terça-feira, 17 de junho de 2014

Os “problemas” da rolha de cortiça

Por sommelierwiner

A rolha de cortiça continua sendo o vedante preferido da maioria dos enófilos, mas embora sua eficiência, ela também está sujeita a alguns “problemas”. Saiba mais!

rolha

É muito mais comum do que se imagina nos depararmos com uma rolha de cortiça que esteja ressecada, infiltrada ou ainda com mofo. Porém, nem sempre uma rolha que apresente tais complicações compromete o vinho que está na garrafa. Então, quando realmente uma rolha com essas características representa um defeito real? Vejamos caso a caso.

Uma rolha ressecada, que se esfarele ao ser removida, e mesmo se deixar resíduos sobre o líquido, só comprometerá o vinho caso tenha permitido a entrada de oxigênio, provocando por consequência a oxidação dele.

Nesse caso, com o simples exame dos aromas ou uma prova poderemos identificar o defeito. Contudo, caso o líquido não esteja comprometido, basta passar o conteúdo para um decanter, usando uma peneira de inox.

A infiltração também pode ser avaliada de forma parecida. É comum encontrarmos rolhas cuja infiltração de vinho chegou até a sua metade. Mas, se ao extrairmos a rolha, verificarmos que essa infiltração não a ultrapassou por completo, indicando a possível entrada de oxigênio, o vinho não deverá apresentar o defeito da oxidação. Novamente um exame olfativo e gustativo confirmarão as condições dele, e assim poderemos consumi-lo normalmente.

No caso do mofo, o mais comum é que o encontremos na parte externa da rolha, sob a cápsula. Indica um provável excesso de umidade no ambiente em que o vinho está sendo conservado ou no ambiente anterior, onde havia sido armazenado.

Aqui também, caso não fique clara que a contaminação ultrapassou toda a extensão da rolha chegando ao vinho, o mais provável é que o mesmo esteja íntegro. E outra vez, um simples exame pelo olfato e paladar será capaz de diagnosticar se está em condição de consumo.

Assim, ao nos depararmos com uma rolha fora da sua mais perfeita normalidade, não vale a pena nos desesperarmos. Afinal, nem tudo que parece ser um grande problema realmente é.

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