Mendes Junior, dentista que usa a toxina para tratar enxaqueca. A aplicação dura quatro meses e custa cerca de R$ 1.500. Segundo ele, a toxina resolve a enxaqueca de origem tensional.

    Conti diz que 80% dos casos de disfunção na ATM estão ligados ao estilo de vida.

    A ortodontista Leda Losso explica que a tensão é um gatilho importante para desencadear o problema. "Há pessoas que têm problemas graves da ATM e não sentem dor porque lidam melhor com o estresse."

    Fonte: Folha de São Paulo

    terça-feira, 10 de abril de 2012

    O sumiço do Naldecon – e a dor de cabeça da Bristol-Myers Squibb no Brasil

    Em menos de uma década, o remédio Naldecon, da americana Bristol-Myers Squibb, perdeu a liderança no segmento de antigripais. No fim de 2010, o medicamento deixou de ser produzido no país. Nos últimos três meses, foi a vez de ele sumir silenciosamente das prateleiras e gôndolas.

    Naldecon, antigripal da Bristol-Myers Squibb

    Os acontecimentos parecem pintar um retrato sombrio para as operações da Bristol no Brasil. A proximidade do inverno aumenta a peregrinação por remédios que aliviam os sintomas de gripes e resfriados sem a necessidade de prescrição médica. Com baixo custo de produção e venda induzida por bônus aos balconistas, esses medicamentos rendem uma boa margem às empresas a despeito da competição acirrada entre os laboratórios.

    O maior entrave seria logístico. Por essa frente, a Bristol guardaria uma vantagem: desde março do ano passado, a promoção dos seus produtos que dispensam receita, como o Naldecon e o antigases Luftal, fica por conta da suíça Novartis, responsável por comercializá-los em 12.000 pontos de venda no Brasil.

    Mas com o Naldecon suspenso do portfólio, a Bristol vê minguar sua presença em um mercado que cresce a passos largos. Segundo dados da IMS Health, os antigripais movimentaram 748 milhões de reais nos últimos 12 meses, o dobro do faturamento apresentado há quatro anos.

    Chá de cadeira

    A Bristol atribui o desaparecimento das pílulas à demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para liberar sua produção fora do país. Vendido exclusivamente no Brasil, o Naldecon deixou de ser fabricado em dezembro de 2010, quando a empresa anunciou o fechamento da planta brasileira como parte de uma reestruturação global.

    Antevendo o provável esgotamento do produto, a Bristol protocolou o pedido de transferência da linha de produção seis meses antes de encerrar as atividades da fábrica. Mais de um ano e meio depois, o negócio ainda não ganhou aval do governo.

    "Além de genéricos, há muitos similares no mercado, não havendo nenhum interesse do Estado nesse tipo de importação", afirma Lourival Stange, consultor da área de saúde. Segundo a Anvisa, a Bristol-Myers Squibb não encaminhou a documentação completa para o processo.

    A Agência defende ainda que a análise dos casos obedece a uma ordem cronológica. Como a consulta à fila é pública, as empresas podem fazer uma previsão do tempo necessário para que seus pedidos sejam considerados, planejando assim uma manutenção adequada do estoque. A Bristol sustenta que o remédio voltará às farmácias em julho deste ano.

    Publicidade para remédio sem produção

    O reabastecimento incerto não impediu que o Naldecon aparecesse em anúncios de TV, nas páginas de revistas e em ações de marketing nas redes sociais. Criada pela Lew’Lara/TBWA, a campanha "Operação Naldecon: sabote os planos da Gripe S.A." foi veiculada de maio a setembro de 2011.

    A Bristol defende que a investida só foi levada adiante durante o período em que havia remédios suficientes para atender a demanda - os estoques internos, afirma a companhia, só acabaram em janeiro deste ano.

    De qualquer forma, a publicidade não foi suficiente para fazer o remédio crescer acima da concorrência. Em 2011, as vendas do Naldecon aumentaram 7,6%. Apesar de positivo, o resultado não estancou a queda de participação do medicamento, que desceu uma posição no ranking de antigripais, abocanhando o 5º lugar entre os concorrentes com uma fatia de 8,6% do mercado. Hoje, o remédio ocupa o 8º lugar da lista. Há oito anos, ele era líder absoluto, com participação superior a 18% nas vendas.

    Outros horizontes

    Ainda que a Bristol não revele a representatividade do Naldecon nos negócios, sabe-se que a empresa vem apostando fichas em medicamentos mais caros, voltados para doenças graves. É o caso do Orencia (artrite reumatoide), do Baraclude (hepatite B) e dos coquetéis anti-HIV. Até 2015, cinco novos produtos devem chegar por aqui, entre eles o Nulojix, que combate a rejeição a órgãos transplantados, e o Yervoy, para câncer de pele.

