quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

fertilização in vitro está associada a um aumento do risco de embolia pulmonar e tromboembolismo venoso

Publicado pelo The British Journal of Medicine (BMJ) estudo transversal sobre o risco de tromboembolismo pulmonar e venoso em mulheres grávidas após fertilização in vitro. A pesquisa mostrou que este tipo de fertilização está associado a um aumento do risco de embolia pulmonar e tromboembolismo venoso principalmente durante o primeiro trimestre de gravidez.

O estudo contou com a participação de 23.498 mulheres que deram à luz após fertilização in vitro entre 1990 e 2008 e 116.960 mulheres que tiveram gestações naturais.

O objetivo principal foi medir o risco de embolia pulmonar e tromboembolismo venoso durante toda a gravidez e em cada trimestre da gestação. Os resultados mostraram que o tromboembolismo venoso ocorreu em 4.2/1000 mulheres (n = 99) após a fertilização in vitro em comparação com 2.5/1000 (n = 291) em mulheres com gestações naturais (taxa de risco 1,77, intervalo de confiança de 95%). O risco de tromboembolismo venoso foi aumentado durante toda a gestação (P <0,001) e diferiu entre os trimestres (P = 0,002). O risco foi particularmente maior durante o primeiro trimestre, em 1.5/1000 após fertilização in vitro contra 0.3/1000 (razão de risco 4,22). A proporção de mulheres vítimas de embolia pulmonar durante o primeiro trimestre foi de 3.0/10.000 após fertilização in vitrocontra 0.4/10.000 (razão de risco 6,97).

Concluiu-se que a fertilização in vitro está associada a um aumento do risco de embolia pulmonar e tromboembolismo venoso principalmente durante o primeiro trimestre de gestação. O risco de embolia pulmonar é baixo em termos absolutos, mas sendo esta condição uma das principais causas de mortalidade materna, a suspeita clínica é fundamental para o diagnóstico.

Fonte: BMJ - NEWS.MED.BR, 2013



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