segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Governo quer aumentar rigor na concessão de benefícios ao trabalhador

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil

As normas de ingresso e de manutenção dos brasileiros em cinco benefícios trabalhistas e previdenciários serão alteradas pelo governo federal. Nesta terça-feira (30), será publicado noDiário Oficial da União o envio de medidas provisórias ao Congresso Nacional, com ajustes nas despesas do abono salarial, do seguro-desemprego, do seguro-defeso, da pensão por morte e do auxílio-doença.

O objetivo das novas regras, informou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é eliminar excessos, aumentar a transparência e corrigir distorções, visando a sustentabilidade dos programas que utilizam os fundos de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da Previdência Social. “Todas as mudanças respeitam integralmente todos os benefícios que já estão sendo pagos”, disse o ministro. “[Elas] não se aplicam aos atuais beneficiados, não é retroativo”.

As medidas foram anunciadas após encontro dos ministros com representantes de centrais sindicais, na tarde de hoje (29), no Palácio do Planalto. Elas começam a valer a partir de amanhã, mas precisam ser aprovadas pelos deputados e senadores para virarem lei. Elas vão gerar redução de custos de aproximadamente R$ 18 bilhões por ano, a preços de 2015.

De acordo com Nelson Barbosa, que vai assumir nesta quinta-feira (1º) o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o valor equivale a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) do próximo ano, e vai aumentar ao longo do tempo, de acordo com a maior utilização dos benefícios.

A primeira medida anunciada é o aumento da carência do trabalhador que tem direito a receber o abono salarial. Antes, quem trabalhava somente um mês e recebia até dois salários mínimos poderia receber o benefício. Agora, o tempo será de no mínimo seis meses ininterruptos. Outra mudança será o pagamento proporcional ao tempo trabalhado, do mesmo modo que ocorre atualmente com o 13º salário, já que pela regra atual o benefício era pago igualmente para os trabalhadores, independentemente do tempo trabalhado.

O seguro-desemprego também sofrerá alterações. Se hoje o trabalhador pode solicitar o seguro após trabalhar seis meses, com as novas regras ele terá que comprovar vínculo com o empregador por pelo menos 18 meses na primeira vez em que solicitar o benefício. Na segunda solicitação, o período de carência será de 12 meses. A partir do terceiro pedido, a carência voltará a ser de seis meses.

Citando casos de acúmulo de benefícios no seguro-desemprego do pescador artesanal, conhecido como seguro-defeso, as regras também terão mudanças. A primeira mudança visa a vedar o acúmulo de benefícios assistenciais e previdenciários com o seguro-defeso. O benefício de um salário mínimo é pago aos pescadores que exercem a atividade de forma exclusiva, durante o período em que a pesca é proibida, visando a reprodução dos peixes.

Mercadante afirmou que “não faz sentido” o trabalhador receber o seguro-defeso e concomitantemente o seguro-desemprego ou o auxílio-doença, por exemplo. Além desta medida, serão criadas regras para comprovar que o pescador comercializou a sua produção por pelo menos 12 meses, além de ser criada carência de três anos a partir do registro do pescador.

Com base em estudos de experiências internacionais, o governo pretende criar uma carência de dois anos para quem recebe pensão por morte. Outra intenção é exigir tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para que os dependentes recebam a pensão. “Não dá para casar na última hora para simplesmente transferir o benefício como em casamentos oportunistas que ocorrem hoje”, justificou Mercadante.

A exceção é para os casos em que o óbito do trabalhador ocorra em função de acidente de trabalho, depois do casamento ou para o caso de cônjuge incapaz. Nova regra de cálculo do benefício também será estipulada, e reduzirá o atual patamar de 100% do salário-de-benefício para 50% mais 10% por dependente. Outra mudança é a exclusão do direito a pensão para os dependentes que forem condenados judicialmente pela prática de assassinato do segurado.

O auxílio-doença também sofrerá alteração. O teto do benefício será a média das últimas 12 contribuições, e o prazo de afastamento a ser pago pelo empregador será estendido de 15 para 30 dias, antes que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passe a arcar com o auxílio-doença.