    Segundo Stephen Merrick, presidente da Bristol no Brasil, a comercialização de alguns remédios antigos que contavam com alternativas da mesma classe já foi interrompida nos últimos anos (se deixar de ser vendido por aqui, o Naldecon se unirá ao grupo). "No momento, cerca de 40% da nossa linha de pesquisa é ligada a biológicos", afirma. Mais complexos que as drogas obtidas nos processos químicos convencionais, esses medicamentos são feitos a partir de células vivas para o tratamento de diversos tipos de câncer e doenças degenerativas clássicas do envelhecimento.

    Para o consultor Lourival Stange, o direcionamento faz todo sentido. "Medicamentos de biotecnologia serão o grande mercado dos próximos quinze anos", diz. Na opinião do especialista, essas drogas oferecem diferenciais competitivos que as multinacionais precisam para crescer. Por outro lado, os tradicionais produtos de química fina, como os analgésicos e antigripais, exigem investimentos mais baixos. Assim, novas entrantes acabam fabricando remédios muito parecidos com relativa facilidade.

    Não por acaso, a Roche comprou a Genentech, empresa de pesquisa em biotecnologia, em 2009. Recentemente, a Hypermarcas firmou parceria com os laboratórios Aché, EMS e União Química Farmacêutica, dando origem à joint-venture Bionovis, também voltada para as drogas biológicas. Na visão da Bristol, o Brasil é o sétimo mercado mundial para esse tipo de medicamento. Ao que parece, a empresa conta com ele para curar a dor de cabeça com seus últimos resultados. Em 2011, a receita líquida da companhia foi de 300,2 milhões de reais, 15% inferior à obtida no ano anterior. O prejuízo com as operações brasileiras, por sua vez, cresceu 38%, chegando a 11,9 milhões.

    Fonte: Exame.com

    Café pode diminuir o risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 e não está ligado a maior risco para doenças crônicas

    Alguns estudos já sugeriram que o consumo de café pode aumentar o risco de doenças crônicas. Estudo prospectivo, publicado pelo The American Journal of Clinical Nutrition, examinou a associação entre o consumo de café e o risco para algumas doenças, incluindo diabetes tipo 2 (DM2), infarto do miocárdio(IAM), acidente vascular cerebral e câncer.

    Dados de 42.659 participantes do estudo alemão European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition (EPIC) foram utilizados para avaliar a relação entre o consumo de café e a tendência para desenvolver doenças crônicas. O consumo de café foi avaliado por questionário auto administrado de frequência alimentar no início do estudo e os dados sobre a ocorrência de doenças crônicas clinicamente verificadas foram coletados por meio de processos ativos e passivos de seguimento.

    Durante 8,9 anos de seguimento em média, observou-se 1.432 casos de diabetes tipo 2, 394 de infarto do miocárdio, 310 de acidente vascular cerebral e 1.801 casos de câncer, como primeiros eventos de qualificação. O consumo de café com cafeína ou descafeinado (≥ quatro xícaras ao dia em comparação com menos de uma xícara ao dia, uma xícara foi definida como 150 ml de café) não foi relacionado ao maior risco para doenças crônicas. O menor risco de diabetes tipo 2 foi associado ao consumo de café com cafeína ou descafeinado, mas as doenças cardiovasculares ou o risco de câncer não o foram.

    Os resultados sugerem que o consumo de café não aumenta o risco de doença crônica, mas pode estar ligado a um menor risco de diabetes tipo 2.

    Fonte: News Med

    domingo, 8 de abril de 2012

    Rodada Semi-Final do Campeonato Estadual 2º turno - Semifinal 2012

    Rodada Semi-Final do Campeonato Estadual 2º turno - Semifinal 2012
    Data Hora Local Time Local   Visitante
    15.04.2012 16:00 Frasqueirão ABC - x - América - -
    15.04.2012 16:00 Nogueirão Baraúnas - x - Santa Cruz -

    Classificação do Campeonato Estadual 2012

    CLASSIFICAÇÃO P J V E D GP GC SG %
    ABC
    20
    9
    6
    2
    1
    13
    3
    10
    74.07%
    Baraúnas
    18
    9
    5
    3
    1
    9
    4
    5
    66.67%
    Santa Cruz
    15
    9
    4
    3
    2
    12
    5
    7
    55.56%
    América
    14
    9
    4
    2
    3
    14
    9
    5
    51.85%
    Assu
    14
    9
    4
    2
    3
    10
    9
    1
    51.85%
    Alecrim
    13
    9
    4
    1
    4
    11
    17
    -6
    48.15%
    Palmeira
    8
    9
    1
    5
    3
    6
    7
    -1
    29.63%
    Corintians
    8
    9
    1
    5
    3
    9
    12
    -3
    29.63%
    Potiguar
    6
    9
    1
    3
    5
    4
    8
    -4
    22.22%
    10º
    Caicó
    5
    9
    1
    2
    6
    6
    20
    -14
    18.52%