domingo, 8 de março de 2015

Consumo de 3 ou 4 xícaras de café ao dia pode proteger contra o depósito de cálcio nas artérias coronárias em adultos jovens assintomáticos

Com o objetivo de investigar a associação entre o consumo regular de café e a prevalência de cálcio na artéria coronária, em uma grande amostra de homens e mulheres, assintomáticos, tanto jovens quanto de meia-idade, foi realizado um estudo transversal publicado pelo periódico Heart.

A pesquisa incluiu 25.138 homens e mulheres (idade média de 41,3 anos) sem doença cardiovascular clinicamente evidente que se submeteram a um exame de triagem de saúde com um questionário validado de frequência alimentar e a uma angiotomografia coronariana com multidetectores para determinar os escores de cálcio nas artérias coronárias (CACs). O estudo de base populacional foi realizado noKangbuk Samsung Hospital, Coreia do Sul.

Foram utilizadas análises robustas de regressão de Tobit para estimar os CACs associados a diferentes níveis de consumo de café em comparação com a ausência de consumo de café e feitos os ajustes para potenciais fatores de confusão.

A prevalência de CAC detectável (escore CAC>0) foi de 13,4% (n=3.364), incluindo a prevalência de 11,3% para os escores CAC 1-100 (n=2.832) e a prevalência de 2,1% para os escores CAC>100 (n=532). A média ± DP do consumo de café foi de 1,8 ± 1,5 xícaras/dia. As razões ajustadas multivariadas dos escores CACs (IC95%), comparando os bebedores de café de menos de uma, uma a menos de três, três a menos de cinco e maior ou igual a cinco xícaras/dia para não-bebedores de café foram 0,77 (0,49-1,19), 0,66 (0,43-1,02), 0,59 (0,38-0,93) e 0,81 (0,46-1,43), respectivamente (p de tendência quadrática=0,02). A associação foi semelhante em subgrupos definidos por idade, sexo, tabagismo, consumo de álcool, estado de obesidade, diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia.

Concluiu-se que nesta grande amostra de homens e mulheres aparentemente livres de doença cardiovascular clinicamente evidente, o consumo moderado de café foi associado a uma menor prevalência de aterosclerosecoronariana subclínica.

Fonte: Heart, publicação online, de 2 de março de 2015 – News.Med.Br

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