A única medida anunciada pelos ministros, que valerá para todos os beneficiados, será o aumento da transparência dos programas. Os nomes dos beneficiados, a que auxílio têm direito, por qual motivo e quanto recebem são informações que, de acordo com Mercadante, estarão disponíveis publicamente na internet, da mesma forma que é hoje para quem recebe o Bolsa Família.

O ministro explicou que já existem medidas de auditoria permanente no Bolsa Família, e disse que as mudanças visam a dar isonomia à concessão dos programas. “Estamos fazendo com critério, equidade, equilíbrio, preservando políticas, direitos adquiridos. São ajustes e correções inadiáveis e indispensáveis”, afirmou.

Durante o encontro, estiveram presentes Carlos Eduardo Gabas, secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, que foi efetivado nesta segunda-feira (29) à frente da pasta; Paulo Rogério Caffarelli, secretário executivo do Ministério da Fazenda; Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão; e Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego.

Os trabalhadores foram representados por dirigentes da Central Única dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores, Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

Avião faz aterrissagem de emergência em Londres sem trem de pouso

Um Boeing 747 da companhia aérea Virgin Atlantic fez uma aterrissagem emergencial em Londres na tarde desta segunda-feira por conta de problemas em um de seus trens de pouso.

O voo VS43, com 447 passageiros e 15 tripulantes a bordo, ia do aeroporto de Gatwick a Las Vegas (EUA), mas teve de voltar por conta do problema técnico.

O piloto circulou sobre o espaço aéreo britânico para queimar combustível antes de fazer um pouso turbulento, porém seguro.

A pista de Gatwick ficou temporariamente fechada, provocando atrasos em voos e desvios de aeronaves para outros aeroportos.

A Virgin Atlantic disse em comunicado que o voo VS43 fez um "pouso fora do padrão" por causa de uma "questão técnica com um dos equipamentos de aterrissagem".

Imagens do avião postadas no Twitter mostram que um de seus trens de pouso não funcionou.

Fonte: BBC Brasil

domingo, 28 de dezembro de 2014

Anac planeja liberar companhias aéreas para cobrar bilhetes de bebês

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) planeja liberar as empresas aéreas para cobrar pelas passagens de bebês que viajam no colo. Atualmente, a norma estabelece que crianças de zero a dois anos que fiquem no colo dos pais paguem no máximo 10% do valor pago pelo adulto. Na prática, nenhuma das companhias cobra.

Foram as próprias empresas aéreas, porém, que pediram a liberação da tarifa, sob o argumento de que o valor dos bilhetes dos demais passageiros já é desregulado.

A intenção consta de documento sobre mudanças nas condições de transporte feito pela Superintendência de Regulação Econômica da Anac. "Na minuta de resolução pretende­se excluir essa regra [a tarifa de 10% para bebês, em virtude da liberdade tarifária", diz um trecho.

Chamado de "nota técnica", o documento serve de base para uma consulta pública aberta em novembro para mudar regras no setor. Até junho, o tema irá a audiência pública, em que a minuta do texto será então apresentada.

O documento, em debate na área técnica da Anac, terá que passar pelo crivo da diretoria da agência, o que ocorrerá até a audiência pública.

É na minuta que irá constar a proposta inicial da agência sobre o assunto, disse a Anac, por meio da assessoria.

Associação das empresas aéreas, a Abear disse que a medida aumentaria a competitividade. "Uma vez que as empresas possam cobrar ou não pelo transporte dos menores de dois anos, certamente terá preferência aquela que oferecer a condição mais vantajosa para o consumidor e sua família", diz a entidade.

ESPERA NO AVIÃO

Há outras propostas em debate. A agência quer obrigar as companhias a dar assistência a passageiros submetidos a espera dentro do avião.

Aconteceu no último dia 16 com um voo da TAM que partiria do Galeão (Rio) rumo a Nova York. O avião quebrou –e os passageiros esperaram seis horas dentro dele.

Essa é uma lacuna da lei. Se o passageiro estiver no terminal, as empresas têm de fornecer assistência, mas, dentro do avião, não.

A intenção é fazer as empresas darem alimentação se o atraso for "significativo".

Há mais novidades, como a intenção de que as empresas ofereçam uma tarifa na qual a taxa de remarcação não exceda 5% do valor pago.

