sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Engordar pelo menos 2 quilos já aumenta pressão arterial

Conclusão é de estudo que monitorou grupo de pessoas por dois meses. Ganho de peso baixo, porém, não altera taxas de açúcar e glicose no sangueBalança: Poucos quilos a mais já impactam a pressão arterial, segundo pesquisa

A obesidade é um dos principais fatores de risco para a hipertensão. No entanto, um novo estudo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, descobriu que mesmo um pequeno ganho de peso, de 2 quilos, já é suficiente para elevar a pressão arterial em adultos saudáveis.

Na pesquisa, 16 adultos passaram a consumir entre 400 e 1 600 calorias a mais por dia, as quais vinham de alimentos como chocolate, sorvete e energéticos. O objetivo era aumentar o peso deles em 5%. Os pesquisadores, então, utilizaram um aparelho para monitorar a pressão arterial dessas pessoas 24 horas por dia, durante dois meses. Ao fim do estudo, os participantes foram comparados a outros dez indivíduos que mantiveram o seu peso ao longo desse período.

Impactos — Segundo os resultados da pesquisa, as pessoas que ganharam peso tiveram um aumento na pressão arterial sistólica de 114 milímetros de mercúrio (mm Hg) para 118 mm HG, em média. Essa medida se refere à pressão máxima exercida sobre as artérias, no momento em que o coração bombeia sangue para o corpo. Uma pressão sistólica considerada normal não deve ultrapassar os 120 mm Hg.

Além disso, a equipe concluiu que quanto mais gordura foi acumulada na região abdominal, maior esse aumento da pressão arterial. Por outro lado, o ganho de peso de até 5 quilos não parece interferir nas taxas de açúcar, colesterol e insulina no sangue.

"As pessoas estão cada vez mais conscientes sobre os riscos da obesidade à saúde, mas parece que elas não estão atentas aos possíveis problemas provocados por alguns quilos a mais", diz a coordenadora do estudo, Naima Covassin, pesquisadora da Clínica Mayo. "Esse dado é importante, porque é comum que as pessoas engordem 2 ou 3 quilos durante uma viagem de férias, por exemplo."

Os resultados do estudo foram apresentados nesta quinta-feira durante a Sessão Científica de Pesquisa em Pressão Alta da Associação Americana do Coração.

Fonte: VEJA

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