terça-feira, 13 de outubro de 2015

Consumo moderado de vinho em diabéticos tipo 2 pode ajudar no controle da glicemia e do colesterol

A ingestão moderada de álcool tem sido associada a taxas mais baixas de doença cardiovascular e de morte entre indivíduos saudáveis. Não está claro se os pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) teriam benefícios de saúde semelhantes se beberem álcool ou se esse comportamento pode ser prejudicial para a sua saúde.

Para saber sobre os possíveis benefícios à saúde e os riscos de iniciar a ingestão moderada de vinho em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e se o tipo de vinho ingerido faz diferença, foi realizado um estudo, com publicação online pelo Annals of Internal Medicine, com 224 pacientes com DM2 bem controlados que não bebiam álcool antes de se matricular na pesquisa.

Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para beber 150 ml de vinho tinto, vinho branco ou água mineral, junto com o jantar, diariamente, por 2 anos, e a todos eles foram dadas instruções de uma dieta mediterrânea, sem restrição de calorias. Os pesquisadores realizaram testes genéticos que mostraram quão rapidamente os pacientes metabolizavam o álcool. Foram feitos vários exames de lipídios e de controle da glicemia, pressão arterial, testes de função hepática, uso de medicamentos e de outros sintomas em vários momentos durante o acompanhamento.

Comparado ao grupo da água, os pacientes no grupo de vinho tinto tiveram melhorias nos seus exames de colesterol. Em ambos os grupos de vinho, os pacientes que eram "metabolizadores lentos do álcool" (de acordo com os testes genéticos) mostraram mais melhorias em testes de controle da glicemia do que os "metabolizadores rápidos do álcool." Em comparação com a água, o vinho não aumentou nem diminuiu apressão arterial nem os resultados dos exames de função hepática.

Este não foi um ensaio "cego", os pacientes sabiam a qual grupo eles foram atribuídos, o que constitui uma limitação do estudo. No entanto, este ensaio clínico mostrou que uma dieta saudável e a ingestão moderada de álcool no longo prazo, especialmente do vinho tinto, foram associados a um melhor controle dos lipídios e daglicose do que a ingestão de água e que eles não tinham efeitos prejudiciais significativos. Os testes genéticos podem ajudar a identificar pacientes com DM2 que poderiam se beneficiar clinicamente de beber quantidades moderadas de álcool.

Fonte: Annals of Internal Medicine, publicação online, de 13 de outubro de 2015 – News.med.br

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