A taxa de remarcação é motivo de reclamação dos passageiros em passagens aéreas promocionais. Já as passagens mais caras dão mais flexibilidade para remarcação.

Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 27 de dezembro de 2014

Por que problemas de flatulência são comuns a bordo de aviões?

As férias de fim de ano chegaram e muita gente se prepara para viajar. Se isto já aconteceu com você, não se envergonhe: problemas de flatulência durante voos são comuns.

Por que? Foi o que se perguntou o médico Jacob Rosenberg, que decidiu encontrar a explicação - o interesse dele pela flatulência a bordo começou durante uma viagem longa para a Nova Zelândia.

Ao olhar para a própria barriga, percebeu que ela havia crescido visivelmente desde que entrou no avião. Foi ao abrir a mala e ver sua garrafa d'água vazia que ele entendeu o que se passava.

A garrafinha havia se expandido quando a pressão na aeronave baixou durante o voo e logo se contraiu quando aterrissaram. O médico se deu conta que os gases em seu estômago deveriam estar fazendo o mesmo.

"Desde então notei quanta flatulência se tem durante voos", disse.

Ainda que não seja comparável aos efeitos da turbulência externa, o assunto é alvo comum de queixas entre passageiros. "Todo mundo já sentiu algum mau odor durante algum voo", diz Rosenberg, que é professor da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.

Isso levou o pesquisador a se perguntar sobre as consequências científicas deste fenômeno, o que o fez buscar soluções para aplacar o problema.

Gás

Mesmo com os pés na terra, todos os humanos expulsam uma quantidade surpreendente de gases por dia. Cientistas estimam que uma persona emita em média dez flatulências a cada 24 horas - o equivalente a um livro de emanações.

Estes gases são produto dos alimentos que não foram absorvidos pelo intestino e são fermentados por bactérias.

A fermentação produz nitrogênio, dióxido de carbono e hidrogênio, além de outros componentes sulfúricos mais fedorentos.

Rosenberg também desconstruiu uma série de mitos sobre o tema.

Por exemplo, ao contrário do que sugere a cultura popular, um estudo realizado nos anos 90 mostra que homens não têm mais flatulência que as mulheres.

A mesma pesquisa mostra que os gases de mulheres têm concentração maior de componentes sulfúricos, o que torna seu odor mais potente.

E, mesmo que os grãos tenham ganhado fama como fontes de gases, um experimento recente mostrou que eles não são tão inflamatórios para o intestino como se acreditava e que seu efeito varia muito de pessoa para pessoa.

Sucos de frutas, peixe e arroz são alguns dos alimentos mapeados para ajudar a reduzir a flatulência.

Diferente do que muitos acreditam, os alimentos derivados do leite também reduzem os gases.

Inchaço

A flatulência pode causar inconvenientes durante os voos - especialmente para quem passa muito tempo em cabines pressurizadas.

Segundo estatísticas da Associação Médica Aeroespacial, mais de 60% dos pilotos sentem inchaço abdominal, uma cifra bem maior que a de trabalhadores de outros setores.

A razão tem a ver com a física básica: "a pressão cai e o ar tem mais espaço para se expandir", diz Rosenberg.

O médico estima que este gás ocupe um volume 30% maior, o que explica a sensação de inchaço.

Rosenberg não recomenda que se retenha estes gases. "Se você é jovem e saudável não tem problema, mas para idosos isso pode representar um esforço cardíaco perigoso", adverte.

Perigo de explosão?

Por outro lado, liberar todos os gases também pode trazer riscos.

Um estudo de 1969 advertiu para o perigo de explosão que a acumulação de flatulências geradas por astronautas num foguete poderia gerar.

Até hoje, entretanto, nunca foi registrado um acidente por esta razão.

Recentemente, a Agência Espacial do Canadá sugeriu que a soja fermentada poderia ser a comida ideal para consumo no espaço, já que contém bactérias probióticas que reduziriam o inchaço abdominal dos astronautas.

Mesmo que nos aviões comerciais não haja risco de explosão, as companhias aéreas investem em medidas para aliviar o desconforto gerado por este problema.

