sábado, 23 de agosto de 2014

O buquê do vinho

Você sabe o que é um buquê, como ele surge e o que representa no mundo dos vinhos? Encontre aqui as respostas para todas essas questões.

Quando falamos em buquê de um vinho a referência é direta com os seus aromas, pois é assim que são chamados os aromas que surgem durante o envelhecimento da bebida, também conhecidos como aromas “terciários”. Eis a explicação!

O desenvolvimento dos aromas nos vinhos são classificamos como:

Primários: Vêm da própria uva e, comumente, não permanecem no vinho, pois são superados pelos aromas formados no processo de fermentação. Apenas uvas como a moscatel e a gewurztraminer, muito aromáticas, têm seus aromas primários preservados vinho.

Secundários: Originam-se das muitas substâncias formadas durante o processo de produção, de fermentação e das leveduras. Entre eles, são comuns os aromas de frutas, flores, vegetais, minerais, pão, manteiga, leite, esmalte de unha, etc.

Terciários: Têm origem no processo de amadurecimento do vinho em barricas de carvalho ou outros recipientes, mas principalmente durante o envelhecimento do vinhona garrafa, através de fenômenos de óxido-redução, hidrolise, esterificação e acetilização que se desenvolvem em ambiente reduzido, ou seja, sob ausência de oxigênio.

Neste último estão classificadas as notas de couro, defumado, trufas, cogumelos, entre outras. Estes aromas diferenciados marcam um estilo de vinho que muito agrada aos apreciadores de vinho com mais tempo de estrada. Entretanto, às vezes, não parecem agradáveis aos enófilos iniciantes.

Como é necessário um período em garrafa para que o vinho desenvolva tal configuração aromática, isso geralmente ocorre nos chamados vinhos de guarda, que não passam de cerca de 10% dos vinhos produzidos no mundo. Por esse motivo, a experiência de degustar um vinho com buquê é rara, uma oportunidade para poucos, mas que deve ser buscada por quem queira conhecer a fundo o que o mundo do vinho tem a oferecer.

Para os que ficaram interessados em descobrir tais vinhos e até mesmo os que já apreciam exemplares com tal estrutura, ficam aqui algumas dicas surpreendentes:

Figueira de Cima 2003 – Aromas de frutas em compota, balsâmico e chocolate compõem o perfil aromático. Em boca, apresenta taninos finos e elegância. Tinto maduro, elaborado a partir das melhores uvas.

 

Etoile de Bergey 2001 – Tinto com aromas de tabaco e charuto, fruta negra madura, cassis e especiarias. Em boca é elegante e mineral, taninos finos, bom corpo, equilibrado e harmonioso.

 

Bodega Del Fin Del Mundo Special Blend 2007 – Vinho de aroma intenso, na boca é bem equilibrado, delicado com taninos suaves e redondos. Final elegante e prolongado. Referência em tradição.

 

Pinhal da Torre Special DOC do Tejo 2008 – Um típico vinho Português, carregado de muita elegância. Tem aroma nobre e complexo, remete ao tabaco, chocolate, couro e especiarias. Em boca é redondo.

 

Pinhal da Torre IPO 2008 – Considerado o melhor vinho português da atualidade, em boca seu sabor se aproxima dos Grand Cru de Borgonha e dos célebres Gran Reserva de Rioja. Produção muito limitada.

 

Onde comprar: www.wine.com.br

Fonte: Blog  Sommelierwine

 

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