sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Quem inventou o saca-rolhas?

Por Sommelier Wine Lucas Cordeiro

Para muitos amantes do vinho, o saca-rolhas é mais do que um utensílio necessário para a apreciação do vinho, é um objeto de desejo ou ainda de coleção. Entre os colecionadores brasileiros, o maior acervo pertence ao médico e enófilo Carlos Fasolo e conta com mais de 1.300 peças.

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Esse acessório que arrebata paixões entre os amantes do vinho, tornou-se conhecido a partir do século XVIII. Isto porque nesta época passou-se a fabricar em larga escala garrafas de vidro para armazenagem e comercialização da bebida e, ao mesmo tempo, a rolha de cortiça começou a ser usada comercialmente como vedante.

A menção textual mais antiga acerca de um objeto que poderíamos chamar de “saca-rolhas”, foi do inglês James Worligge em 1676 (séc. XVII), no seu “Tratado da Sidra”, em que cita “um parafuso de aço utilizado para remover as tampas das garrafas”.

Porém, a primeira patente seria registrada apenas no final do século XVIII, na Inglaterra, por Samuel Henshall (24 de agosto de 1795). A partir daí, e até o início do século XX, cerca de 300 outras patentes de variados modelos foram registradas em muitos países. E outras continuam sendo requeridas até os dias de hoje, com a invenção de novos exemplares.

Embora hoje existam vários vedantes que dispensam o seu uso, como a screwcap ou a tampa de vidro (vinolok), uma gama de garrafas ainda são fechadas com as tradicionais rolhas de cortiça ou as modernas sintéticas, o que garante que o saca-rolhas continuará tendo serventia por um longo e imprevisível tempo.

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Há os mais variados formatos, alguns práticos, outros nem tanto, e ainda alguns enormes e complicados. Entre todos, destacamos um que consideramos útil e de fácil utilização: o saca-rolhas de dois estágios, também conhecido como “modelo sommelier ou garçom”. É em geral o modelo preferido pelos profissionais do vinho, pois é portátil e de fácil manuseio.

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