Rosenberg entrevistou diferentes companhias que usam filtros de carbono no ar-condicionado para absorver cheiros.

As empresas também procuram servir alimentos que contenham poucas fibras e muitos carboidratos - uma combinação que facilita a digestão.

Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Denominação de Origem Controlada - DOC

DOC é um classificação de controle de qualidade dos vinhos

Desde os mais remotos tempos sempre houve aproveitadores em todas as partes do mundo. Não foi diferente no século XVIII, quando o vinho do Porto estava no auge do seu sucesso e era um dos principais produtos de exportação de Portugal. Como a demanda por este vinho não parava de crescer, começaram a surgir as primeiras falsificações e adulterações da bebida.

Esta situação gerou na época uma dupla influência negativa na sua comercialização. Uma devido à diminuição das vendas, pois as pessoas estavam adquirindo produtos falsos ao invés do verdadeiro vinho fortificado. A outra, se deu ao fato dos consumidores perceberem a baixa qualidade do vinho degustado e deixarem de adquiri-lo, pois não conseguiam discriminar os vinhos falsos dos verdadeiros. E o pior, como a maioria dos consumidores nem ao menos sabiam que estavam disponíveis no mercado falsificações, acabavam achando que o produto estava perdendo qualidade.

Como surgiu

Diante deste cenário, em 1757, Marquês de Pombal, ministro do Estado de Portugal na época, criou o sistema de controle que posteriormente daria origem à classificação D.O.C. - Denominação de Origem Controlada – ou simplesmente DOC. Isto significa que o vinho foi produzido dentro de uma região específica com diversos tipos de controles. A primeira região a ser demarcada foi o Douro, em terras lusitanas, e ajudou a diminuir as adulterações do famoso vinho do Porto.

O Marques de Pombal criou uma classificação que daria origem à denominação DOC

Atualmente, o sistema de denominação DOC é utilizado para atribuir normas de produção em regiões geograficamente delimitadas, determinas por cada país. Além de assegurar a qualidade do vinho e genuinidade dos processos de produção, o certificado DOC visa estabelecer os métodos de vinificação, o rendimento por hectare, o processo de envelhecimento do vinho e, muitas vezes, a graduação alcoólica.

Não é tarefa fácil conquistar um selo DOC, para isso é necessário cumprir rigorosamente as normas estabelecidas, e depois submeter às amostras dos vinhos para as comissões reguladora de avaliação local. Nesta avaliação são considerados parâmetros como as práticas enológicas, práticas culturais, as castas recomendadas e autorizadas, o tipo de solo, delimitação geográfica da área, métodos de vinificação, teor alcoólico mínimo natural, as características físico-químicas e as características organolépticas. O objetivo é garantir um controle de qualidade em todo o processo de produção, desde a vinha até o consumidor final.

O Douro foi uma das primeiras regiões a receber um denominação DOC

Denominações pelo mundo

Este tipo de protocolo de qualidade é utilizado pela maioria dos países produtores. Veja alguma das variações que podem ser encontradas:

  • AOC = Appellation d'Origine Contrôlée – França
  • DO = Denominación de Origen – Espanha
  • DOC = Denominação de Origem Controlada – Países de língua portuguesa
  • DOCG = Denominação de Origem Controlada e Garantida – Países de língua portuguesa
  • DOC = Denominazione di Origine Controllata – Itália
  • QBA = Qualitätswein Bestimmter Anbaugebiete – Alemanha
  • WO = Wine of Origin – África do Sul

Desta forma, não é por acaso que se encontra nos rótulos das garrafas a sigla DOC ou DOCG, tais inscrições tentam garantir a procedência e qualidade do fermentado, assim como proteger a reputação de seus produtores.

Fonte: sobrevinho.net

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Uso intenso de smartphones provoca alteração no cérebro

A utilização intensa de certos tipos de telefones celulares está provocando uma alteração no cérebro de usuários pela adaptação à nova atividade motora. A conclusão faz parte de um estudo feito pelo Instituto de Neuroinformática da Universidade de Zurique, que analisou as reações de um grupo de 37 voluntários.

Segundo os pesquisadores, os cérebros dos usuários dos chamados smartphones estão sendo alterados pela operação repetida das telas de toque.

Para medir a atividade cerebral do grupo, os cientistas utilizaram a técnica conhecida como eletroencefalografia ou EEG na sigla em inglês. Eles perceberam diferenças marcantes entre os usuários de smartphones e aqueles que utilizavam celulares "convencionais".

Analisando os resultados do EEG, os cientistas concluíram que os usuários de smartphones demonstravam maior destreza no uso dos dedos.

Dos 37 voluntários, 26 eram usuários de smartphones com telas de toque e 11 se mantinham fieis aos modelos mais antiquados de celulares.

EEG

O teste de EEG monitorou os impulsos elétricos trocados entre o cérebro e as mãos dos indivíduos através dos nervos.

A atividade foi monitorada por diversos eletrodos colocados no couro cabeludo de cada voluntário, capazes de captar esta troca de mensagens na forma sensorial.

A partir dessas informações, os pesquisadores puderam criar um "mapa" que indica a porção do tecido cerebral dedicada à operação de uma determinada parte do corpo.

Os resultados revelaram diferenças distintas entre os usuários de smartphones com telas de toque e os que usam telefones celulares convencionais.

Os usuários de smartphones apresentaram maior atividade cerebral em resposta aos toques dados na tela dos aparelhos pelos dedos médio, polegar e indicador.

E, aparentemente, isto está ligado à frequência com que se usa o smartphone - quanto mais frequente é o uso, maior é a resposta registrada pelo EEG.

Segundo os cientistas, o resultado - publicado na revista científica Current Biology - faz sentido, uma vez que o cérebro é maleável e, portanto, pode ser moldado pela utilização prática repetidamente.

Eles citam como exemplo os violinistas, que têm a área do cérebro dedicada ao controle dos dedos usados para tocar o instrumento maior do que a mesma área do cérebro de alguém que não toca violino.

Os pesquisadores acreditam que o mesmo está acontecendo com os usuários de smartphone - eles estariam tendo seus cérebros "esculpidos" pelo uso repetido pelos toques nas telas dos aparelhos.

Arko Ghosh, que liderou o grupo de pesquisadores da Universidade de Zurique, disse que ficou surpreso pela "escala das mudanças introduzidas (no cérebro) pelo uso de smartphones".

Ele acrescentou que o estudo reforça a ideia de que a onipresença dos smartphones está tendo um grande efeito na nossa vida cotidiana.

Fonte: BBC Brasil

Natal mais doce com Vinho do Porto

http://wineinrio.com.br/wp-content/uploads/2014/12/800px-Port_wine.jpgA jornalista Victoria Moore, do jornal britânico The Telegraph, indicou recentemente o Vinho do Porto como um dos melhores vinhos licorosos para se saborear neste Natal. “O Natal não é Natal sem uma garrafa de Vinho do Porto”, escreveu a autora do artigo.

O Vinho do Porto é um vinho natural e fortificado, produzido exclusivamente a partir de uvas tintas provenientes da Região Demarcada do Douro, no Norte de Portugal a cerca de 100 km a leste da cidade do Porto.

O vinho do Porto Tawny é a segunda recomendação de uma lista de vinhos licorosos que Victoria sugeriu para este natal. “O Porto tawny envelhece em barris de madeira o que lhe da um sabor diferente do Porto vintage ou ruby”, explica a autora.

Este vinho deve ser bebido gelado para acentuar os sabores de “nozes e caramelo, pois fica glorioso ao ser harmonizado com frutas secas ou queijos fortes ou queijos azuis.

Fonte: WINE IN RIO

Metformina é segura para pacientes com doença renal, diz pesquisa

Medicamento mais utilizado para tratar o diabetes tipo 2 não oferece risco de acidose láctica em indivíduos com doença renal leve a moderada

Metformina: um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2

Ao contrário do que orientam as diretrizes da FDA, agência americana que regula remédios e alimentos, a metformina, um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2, é segura para pacientes com doença renal leve a moderada. Essa é a constatação de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e publicado na terça-feira no periódico Jama.

Há 20 anos a metformina é usada para controlar os níveis de açúcar no sangue de pacientes com diabetes tipo 2. Os médicos, no entanto, evitam prescrever a droga para doentes mais velhos, em uma tentativa de reduzir o risco de acidose láctica, uma condição na qual o sangue torna-se muito ácido.

“Quando o indivíduo chega a uma certa idade, sua função renal começa a decair e a primeira coisa que os médicos costumam fazer é parar o tratamento com metformina”, explica Silvio Inzucchi, coautor do estudo. “No entanto, o diabetes fica fora de controle. Outras drogas podem ser usadas, mas elas são mais caras e causam mais efeitos colaterais que a metformina.”​

Resultado — Os pesquisadores revisaram pesquisas já publicadas para verificar o risco de acidose láctica com o uso de metformina em diabéticos com doença renal leve a moderada. Eles constataram que o risco do problema acontecer é extremamente baixo e comparável ao daqueles que não tomam o medicamento.

Fonte: VEJA

Por que os rituais de Natal tornam a ceia mais saborosa?

Tom Stafford - Da BBC Future

Todos nós realizamos pequenos rituais no dia-a-dia, seja ao apertarmos a mão de alguém que nos é apresentado ou ao brindar tocando taças antes de beber.

Nesta época do ano, não é diferente: montar a árvore de Natal, armar o presépio, comprar o presente do amigo secreto são tradições que transcendem fronteiras.

Esses rituais podem parecer apenas costumes pouco relevantes, mas alguns cientistas acreditam que, na realidade, esses gestos são resultado da própria evolução humana, algo que pode explicar como o homem se relacionava antes mesmo de ter uma linguagem verbal.

Nossa história começa explorando como os rituais tornam nossa comida mais saborosa. Nos últimos anos, vários estudos científicos indicaram que realizar pequenos ritos podem influenciar a maneira de uma pessoa apreciar o que come.

Em um experimento, a equipe de Kathleen Vohs, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, tentou entender como um ritual poderia afetar a experiência de comer uma barra de chocolate.

Metade dos voluntários foi orientada a relaxar por alguns instantes e aí comer o chocolate normalmente. Os demais voluntários foram instruídos a seguir um ritual simples, quebrando a barra ao meio antes de abri-la, desembrulhando e comendo cada parte de uma vez.

Seguir essas simples regras teve um efeito surpreendente. Os voluntários do segundo grupo disseram ter gostado mais do chocolate, dando uma nota 15% maior do que a dada pelos primeiros participantes.

Eles também demoraram mais para comer todo o chocolate, degustando-o por até 50% mais tempo do que a outra parcela de voluntários. Por fim, o grupo do ritual disse que pagaria até o dobro por aquele chocolate.

Esse experimento mostra que um pequeno ato pode aumentar significativamente a apreciação de uma experiência alimentar. Vohs e seus colegas deram sequência ao teste, dessa vez pedindo aos participantes para descrever o ato de comer o chocolate.

Foi uma variável importante: os voluntários que tiveram que seguir o ritual disseram que a experiência foi mais divertida, menos chata e mais interessante do que os do grupo de controle. Uma análise detalhada mostrou que esse era o motivo pelo qual eles gostaram mais do chocolate e até pagariam mais por ele.

Comportamento tribal

Os rituais, portanto, parecem fazer com que as pessoas prestem mais atenção ao que estão fazendo, permitindo que se concentrem nos aspectos positivos de um simples prazer.

Mas será que existe algo mais do que isso? E já que os rituais aparecem em tantos aspectos da vida que não estão relacionados à comida – de missas a posses presidenciais –, será que eles teriam raízes mais profundas na nossa história evolucionária?

No livro The Symbolic Species, o antropólogo Terrence Deacon afirma que os rituais tiveram um papel especial na evolução humana, particularmente no momento de transição em que começamos a adquirir as bases da linguagem.

Deacon argumenta que os primeiros "símbolos" que nós usamos para nos comunicarmos – e que se tornaram as origens da linguagem humana – não eram parecidos com as palavras que hoje usamos sem pensar.

Segundo o antropólogo, esses primeiros símbolos teriam sido uma série complexa e extensa de comportamentos realizados em grupo. Ou seja, rituais.

Esses símbolos eram necessários por causa da maneira como os primeiros humanos organizavam seus grupos familiares e, principalmente, como compartilhavam os frutos de suas caçadas.

Os primeiros humanos precisavam de uma maneira de comunicar para os demais quais eram as responsabilidades e privilégios de cada um; quem era parte da família e quem podia comer daquela comida, por exemplo. Essas ideias são difíceis de serem transmitidas somente ao se apontar para um indivíduo ou outro.

Deacon afirma que os rituais foram a resposta evolutiva ao problema de conectar grupos de humanos e verificar que todos entendiam como o grupo funcionava.

Fraco por rituais

Se você acreditar nessa narrativa evolucionária – e muita gente não acredita -, é possível compreender por que nossas mentes têm um fraco por rituais.

Um pequeno rito pode tornar uma comida mais saborosa. Mas por que ele tem esse efeito? A resposta de Deacon é que nosso amor por rituais evoluiu com a nossa necessidade de compartilhar alimentos. Nossos ancestrais que realizavam rituais tinham mais filhos, por exemplo.

Ao conectar nossas mentes aos rituais de maneira a tornar os alimentos mais saborosos, a evolução tomou um atalho para garantir a sobrevivência da espécie.

Por isso, se você pretende passar o Natal com a família, não descarte os rituais. Participe das decorações e do preparo das refeições, brinde e ouça seu tio contar aquela piada pela enésima vez.

Os rituais vão ajuda-lo a saborear mais a comida e evocar nossa longa história como espécie e todos os banquetes que nossos antepassados tiveram antes mesmo de existir o Natal.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Os melhores e piores cursos de enfermagem, segundo o MEC

Para uma graduação ser considerada excelente para o Ministério da Educação (MEC), é preciso que o curso tenha índices 4 ou 5 no CPC (Conceito Preliminar de Curso).

Em escala que vai de 1 a 5, o CPC é um indicador de qualidade que leva em conta o desempenho dos formandos no Enade, a titulação do corpo docente e também a estrutura da instituição de ensino, além de outros fatores.

Cursos superiores que não atingem nível 3 no CPC são classificados como insatisfatórios e entram na mira do MEC que pode exigir medidas para sanar os problemas.

Na semana passada, o Ministério da Educação publicou no Diário Oficial os resultados do ciclo de avaliação de 2013, que englobou diversos cursos na área de saúde, entre eles o de enfermagem.

Veja na classificação do MEC, quais os cursos mais bem avaliados e aqueles que tiveram notas insatisfatórias:

1. Os melhores cursos de enfermagem do Brasil, segundo o MEC:

FDA aprova novo antibiótico, o Zerbaxa

Zerbaxa é uma combinação de medicamentos contendo ceftolozane, um antibiótico da classe das cefalosporinas, e tazobactam, um inibidor de beta-lactamase. Zerbaxa é utilizado para tratar infecções urinárias complicadas (ITUCs), incluindo a pielonefrite. Ele é utilizado em combinação ao metronidazol para o tratamento de infecções intra-abdominais complicadas (IIACs).

Zerbaxa é o quarto novo fármaco antibacteriano aprovado pela FDA este ano. A agência aprovou anteriormente o Dalvance (dalbavancina) em maio, Sivextro (tedizolide) em junho e Orbactiv (oritavancin) em agosto.

urinary-tract-infection-treatmentsZerbaxa é o quarto novo produto antibacteriano designado como um Qualified Infectious Disease Product (QIDP)a receber a aprovação da FDA. Sob o título de Generating Antibiotic Incentives Now (GAIN), da lei FDA Safety and Innovation Act, foi concedida ao Zerbaxa a designação QIDP porque ele é um antibacteriano ou antifúngico humano que se destina a tratar uma infecção grave ou que coloque a vida em risco.

Como parte de sua designação QIDP, ao Zerbaxa foi dada uma revisão prioritária, a qual fornece uma revisão acelerada da aplicação da droga. A designação QIDP também qualifica o Zerbaxa por mais cinco anos de comercialização exclusiva para ser adicionado a determinados períodos de exclusividade já previstos pela leiFood, Drug and Cosmetic Act.

A eficácia do Zerbaxa para tratar IIACs, em combinação com o metronidazol, foi verificada em um ensaio clínico com um total de 979 adultos. Os participantes foram aleatoriamente designados para receber Zerbaxa, além de metronidazol ou meropenem, uma droga antibacteriana aprovada pela FDA. Os resultados mostraram que a combinação Zerbaxa/Metronidazol era mais eficaz para o tratamento de IIACs.

A eficácia do Zerbaxa para tratar ITUCs foi verificada em um ensaio clínico no qual 1.068 adultos foram distribuídos aleatoriamente para receber Zerbaxa ou levofloxacina, uma droga antibacteriana aprovada pela FDApara tratar ITUCs. Zerbaxa demonstrou ser eficaz no tratamento de ITUCs.

A bula do Zerbaxa inclui um aviso sobre a diminuição da eficácia observada em pacientes com insuficiência renal. Os efeitos colaterais mais comuns identificados nos ensaios clínicos foram náuseas, diarreia, dor de cabeçae febre (pirexia).

Zerbaxa e Sivextro são comercializados pela Cubist Pharmaceuticals, com sede em Lexington, Massachusetts. Dalvance é comercializado pela DURATA Therapeutics, com sede em Chicago, e Orbactiv é comercializado pelaParsippany, com sede na The Medicines Company, em New Jersey.

Fonte: FDA News Release, de 19 de dezembro de 2014 - NEWS.MED.BR

Tablets e smartphones à noite prejudicam o sono, indica pesquisa

Homem lê em tablet

Ler livros digitais antes de dormir pode prejudicar o sono e ter efeitos negativos sobre a saúde, segundo uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.

Um grupo de pesquisadores da universidade comparou o efeito da leitura de livros de papel e de leitores digitais (e-readers) antes de drormir.

Eles verificaram que as pessoas que haviam lido livros digitais levavam mais tempo para adormecer e tinham um sono de pior qualidade.

Como consequência, se sentiam mais cansados ao acordarem na manhã seguinte.

Segundo os pesquisadores, a explicação estaria na luz emitida pelos e-readers, que podem interferir com o relógio biológico.

Nosso corpo se guia pela luz para diferenciar o dia e a noite e determinar seu ritmo.

Mas a luz azul, faixa de onda comum em smartphones, tablets e luzes LED (presentes em alguns tipos de TV, por exemplo), é capaz de interferir com o relógio biológico.

A exposição à luz azul à noite pode desacelerar ou impedir a produção de melatonina, hormônio que regula o sono.

Obesidade, diabetes e câncer

A pesquisa de Harvard deixou 12 pessoas dentro de um laboratório por duas semanas.

Eles passavam cinco dias lendo livros em papel e outros cinco dias lendo em um iPad.

Exames de sangue periódicos mostraram que a podução de melatonina era reduzida quando as pessoas liam no tablet.

Essas pessoas também demoravam mais para adormecer, tinham menos sono profundo e se sentiam mais cansadas na manhã seguinte.

"A luz emitida pela maioria dos e-readers brilha diretamente nos olhos do leitor, enquanto em um livro em papel ou no Kindle original, o leitor somente está exposto à luz refletida das páginas do livro", disse à BBC o coordenador da pesquisa, Charles Czeisler.

Segundo ele, o prejuízo ao sono também afeta a saúde. "A deficiência de sono já foi relacionada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, doenças metabólicas como a obesidade e diabetes e ao câncer", diz Czeisler.

"Por isso, a supressão da melatonina verificada nos participantes do estudo nos preocupa", afirma.

Preocupação com adolescentes

Para a pesquisadora Victoria Revell, que estuda o impacto da luz sobre o corpo na Universidade de Surrey, no Reino Unido, deveria-se recomendar que se reduza o uso de dispositivos que emitem luz à noite, "particularmente entre os adolescentes, que costumam usar seus telefones e tablets até tarde".

Os adolescentes têm naturalmente um relógio biológico noturno, que faz com que eles sejam lentos em acordar pela manhã e fiquem acordados até mais tarde à noite.

Czeisler diz que há "preocupação especial" com os adolescentes que já têm deficiência do sono e ainda são forçados a acordar cedo para ir à escola.

Fonte: BBC Brasil